ADULTOS TAMBÉM BRINCAM

Adultos que brincam são mais saudáveis e menos estressados
Adultos que brincam são mais saudáveis e menos estressados

Educação e Pedagogia

10/01/2016

Fala-se muito que a criança deve brincar para desenvolver-se cognitivamente, afetivamente e adquirir aspectos motores essenciais. Porém, o adulto também carece de brincadeiras.

Professores de educação básica estarão em contato diário com a ludicidade. Logo, faz se necessário aprender a utilizar essa ciência como mecanismo de aprendizagem em sala de aula.

Durante as aulas de ludicidade é comum que o adulto mantenha contato com brincadeiras e jogos infantis, dessa forma deve ter em mente que tais atividades serão de suma relevância quando daqui a alguns anos os papéis se inverterem.

A disciplina é obrigatória nos cursos de graduação em Pedagogia, visto que aproxima o acadêmico do universo lúdico, e ainda prepara o mesmo para aplicar atividades diferenciadas em sala de aula.

Segundo Santos (1997)

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento (pág. 12).

Infelizmente, nem sempre o lúdico consolida-se nas escolas. O desafio do educador é fazer a criança diferenciar o “brincar por brincar” e a “ludicidade”.

Quando falamos “brincar por brincar”, estamos nos referindo a um momento recreativo sem objetivo. Onde a criança brinca para passar tempo, ou talvez para o professor descansar ou preencher o diário.

Quando nos referimos a “ludicidade”, nos abre uma extensa variedade de atividades significativas, ou seja, com objetivos pré-determinados. Logo, ao brincar a criança estará se desenvolvendo integralmente. Esses tipos de atividades são elaboradas e incluídas nos planejamentos de todas as escolas.

Acentuamos que o “brincar pelo brincar” não deve ser visto com olhos negativos, pelo contrário, apenas que seja feito uma diferenciação entre as duas práticas escolares, para que o aluno compreenda o sentido de cada atividade.

De acordo com Santos (1997, pág. 14) “quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance de este profissional trabalhar com a criança de forma prazerosa”. Sendo assim, o adulto deve ser o primeiro a brincar, entrar na roda, ficar tonto, etc. A energia e a motivação deve partir do educador, para que o aluno sinta-se a vontade para expressar-se através de brincadeiras e jogos.

Timidez é uma característica que não combina com a figura do professor, porém existem muitos em nosso meio profissional. A brincadeira é uma ótima prática para “libertar-se” da timidez. Não há segredo, basta entrar na brincadeira e se divertir.

Vale ressaltar que “o adulto que volta a brincar não se torna criança novamente, apenas ele convive, revive e resgata com prazer a alegria do brincar, por isso é importante o resgate desta ludicidade, a fim de que se possa transpor esta experiência para o campo da educação, isto é, a presença do jogo” (Santos, 1997, pág. 14). Logo, percebe-se que a ludicidade não é ferramenta de auxilio apenas para a criança, o adulto (professor) acaba se beneficiando com tais práticas.

 

Vamos brincar de quê?

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Felipe da Costa Negrão

por Felipe da Costa Negrão

Mestrando em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia pela Universidade do Estado do Amazonas. Possui graduação em Pedagogia. É especialista em Neuropsicopedagogia e Didática do Ensino Superior . Atualmente é professor e membro do núcleo docente estruturante do curso de Pedagogia na Universidade Nilton Lins. Desenvolve pesquisas em educação matemática, ensino de ciências e espaços não formais.

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