Prevalência de ansiedade e a associação com comportamentos de risco à saúde

A característica principal da ansiedade é uma preocupação excessiva
A característica principal da ansiedade é uma preocupação excessiva

Psicologia

31/03/2014

Introdução:

Estudos sugerem que a ansiedade surge como possível fator associado a alguns comportamentos de risco à saúde, que figuram entre as maiores causas de mortalidade entre adolescentes no Brasil.

A característica principal da ansiedade é uma preocupação excessiva, acompanhada de pelo menos três dos seguintes sintomas: inquietação ou sensação de estar com os “nervos à flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco”; irritabilidade; tensão muscular e perturbação do sono.

Objetivo:

Determinar a prevalência de ansiedade em acadêmicos de uma faculdade privada do oeste do Paraná, e os respectivos fatores associados.

Materiais e métodos:

O método de pesquisa utilizado foi o quantitativo e o delineamento é transversal de base institucional. A população em estudo são os acadêmicos do curso de Psicologia e Educação Física de uma Faculdade Privada do Oeste do Paraná. Cada um dos cursos possuía 8 turmas em andamento no segundo semestre letivo de 2009, 50% delas fizeram parte da nossa amostra, totalizando uma amostra de 114 acadêmicos. Os acadêmicos responderam a um questionário auto-aplicado com questões sobre condições socioeconômicas, idade, sexo, trabalho, religião, atividades físicas, uso de tabaco, álcool e outras substancias, doenças, uso de medicamentos e comportamentos de risco à saúde. O screening para ansiedade foi realizado através das Escalas Beck.

Resultados:

Referente ao uso de drogas lícitas durante a vida, 50% já fumaram e 81,6% já ingeriram bebidas alcoólicas, sendo que 30,4% fazem uso abusivo de álcool. Referente ao uso de drogas ilícitas, 13,2% usaram maconha, 4,4% cocaína, 1,8% crack, 3,5% estimulantes e 7% inalantes.

Em relação à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, 54,9% não utilizaram preservativo na última relação sexual, sendo que 33,3% não possuem parceiro fixo. Em relação à psicopatologia estudada, 21,1% possuem sintomas de ansiedade.

Na análise bivariada, a ansiedade teve uma associação estatisticamente significativa com envolvimento em briga e agressão física (0,015), abuso de álcool (0,018), abuso de cocaína (0,029), e abuso de drogas alucinógenas (0,007).

Conclusão:

Mesmo sendo instruídos os acadêmicos apresentam comportamentos de risco. Sugere-se um trabalho sobre o manejo da ansiedade para que os acadêmicos aprendam a lidar de forma sadia com os sintomas ansiosos, prevenindo assim, formas inadaptativas tais como comportamento agressivo e falta de uso de preservativo nas relações sexuais.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Deise de Azevedo Ajala dos Santos

por Deise de Azevedo Ajala dos Santos

Psicoterapeuta Cognitivo-Comportamental. Auriculoterapeuta e Especialisanda em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Instituto Paranaense de Terapias Cognitivas - IPTC

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