Odontologia veterinária: Os tumores orais

A cavidade oral é um dos locais menos favoráveis para o surgimento de neoplasias
A cavidade oral é um dos locais menos favoráveis para o surgimento de neoplasias

Veterinária

02/04/2013

Os tumores orais são muito comuns na prática da clínica veterinária. Constituem o quarto lugar mais frequente de neoplasias em cães e gatos. As neoformações malignas mais comuns nestas espécies são o melanoma maligno, carcinoma espinocelular e o fibrossarcoma. A maioria das neoformações benignas são epúlides.

A cavidade oral é um dos locais menos favoráveis para o surgimento de neoplasias em se tratamento de margem de segurança para ressecção tumoral, sendo este local um fator agravante para o prognóstico da enfermidade.

Quanto às margens cirúrgicas, em se tratando de cavidade oral e considerando a grande variação em termos de cefalometria cranial das diferentes espécies caninas, a margem de segurança deve ser ponderada pelo bom senso do cirurgião.

Além disso, solicitar exames histopatológicos das margens ósseas da peça cirúrgica é outro fator a ser considerado durante o planejamento cirúrgico.

Um histórico completo deve ser obtido do paciente com suspeita de tumor na cavidade oral. A duração e progressão da condição, bem como os sinais clínicos observados pelo proprietário devem ser incluídas.

A lesão deve ser cuidadosamente inspecionada e palpada, dando atenção ao tamanho e localização exata, presença de ulcerações ou necrose, mobilidade dental e/ou gengivite localizada são achados importantes no auxílio diagnóstico.

Linfonodos regionais devem ser palpados e avaliados quanto ao tamanho, forma, consistência e fixação nos tecidos adjacentes.

Com o paciente sob anestesia geral, radiografias devem ser promovidas nas regiões afetadas. Além das radiografias convencionais de crânio, radiografias intra-orais com filmes odontológicos são particularmente úteis nos casos de neoplasias orais, visto que possuem um melhor contraste local evitando as sobreposições.

A infiltração do tumor pode ser evidente em vários estágios e reabsorção ou neoformação óssea. Radiografias de tórax nas três projeções devem ser incluídas em qualquer protocolo oncológico, além de outros recursos de imagem como tomografias e ressonância magnética. Entretanto, não é possível diagnosticar o tipo do tumor radiograficamente.

O estudo histopatológico com a biopsia e citologia devem ser promovidos para fins de diagnóstico e também para classificação quanto ao tipo histológico em termos de prognóstico.

Tumefação e dor são os sintomas mais comuns, podendo estar acompanhados de assimetria facial, hemorragia, edema, mobilidade dental, halitose e paresia.

Atualmente existem muitas opções para o tratamento das neoplasias orais que incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia com autovacinas, hipertermia e terapia fotodinâmica.

Porém, a radioterapia e excisão cirúrgica radical ainda são as mediadas de eleição e com maior índice de sucesso em tumores malignos na cavidade oral.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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