E viveram tristes para sempre.

Psicologia

29/02/2016

Esta é uma história sobre o amor. Talvez sobre um amor distorcido sem liberdade e vivenciado numa atmosfera de muita angústia.

Desde o namoro Hestia notara o namorado como alguém rude, inadequado e até mesmo violento quando bebia. Parentes e amigos a alertaram sobre o comportamento explosivo dele. Hestia fazia não ouvir e terminava todas as conversas dizendo: – Mas, eu gosto tanto dele. Motivada pela paixão ela tornou-se ausente no mundo:  abriu  mão da família, da vida profissional e da individualidade.

Passaram-se anos de convivência e,  Hestia por diversas vezes sofreu calada , com seu companheiro de comportamento abusivo. Depois de tanto distrato e humilhação, surgiram doenças em seu corpo e sua alma (angústia, ansiedade e depressão). Ela  pensava como e por que  evitava a possibilidade de uma nova vida. Já não havia mais amor…  Hestia decidiu dar um sussurro de liberdade. Propôs ao seu algoz o divórcio em uma  conversa amarga, triste e violenta.

Hestia foi novamente agredida naquela noite. Sufocada no escuro daquele apartamento fechado. E, hoje Hestia não por opção, mas sim por consequência deste derradeiro ato de covardia teve sua voz calada para sempre.

 

Dados da Secretaria federal de Políticas para as Mulheres apontam que, em 2014, mais de 53 mil brasileiras foram vítimas de violência

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Giselda Lopes Aquino

por Giselda Lopes Aquino

Psicóloga, Psicanalista, Especialista em Desenvolvimento, Curso de Libras Avançado com ênfase em cultura Surda.

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