Gestão e Educação Ambiental para Guarda Responsável e Bem-Estar de Cães e Gatos

Bem-Estar de Cães e Gatos
Bem-Estar de Cães e Gatos

Veterinária

27/06/2012

INTRODUÇÃO
A Gestão Ambiental abrange uma ampla gama de questões e desenvolve estratégias para alocar e conservar os recursos naturais, integrado para um modelo de desenvolvimento moderno, com potencial de inovação para economia, meio ambiente e sociedade globalizada. Assim, existe a necessidade de ações interdisciplinares que possam contribuir para o desenvolvimento ecologicamente sustentável, socialmente solidário e ético. Essas ações perpassam pela Educação Ambiental (EA) que poderá ser uma grande aliada para sensibilizar e estimular o interesse pela guarda responsável de cães e gatos, ao mesmo tempo promove uma reflexão e conscientização das pessoas. Isso incentivará o desenvolvimento de habilidades e valores para a promoção do bem-estar animal, orientando e motivando por estilos de vida socioambientais corretos.

Uma gestão ambiental inadequada de resíduos sólidos urbanos, por exemplo, e a cultura do desperdício, não separação de resíduos e o consumo sem planejamento, além do abandono de animais de companhia, favorecem e criam condição oportuna de alimentação e procriação de amimais domésticos e sinantrópicos (cães, gatos e roedores) no lixo, causando o desequilíbrio a saúde ambiental e aumentando a chance de transmissão de doenças, inclusive zoonoses como raiva, leptospirose e leishmaniose (MAGNABOSCO, 2006). O desequilíbrio na população animal levou a excessos populacionais, que junto com a falta de saneamento e o crescimento desordenado das cidades, propiciaram a problemas de saúde pública (NOGUEIRA, 2009). "Os cães e gatos são agentes que interferem na promoção da saúde, positiva ou negativamente, dependendo da guarda responsável e das políticas públicas implantadas" (GARCIA; MALDONADO; LOMBARDI, 2008, p. 107).

O abandono e a superpopulação de animais são práticas que prejudicam a saúde ambiental tornando o ambiente favorável a disseminação de doenças. Tudo isso devido à procriação descontrolada de cães e gatos e a irresponsabilidade ou ignorância dos seus proprietários, aliado a falta de gestão ambiental e programas de informação e EA que valorizem a guarda responsável e bem-estar de cães e gatos, enfatizando a saúde ambiental. Conhecer o perfil de proprietários de cães e gatos pode ser de grande valia para o médico veterinário, a fim de que o mesmo possa adotar estratégias para divulgar a guarda responsável, minimizando o abandono destes animais (SILVA et al., 2009).

Na tentativa de solucionar o problema alguns Centros de Controle de Zoonoses (CCZ), no Brasil, são acusados de utilizar uma maneira simplista e nada humanitária, o extermínio em massa, eliminando todo e qualquer animal encontrado nas ruas não reclamado por seu dono. Isto afeta o bem-estar animal sendo considerados maus tratos o sacrifício sistemático e indiscriminado de cães e gatos (MOLENTO, 2007; SANTANA; MARQUES, 2008). "O incentivo à propriedade, posse ou guarda responsável é de fundamental importância para o sucesso do controle de populações de cães e gatos, os órgãos públicos devem ser exemplos de manejo etológico e preservação do bem-estar dos animais" (VIEIRA, 2008, p. 103). Outro problema aliado a falta de controle e o manejo inadequado de alguns animais são incômodos e agravos relacionados a agressões à população humana, principalmente mordeduras e arranhaduras, e contaminação ambiental com seus dejetos, com significativo impacto à saúde pública, favorecendo a transmissão de doenças.

Além disso, animais soltos em vias públicas ficam expostos a riscos como atropelamentos, brigas, doenças infectocontagiosas e outros agravos, colocando em risco a saúde da população humana e a de outros animais e comprometendo o equilíbrio do ambiente (ELOY; MODOLO, 2009; GOMES; MENEZES, 2009). A conscientização de proprietários de animais domésticos sobre guarda responsável, bem-estar animal e zoonoses vêm sendo alternativa à eutanásia como controle populacional e de zoonoses. Quando o cidadão se esclarece da responsabilidade na guarda de um cão ou gato, atitudes como prevenção e destino de ninhadas, provisão de alimentos e higiene adequados passam a ter influência direta na dinâmica populacional e de zoonoses em cães e gatos (SILVANO et al., 2010). Estudos envolvendo a EA têm sido cada vez mais utilizados por profissionais de várias áreas, com a finalidade de melhorar a percepção da sociedade para uma reflexão sobre a valorização da natureza e da biodiversidade.

A EA constitui uma ferramenta importante de redescobrimento, sendo um processo educativo constante, dinâmico, criativo e interdisciplinar; é considerada como um instrumento que desencadeia um processo de conscientização sobre a questão ambiental. Entende-se pela guarda responsável de cães e gatos como um conjunto de ações centradas a prevenir riscos de agressão, zoonoses e danos a terceiros, além da percepção pelo ser humano, da total dependência física e afetiva desses animais e assim atender suas necessidades físicas, psicológicas e ambientais. Isso se configura como uma das práticas para promoção do bem-estar animal e traduz uma mudança no estilo de vida, exercício da cidadania e educação de uma sociedade. Aliado a um trabalho de EA atua na construção de atitudes individuais e coletivas, capazes de tornar a relação homem e animal de companhia harmônica e saudável. Este artigo objetiva refletir sobre o papel da gestão e EA acerca da guarda responsável e bem-estar de cães e gatos.

A GESTÃO AMBIENTAL E O MÉDICO VETERINÁRIO
Parte da função gerencial que trata, determina e implementa a política de meio ambiente estabelecida para a empresa é a gestão ambiental (ALPERSTEDT; QUINTELLA; SOUZA, 2010), mas é preciso entendê-la como aquela que incorpora os valores do desenvolvimento sustentável na organização social e nas metas corporativas da empresa e da administração pública. Integra políticas, programas e práticas relativas ao meio ambiente, em um processo contínuo de melhoria da gestão (POL, 2003). A gestão ambiental passou a atender muitos desafios e contribuir para uma melhor qualidade de vida e bem-estar social através de uma abordagem integrada e centrada a proporcionar um ambiente sem efeitos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, incentivando o desenvolvimento sustentável (EUROPEAN COMMUNITIES, 2007). Gestão ambiental envolve planejamento, organização e orientação para alcançar metas ambientais específicas, podendo se tornar importante instrumento para as organizações em suas relações com consumidores, o público em geral, agências governamentais, etc. (CORRAZA, 2003).

Nessa visão entra o conceito de gestão socioambiental estratégica de uma organização que Consiste na inserção da variável socioambiental ao longo de todo processo gerencial de planejar, organizar, dirigir e controlar, utilizando-se das funções que compõem esse processo gerencial, bem como das interações que ocorrem no ecossistema do mercado, visando a atingir seus objetivos e metas da forma mais sustentável possível (NASCIMENTO; LEMOS; MELLO, 2008, p. 18) "As organizações necessitam partilhar do entendimento de que deve existir um objetivo comum, e não um conflito, entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, tanto para o momento presente como para as futuras gerações" (TACHIZAWA; ANDRADE, 2008, p. 61). Essa questão relaciona-se à possibilidade de se conciliar a expansão econômica e o avanço industrial e tecnológico com a preservação ambiental, que evidenciam o próprio conflito da sociedade atual, que é o de aliar o crescimento à qualidade de vida, de crescer sem destruir, de garantir a sua futuridade (SANCHES, 2000). A gestão ambiental se centra principalmente nos recursos. Pressupõe escolher entre alternativas (que não são somente tecnológicas) e criar as condições para que aconteça o que se pretende que aconteça. Deve controlar e assegurar o cumprimento da lei ou normas que estão estabelecidas e regulam os comportamentos das pessoas, das sociedades, das empresas, das formas de produção e seus efeitos. Porém também deve levar em consideração as pessoas e seu comportamento (POL, 2003, p. 236). Deve-se verificar também que o conceito de gestão ambiental vai muito além da ideia de policiamento e da prevenção da poluição (SANCHES, 2000). Uma gestão ambiental voltada para guarda responsável de cães e gatos com a promoção de valores através da EA, debate e divulgação de informações são atitudes e temas comuns abordados pela gestão ambiental que devem ser considerados. Ao reconhecer a natureza multifacetada do desafio ambiental, podem-se explorar as dimensões ecológicas, econômicas, culturais e avaliar as repercussões globais e locais da drástica mudança ambiental que vem ocorrendo e construir conexões com outras questões, incluindo a participação dos médicos veterinários na área ambiental.

No Estado de Alagoas projetos atuam conscientizando proprietários de animais para o significado de posse responsável, abordando também temas como: conservação do meio ambiente, coleta de dejetos de cães nas ruas e questões de cidadania. "Projetos semelhantes reafirmam a importância da atuação do medico veterinário junto à sociedade e ainda permitem a divulgação da empresa em que atua" (AQUINO, 2010, p. 21). Ao médico veterinário gestor ambiental cabe ter a visão do desenvolvimento sustentável nas organizações e sabendo das dimensões econômicas, social e ambiental deve tentar buscar o equilíbrio entre elas para que as empresas sejam economicamente viáveis, ofereçam melhores condições de trabalho e eco eficientes em seus processos (DIAS, 2008).

Com essa visão a medicina veterinária não pode ser considerada a medicina dos bichos, deve ser vista como a ciência embasada em conhecimentos científicos, mas com objetivos amplamente sociais buscando na saúde animal a garantia da saúde humana e ambiental. A Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968 considera que a Medicina Veterinária é uma atividade imprescindível ao progresso econômico, à proteção da saúde, meio ambiente e ao bem estar dos Brasileiros, definindo as competências do Médico Veterinário. Seu papel na área ambiental é muito amplo, devendo conhecer a legislação de proteção aos animais, de preservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável, da biodiversidade e da melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2002).

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - UMA PERSPECTIVA COMPLEXA - UMA MUDANÇA DE ATITUDE
A Educação Ambiental vem ganhando espaço nas sociedades modernas. Ela, além de estar voltada para a construção do crescimento da consciência ecológica, também se encontra inserida num momento de questionamento das práticas pedagógicas, o que Freire (2004) denominou de educação bancária. A EA é um processo participativo e pode ser identificada como um instrumento de revisão dos conceitos predominantes sobre o mundo e vida em sociedade, despertando o ser humano e a coletividade nas construções de novos valores sociais, na aquisição de conhecimentos, atitudes, competências e habilidades para a conquista ao direito de um ambiente ecologicamente equilibrado (LEÃO; FALCÃO, 2002), ou seja, uma consciência ecológica voltada à compreensão das relações de poder que permeiam a atual interação entre homem e natureza.

Ao invés de conhecer para explorar e dominar a natureza, que caracteriza o modelo atual de desenvolvimento, a EA busca uma integração com o meio ambiente. Agora, não se trata de uma integração "romântica", mas de uma integração dinâmica voltada para um movimento permanente, visando estabelecer um tipo de interação que provoca rupturas e religações fundantes de um novo paradigma. Quando a educação ambiental é introduzida no dia a dia das crianças, através de aulas específicas, porém de modo curioso, dinâmico, interativo, sem muita cobrança e quase como uma brincadeira, estas começam a ter um maior interesse em um assunto tão complexo, e ao mesmo tempo tão comum - o meio ambiente (MIALICHI; SANTOS; ALBINO, 2009). Os conteúdos trabalhados devem resultar de uma perspectiva educacional interdisciplinar, já que o meio ambiente pode ser pensado através das suas múltiplas determinações.

Diante deste processo, a conscientização é fundamental para que se busquem soluções para os problemas comuns, através da aprendizagem crítica significativa (Freire, 1979). Dessa maneira, o processo pedagógico será crítico e criativo. Na experiência pedagógica de uma educação ambiental, esses traços podem ser reencontrados na crítica à racionalidade instrumental e disciplinar, na reivindicação de uma revolução epistemológica, na pretendida guinada do pensamento e das formas de pensar, bem como nas dificuldades daí decorrentes em penetrar no coração do campo educativo e nos métodos e práticas educacionais tradicionais. Assim, reedita-se na esfera educativa as antinomias do projeto emancipatório autonomista que constitui o núcleo político, existencial e epistêmico do campo ambiental (CARVALHO, 2006, p. 8), A prática educativa ambiental deve resultar de uma perspectiva complexa que leve em consideração todas as multiplicidades do real, sendo assim, A educação ambiental é um processo no qual todos somos aprendizes e mestres.

Os bons mestres sempre foram aprendizes até alcançarem a maestria de artes e ofícios. Mas esse processo de transmissão de saberes sempre se deu no âmbito de relações de poder daquele que detém um saber; de relações de dominação professor-aluno; de relações de autoridade e de prestígio exercidas na busca de apropriação de um saber codificado, certificado (...). A complexidade ambiental implica não só o aprendizado de fatos novos (de maior complexidade); além disso, inaugura um saber que desconstrói os princípios epistemológicos da ciência moderna e funda uma nova pedagogia, por meio de uma nova racionalidade que significa a reapropriação do conhecimento a partir do ser do mundo e no ser no mundo; a partir do saber e da identidade que se forjam e se incorporam ao ser de cada indivíduo e de cada cultura (LEFF, 2002, p. 211), Nessa abordagem a EA surge em virtude da preocupação humana com a qualidade de vida em um contexto muito amplo, abrangendo realidades sociais, econômicos, políticos, culturais e ecológicas de uma região ou localidade (DIAS, 2004b).

A educação ambiental aparece justamente dentro de um crescente processo de disseminação da reflexividade social. A necessidade de abordar o tema da complexidade ambiental decorre da percepção sobre o incipiente processo de reflexão acerca das práticas existentes e das múltiplas possibilidades de, ao pensar a realidade de modo complexo, defini-la como uma nova racionalidade e um espaço onde se articulam natureza, técnica e cultura. Refletir sobre a complexidade ambiental abre uma estimulante oportunidade para compreender a gestação de novos atores sociais que se mobilizam para a apropriação da natureza, para um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade e a participação, apoiado numa lógica que privilegia o diálogo e a interdependência de diferentes áreas de saber. Mas também questiona valores e premissas que norteiam as práticas sociais prevalecentes, implicando mudança na forma de pensar e transformação no conhecimento e nas práticas educativas (JACOBI, 2006, p. 2). Esta não é uma mudança de atitude que deve ser empreendida de maneira ativa e não de modo contemplativo. A atividade implica em um posicionamento e modo específico de agir no mundo, estabelecendo um frutífero diálogo entre os saberes. Isso gerará uma abertura significativa para estimulantes espaços a implementação de alternativas ao modelo de desenvolvimento e da atual participação popular, em favor de um maior movimento democrático e acesso à informação através de canais diversificados de diálogo. Poderá gerar a superação do atual modelo de apatia política e ausência de consciência ambiental em que vive uma parte considerável dos cidadãos. Novas práticas culturais voltadas para a gestão ambiental podem aparecer e se consolidar. Porém, para isso ocorrer deve-se buscar a superação dos obstáculos institucionais e de acesso a informação. Por isso que o caminho a ser desenhado passa por uma mudança do acesso à informação e por transformações institucionais que garantam acessibilidade e transparência na gestão. Os obstáculos enfrentados, frequentemente, são antigos conhecidos nas políticas públicas como a descontinuidade administrativa, a falta de recursos financeiros, o número insuficiente de recursos humanos, o despreparo dos professores, a alta rotatividade dos professores das escolas públicas e a interferências políticas comprometem a continuidade das práticas de EA (SILVA, 2009).

Ao reconhecer esta era de imprevisibilidades vivida, em meio a uma transição muito turbulenta, é preciso estar preparado para o que vai ocorrer nos próximos anos. A imersão em um sistema cada vez mais limitado para responder os anseios das sociedades, e vivenciar as diversas crises humanas - ambientais, sociais, econômicas - são meros sintomas de uma crise ambiental mais profunda, cujas raízes se encontram na perda e aquisição de novos valores humanos e na carência de ética (DIAS, 2004a). Valores são questionados, autores surgem com novas abordagens e a ética ambiental é aclamada para fazer parte dessa nova realidade. Como uma exigência da pós-modernidade, a EA está baseada na busca de metodologias de trabalho que privilegiem a construção de conhecimento com base na solidariedade, na tolerância, na paz e em um conhecimento prudente de si, para si, e que tenha como horizonte a construção de um mundo social e ecologicamente mais justo (BARCELOS, 2008).

A EA passa a atuar como uma estratégia fundamental no preparo de autores sociais para participarem ativa e conscientemente, na gestão e na busca de alternativas para a solução dos problemas ambientais (SILVA, 2009). Faz-se necessário superar a concepção de ambiente como mera externalidade onde comparecem apenas florestas, rios, solo, diversidade biológica etc., e venha a se conceber ambiente como espaço que é igualmente processo e no qual atuam relações de poder, ou seja, onde tudo isso tem implicações sociais, econômicas, culturais, simbólicas e ecológicas. Em outras palavras, ambiente assim concebido, não é redutível ao mero nível ecológico embora este último seja um aspecto importante do primeiro (AYRES; BASTOS FILHO, 2007, p. 32).

EDUCAR PARA A GUARDA RESPONSÁVEL E O BEM-ESTAR DE CÃES E GATOS
O desenvolvimento da relação entre o ser humano e o animal de companhia ocorre no âmago de uma mudança comportamental importantíssima da própria sociedade, que passou a cultivar vários hábitos, tais como: menor número de filhos e mais recursos em geral; atribui ao animal de companhia o mesmo valor sentimental de um membro da família, passando a viver mais dentro de casa do que fora. Além de ganhar seu espaço, os cães e gatos estão previstos no orçamento familiar e passam a ser assistido na vida e na morte (SANTANA et al., 2004). De acordo com os mais recentes estudos veterinários a companhia desses animais para o ser humano produz efeitos benéficos. Podendo ser dividido em efeitos psicológicos, pois diminui depressão, estresse e ansiedade, também melhorando o humor; efeitos fisiológicos com menor pressão arterial e frequência cardíaca, maior expectativa de vida, estímulo a atividades saudáveis; e efeitos sociais, porque ajuda na socialização de criminosos, idosos, deficientes físicos e mentais, também melhorando no aprendizado e socialização de crianças (BAHR; MORAIS, 2001).

Os cães e gatos já ganharam seu espaço na sociedade moderna e devemos lembrar que para essa relação ideal é necessária algumas medidas básicas de manejo adequado desses animais e uma guarda responsável, caso o proprietário não tenha noções, pode tornar uma relação homem-animal muito perigosa principalmente devido às zoonoses, ataques a pessoas e também por poderem causar acidentes de trânsito ao andarem perambulando nas ruas (PINHEIRO JR et al., 2006). A guarda responsável de animais de companhia se configura como uma das práticas para promoção do bem-estar animal, sendo de fundamental importância e diretamente relacionada ao papel do médico veterinário na sociedade, que fornece subsídios para conscientização quanto às necessidades básicas para uma relação saudável tanto para os animais, quanto para seus proprietários, independente do senso comum, muitas vezes equivocado (SILVANO et al., 2010).

É importante se mudar o termo "posse responsável" para "guarda responsável", Isto abrange muito mais que uma simples questão de estética. O emprego do termo "posse" apresenta uma ideologia implícita em sua semântica: o animal ainda continuaria a ser considerado um "objeto", uma "coisa", que teria um "possuidor" ou "proprietário", visão que consideramos já superada, sob a ótica do direito dos animais, visto que o animal é um ser que sofre, tem necessidades e direitos (SANTANA; OLIVEIRA, 2006). A questão da guarda responsável de animais domésticos é uma das mais urgentes construções jurídicas do Direito Ambiental, devendo ser visto pelo gestor ambiental a crescente demanda nas sociedades, pois a urbanização cada vez mais crescente vem suplantando hábitos coletivos entre os indivíduos que, isolados em seus lares, têm constituído fortes laços afetivos com algumas espécies, como é o caso dos cães e gatos, transformando-os em verdadeiros entes familiares (SANTANA; OLIVEIRA, 2006). Em princípio, ter um animal de estimação - muitas vezes recolhido do abandono - não colocaria em risco o bem-estar dele, nem o da comunidade. Pelo contrário. No entanto, os maus tratos nem sempre estão ligados à má índole ou à indiferença.

Falta de conhecimento sobre as necessidades e o comportamento da espécie, assim como a projeção antropomórfica das necessidades do guardião, com excesso de apego e zelo, são igualmente cruéis e traumáticas para os cães e gatos (GRAMINHANI, 2007), comprometendo a guarda responsável, que é a condição na qual o guardião de um animal de companhia aceita e se compromete a assumir uma série de deveres centrados no atendimento das necessidades físicas, psicológicas e ambientais de seu animal, assim como prevenir os riscos - potencial de agressão, transmissão de doenças ou danos a terceiros - que seu animal possa causar à comunidade ou ao ambiente, como interpretado pela legislação vigente (SANTANA; OLIVEIRA, 2006; SILVANO et al., 2010). É preciso proporcionar um conhecimento capaz de educar e formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades individuais em relação à preservação e conservação do ambiente global (LEÃO; FALCÃO, 2002). Nesse contexto estão inseridos os animais de estimação, quando abandonados podem provocar alterações como a superpopulação de cães e gatos nos centros urbanos, causando desequilíbrios na saúde ambiental local. Então devemos aprender a tratá-los bem, principalmente conhecendo suas necessidades para promover sua saúde e bem-estar. Uma alternativa é a conscientização dos pais de crianças em escolas públicas, não apenas sobre doenças transmitidas por animais, mas sobre guarda responsável, constituindo um instrumento importante para reduzir os riscos de transmissão de zoonoses (LIMA et al., 2010) . A situação vigente requer a promoção da guarda responsável aliada a um trabalho de EA, que faça uso de estratégias dinâmicas e se ampare numa abordagem interdisciplinar, para propiciar conhecimentos, habilidades e criticidade aos indivíduos, sensibilizando-os para a importância dos cães e gatos na sociedade atual e a necessidade de assumir total responsabilidade por toda e qualquer atitude desses animais, mantendo-os em perfeitas condições de saúde, cuidados e afeto. Essa convivência entre homens e animais só vale a pena enquanto harmônica e prazerosa.

O dono responsável, portanto, deve criar seus animais em perfeitas condições de saúde e contenção, de tal forma que não sejam causa de qualquer espécie de constrangimento ou risco a todos de seu convívio social (SOTO, 2006). Para auxiliar na guarda responsável e promover o bem-estar de cães e gatos, a EA é uma importante ferramenta de gestão ambiental e vem sendo utilizada durante as atividades curriculares, na formação educacional, em qualquer disciplina, planos e organizações sociais. A sociedade que a pratica caminha rumo à sustentabilidade (CÂNCIO et al., 2007). Importante se faz que trabalhos educativos sejam feitos junto à população para que haja perfeita harmonia na relação homem - natureza - animal. Um projeto educativo é mais do que treinamento e conhecimento dos fatos, é o estímulo à busca de novas fontes e saídas ou, ainda, o resgate de valores e posições antigas, porém frutíferas e, acima de tudo, um deflagrador de uma busca de compreensão da realidade em seus diferentes níveis, do individual ao universal, da comunidade à aldeia global (GRYNSZPAN, 1999).

Os problemas vividos pela maioria dos centros urbanos no Brasil são a falta de educação, a pobreza, a falta de saneamento e a superpopulação de animais, estes têm como triste destino o abandono, muito sofrimento e o sacrifício em massa. Mudar esse quadro é um dos grandes desafios que se apresentam no século XXI. A melhoria da distribuição de renda e um processo educativo que permita a internalização dos conceitos de posse responsável de animais de companhia seriam ideais para melhorar os números de guardiões responsáveis e consequentemente o bem-estar animal (SOUZA et al., 2002). Principalmente nas comunidades de menor renda e de maior aglomeração humana, falta a habilidade de cuidar e conter efetivamente dos animais, bem como alimentá-los apropriadamente, os quais geralmente dependem do lixo. Nesses locais, as densidades de populações de animais de estimação são elevadas e o nível de dependência entre animal e o ser humano é baixo. Geralmente, esses possuem baixa proteção imunitária e o contato animal-animal é comum, elevando os riscos de transmissão e propagação de doenças. Assim, esse é o melhor contexto para a ocorrência das epidemias (LAGES, 2009).

Neste contexto, Considere-se que em torno, de 75% das doenças emergentes e reemergentes são de origem animal, incluindo as zoonoses. Considere-se também que por decorrência do "sofrimento" ambiental, os maus tratos humanos à natureza têm sido responsabilizados pelo do risco de adoecer. Definitivamente, um território doente tem origem nas doentes relações entre pessoas e meio ambiente. (COMISSÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA, 2009, p. 10). A educação não pode dar colaborações materiais, como oferecer vacinas ou tratamentos veterinários, não podendo ser vista como secundária, complementar, mas não o cerne, como em geral acontece. Como sua missão precípua é a transmissão de valores, ela é fundamental para o enfrentamento das questões da vida através da formação de sujeitos críticos. Etimologicamente significa propiciar o florescimento de algo que já está dentro da pessoa e não encher de conhecimentos um recipiente vazio (GRYNSZPAN, 1999). As pessoas devem ser educadas para saber sobre os diferentes comportamentos de algumas raças caninas e felinas, além de destino de ninhadas e as vantagens da castração. Nesta concepção mudar alguns conceitos a respeito dos cuidados com a saúde dos animais de estimação é essencial, como a simples realização de vacinação e vermifugação com o auxílio do médico veterinário para as necessárias orientações.

A base dessa mudança deve ser ética, fundada no pathos - sensibilidade humanitária, inteligência emocional - e no ethos - conjunto de inspirações, valores e princípios que orientarão as relações da sociedade com a natureza, dentro da sociedade, com o outro, consigo mesmo e com Deus. A Terra é compreendida como novo patamar da realização da história, como totalidade físico-química, biológica, socioantropológica, espiritual, una e complexa (BOFF, 2003). Há uma nova postura na educação atual decorrente da problemática ambiental, entretanto a EA é ampla, mas nem sempre consegue contemplar todas as questões, como por exemplo, o bem-estar animal que tem sido debatido principalmente nos últimos 30 anos e se caracteriza como uma atitude social pela proteção dos animais contra sofrimentos desnecessários (LIMBERT; MENEZES; FERNANDES, 2010). Pode-se acreditar que trabalhando a EA desde a tenra idade, teremos uma geração futura mais bem formada em sua essência e caráter para enfrentar e trazer soluções aos problemas ambientais que terão pela frente, e dessa maneira começar a realmente construir um mundo melhor (MIALICHI; SANTOS; ALBINO, 2009). Nessa dinâmica a EA age como um processo permanente onde indivíduos tomam consciência de seu meio e adquirem os conhecimentos, os valores, as competências, a experiência e também a capacidade de fazê-los atuar, individual e coletivamente para resolver os problemas atuais do meio ambiente (SILVA; MARTIM, 2001).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão ambiental cabe tentar criar estratégias para que a relação ética, política, cultural, econômica e social da humanidade esteja visando o equilíbrio com o ecossistema. E somente com educação voltada para o desenvolvimento ecologicamente sustentado, respeitando toda a biodiversidade nele contida, levará a paz, preservação ambiental, justiça e bem-estar social. Uma gestão ambiental desenvolvida de maneira integrada com o cotidiano dos animais, conforme suas necessidades vêm contribuir para que ocorram ações, uma delas é a guarda responsável, entendida como uma evolução da sociedade que busca o equilíbrio com a natureza, para compreender as necessidades dos animais, estabelecer uma sintonia e entender as relações entre os componentes da interação homem - natureza - animal, garantindo o respeito e a harmonia com os cães e gatos, além do seu bem-estar.

A EA é multidisciplinar e pode ser desenvolvida para conscientizar as pessoas e promover a guarda responsável de cães e gatos, proporcionando o bem-estar destes animais. Essa ferramenta é considerada por muitos autores como um instrumento de gestão direcionada à solução para os ditames ambientais, para fazer se repensar os valores e as ideologias vigentes e se estabelecer novas formas de pensamento e ações relacionadas ao meio ambiente que permita a própria sociedade avançar rumo a uma mais ampla aceitação dos conceitos e princípios ambientais. A EA traduz o exercício consciente e edificante de cidadania, seguindo rumo à sustentabilidade. Sua interação e utilização devem fazer parte da formação de todo ser humano, isto possibilitará uma guarda responsável capaz de sensibilizar as pessoas e donos de cães e gatos, para adquirir conhecimentos e habilidades diferenciadas de uma sociedade. REFERÊNCIAS
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Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Leonardo Alves de Farias

por Leonardo Alves de Farias

Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Campina Grande (2007), Especialização em Gestão Ambiental - IFRN (2010), Mestre em Medicina Veterinária.

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