Motivação

Motivação é um fator de extrema importância no esporte competitivo
Motivação é um fator de extrema importância no esporte competitivo

Psicologia

03/01/2013

Com o aumento do conhecimento científico, do avanço das tecnologias e de profissionais capacitados, os treinadores, atletas e dirigentes no esporte de alto rendimento atualmente devem estar cada vez mais preparados, organizados e profissionalizados. Desta forma os atletas apresentam significativos esforços para seu máximo rendimento, pois é esperado que eles superassem seus limites a cada ciclo a fim de que se mantenham sempre no topo. (MIRANDA E BARA FILHO, 2008; SAMULSKI, 2002; SOUZA FILHO, 2000; VIADÉ, 2003).


Vários são os aspectos primordiais para o atleta atuar no esporte de alto rendimento, tais como aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais. Destacando o aspecto psicológico, para suportar as cargas dos treinos, o “stress” gerado durante as competições além da pressão de patrocinadores, familiares e treinadores, o atleta necessita de um alto grau de motivação para que o esporte não se torne uma obrigação intolerável. Treinamentos e competições compatíveis com a capacidade do atleta provocarão um nível ótimo de motivação. (MIRANDA E BARA FILHO, 2008).


Gomes et. al. (2007), em um levantamento da produção cientifica da Psicologia do Esporte, analisaram 1086 resumos (440 de congressos brasileiros, 125 de artigos em revistas espanholas e 521 de periódicos de língua inglesa), verificando que o tema motivação foi o mais estudado pelos Psicólogos do Esporte no exterior (17,21% dos artigos da Espanha e 15,74% de Língua inglesa) e o segundo tema mais estudado no Brasil (20,27%).


Já Coimbra et. al. (2008), verificaram que tanto técnicos quanto atletas (de diferentes modalidades, gênero, nível competitivo) consideram muito importante o desenvolvimento de estratégias e métodos para motivar os atletas.


Essas pesquisas demonstram que tanto os psicólogos do esporte, quanto os treinadores e atletas concordam que a motivação é um fator de extrema importância no esporte competitivo. (GOMES et. al., 2007; COIMBRA et. al., 2008).


Segundo Weinberg e Gould (2008), ao longo dos anos, surgiram algumas teorias para explicar a motivação do ser humano, sendo as mais aceitas a teoria das necessidades de realização (considerando fatores pessoais e situacionais), teoria da atribuição (explicação de sucesso e fracasso atribuído à estabilidade, casualidade e controle), a teoria das metas de realização (metas, percepção de capacidade e comportamento frente à realização) e a teoria da motivação para competência (sentimento de competência e percepção de controle). Porém, das teorias motivacionais, a mais utilizada nas recentes pesquisas em Psicologia do Esporte, e mais bem aceita atualmente é a Teoria da autodeterminação (DECI E RYAN, 1985).


A Teoria da Autodeterminação, formulada por Deci e Ryan em 1985, estabelece que o ser humano possua três necessidades psicológicas básicas e primordiais, são elas: competência, relação social e de autonomia. A necessidade de competência é a experiência de controlar o resultado, ou seja, se sentir capaz de algo.


A de relação social é o esforço para constituir relações afetivas com o próximo, preocupar-se com o outro e sentir reciprocidade. E a de autonomia é o desejo de se sentir na origem de suas ações. (RYAN E DECI, 2000; FERNANDES E VASCONCELOS-RAPOSO, 2005; MURCIA E COLL, 2006; MURCIA, GIMENO E COLL, 2007; PERREAULT E VALLERAND, 2007).


Esta teoria estabelece que a motivação do indivíduo seja enxergada de uma forma contínua, definida por níveis de autodeterminação, da motivação mais autodeterminada para a menos autodeterminada, postulando três diferentes tipos de motivação: intrínseca, extrínseca e a motivação. (PERREAULT E VALLERAND, 2007; SARRAZIN, 2002; CHANTAL, 1996; CRESSWELL E EKLUND, 2005).

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