Os recursos naturais são limitados e só a mudança comportamental pode evitar grandes
Educação e Pedagogia
03/06/2015
I
Por muito tempo, a sociedade adotou uma forma de desenvolvimento mais consumidora e de degradação de energia e recursos que vieram a ser instalados nos edifícios.
II
Neste caso, o edifício representa uma espécie de desenvolvimento que foi preferida pela humanidade, propiciando um aumento considerável no consumo desenfreado de energia e de recursos naturais.
III
Por conta desse rápido desenvolvimento humano, a natureza, nos últimos anos, não tem tido tempo de se reestruturar, o que não acontecia antes. Por conta disso, os próprios ciclos regenerativos naturais é que estão reciclando as matérias produzidas e consumidas pela vida terrestre.
IV
O que acaba por garantir um equilíbrio no planeta, o qual está definhando por conta da intensa atividade humana, pela forma de produção e crescimento desordenado.
V
Esse crescimento vem ocorrendo de forma tumultuada, gerando impactos ambientais, como: aumento da temperatura global, falta de abastecimento de água, desmatamento, destruição da camada de ozônio, desertificação, efeito estufa, inversão térmica, poluição e suas consequências e o esgotamento dos recursos naturais importantes para a obtenção de matéria-prima que costumam ser utilizadas na construção civil.
Está na hora da sociedade entender que os recursos naturais são limitados e que só a mudança comportamental pode evitar que situações específicas se tornem grandes catástrofes, como o terremoto e o Tsunami no Chile, em 2010 e no Japão, em 2011.
O Intergovernamental Painel Climate Change (IPCC) chegou à conclusão de que estes fenômenos naturais são uma resposta às ações críticas do homem sobre a natureza, levando o planeta ao caos. Segundo John Rocha, o desdobramento da fabricação de bens agravou a produção de lixo, superando, assim, a quantidade de bens consumidos.
A arquitetura e a construção civil devem caminhar atreladas à sustentabilidade, para que as necessidades de moradia e da população em si sejam atendidas, mas de forma econômica e respeitando o meio ambiente.
Dessa maneira seria ilusório acreditar que o simples desenvolvimento social, seria suficiente para garantir a manutenção do meio ambiente bem como um ambiente sadio para se viver, seja hoje, seja em um futuro não tão distante.
Alguns teóricos destacam o Desenvolvimento Sustentável como uma conscientização dos riscos ambientais, mas sem perder a oportunidade de conciliar questões ecológicas com aspectos econômicos e sociais. Desse modo, pode-se denominar Desenvolvimento Sustentável como investimentos do presente, mas que resguardam o futuro de outros que hão de vir.
Essa definição foi a mesma apresentada pela Comissão de Brundlant, em 1987, ao mundo:
“Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”.
Como reforço desse pensamento, alguns teóricos afirmam que o Desenvolvimento Sustentável é a garantia de gerações presentes e futuras, de qualidade ambiental, permitindo a sociedade, distribuição dos seus benefícios sociais. A partir dos discursos anteriores, destacamos a importância da busca de um novo modelo de desenvolvimento, em áreas de atuação do ser humano, a fim de que esteja em vista o bem comum. Para que isso aconteça é preciso buscar formas de como esse modelo pode ser introduzido no meio da produção arquitetônica.
Por isso, é importante a discussão sobre a introdução dos conceitos de sustentabilidade na arquitetura, a partir da concepção do projeto, do seu desenvolvimento, da sua execução, da fase de uso e da fase pós-ocupação que, quando concretizada, se tornará parte da vida de seus habitantes por um bom tempo até a demolição do edifício e o recolhimento dos entulhos dessa demolição.
É inevitável, segundo alguns teóricos, que as cidades adotem a ideia de desenvolvimento sustentável, mesmo que seja lentamente, tanto que as responsáveis por dar suporte a este tipo de mudança serão as empresas que adotaram tecnologias limpas. Logo após, estará à arquitetura.
Para haver uma melhoria na qualidade de vida, no modo geral, seria necessário que os escritórios, as construtoras e os canteiros de obra adotassem uma aliança entre arquitetura, construção e desenvolvimento sustentável.
Porém, neste caso, a responsabilidade da arquitetura seria maior, pois se trata de uma ação desencadeadora do processo construtivo e sob seu olhar é que estão as principais decisões que deverão ser tomadas no início e ao longo das obras.
Entretanto, é preciso que os escritórios de arquitetura busquem bases para trabalhar com uma “Arquitetura Sustentável”, tendo como base um projeto que leve em consideração os princípios da sustentabilidade ambiental em seu desenvolvimento.
Podemos concluir, então, que arquitetura sustentável é aquela que visa o desenvolvimento econômico com igualdade social e cuidado com o meio ambiente. Dessa forma, a arquitetura deve contribuir para uma construção civil mais produtiva, que siga as novas diretrizes estabelecidas de acordo com as necessidades da sociedade global, padrões estes de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Educação
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