Aprendizagem e Adequações Acesso ao Conhecimento nas Diferenças

Ensino colaborativo/redes.
Ensino colaborativo/redes.

Educação e Pedagogia

28/06/2015

Aprendizagem e Adequações Acesso ao Conhecimento nas Diferenças

Por Marta Regina

Os alunos com deficiências físicas, mentais e de baixa aprendizagem chegam nas escolas e se deparam com professores inaptos a ensinagem inclusiva. Os docentes passam por várias fases, entre elas: exaustão, frustração e fracasso. A inconsistência do fazer pedagógico, encontra no currículo um dos principais entraves.

A diversidade do alunado nos apresenta alguns casos de comprometimentos graves, comportamentos destrutivos, apáticas, imobilidades e outros; como corresponder a todas as diferenças, num ambiente de aprendizagem permeado de incertezas e medos? Muitas vezes o professor não sabe como construir aprendizagens significativas contribuindo para as reais necessidades do aluno. A formação continuada oferecida aos docentes visa diminuir a inaptidão e aumentar a gama de conceitos elucidativos sobre necessidades específicas do aprendiz.

Atualmente a parceria entre educação especial e ensino regular, resulta em uma nova teoria chamada de Ensino Colaborativo. É uma ação conjunta visando o sucesso da maioria dos alunos, deficientes ou não. A parceria, quando positiva, sinaliza novas redes de apoio. Os conhecimentos colaborativos se complementam, para estabelecer perspectivas de desenvolvimento (pessoal, social, intelectual) e enfrentamento das diferenças. Apesar dos esforços para estabelecer igualdade nas diferenças; muitos índices de exclusão ficam mascarados. A facilitação na aprendizagem oferecida pelos ciclos, flexibilizações, aceleração, progressão, etc; vem de encontro a uma falsa educação inclusiva.

A apropriação cognitiva é uma relação afetiva do sujeito frente as suas descobertas; pois sem a motivação do aluno, a aprendizagem torna-se vazia. Além da subjetividade, outros recursos de desenvolvimento podem ser usados pelo professor, tais como: trabalho em grupo, discussão, painéis, registros, pesquisas, aulas passeio e iniciativas significativas. A maneira de aprender não é homogênea. O educador deve valorizar a maneira de pensar de cada indivíduo; sendo ele deficiente ou não.

Cada necessidade é única, o percebido precisa ser contemplado. Alguns alunos, com graves comprometimentos, não conseguem desenvolver aprendizagens acadêmicas. Para estas questões existe o currículo funcional que atende as necessidades práticas da vida. O reconhecimento das vivências, da cultura, as trocas, a linguagem, o respeito a diversidade geram estruturas afetivo-cognitivas e conhecimento do mundo.

A aprendizagem humana se dá por vários fatores, pela atenção=concentração; sensação=captar estímulos; percepção=linguagem; memória=gravar, atualizar, recordar; orientação=consciência, identidade, localização; consciência=dar-se conta; pensamento=conceito, raciocínio, solução. Nesse esforço de experimentação pedagógica, fracassos e acertos acontecem, é assim que a inclusão pode ser devidamente construída.

Só será possível vislumbrar uma sociedade inclusiva, se de fato acontecer uma educação inclusiva.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Marta Regina Vargas de Farias

por Marta Regina Vargas de Farias

Professora Alfabetizadora e agora estou Psicopedagoga no Espaço da Diversidade. Tenho formação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, Pedagogia e especialização em Psicopedagogia. Trabalho há 25 anos na Rede Municipal de São Leopoldo - Rio Grande do Sul. Penso numa formação afetiva, que envolva vínculos, gerando assim construções humanas e intelectuais.

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