O que é Adolescência?

Educação e Pedagogia

17/04/2015

A adolescência por si só, pode ser considerada um dos períodos mais complexos na vida de um indivíduo, devido às transformações físicas e psicológicas que o adolescente sofre dentro desse período.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde, a adolescência é considerada como um período de desenvolvimento que começa aos 10 anos de idade e vai até aos 20 anos. Sendo assim, marca a transição entre a infância e a idade adulta.

Este período é marcado por diversas transformações, sendo caracterizado por alterações nos níveis físico, mental, psicológico e social. Essas alterações representam para a pessoa um processo de distanciamento de características e competências referentes aos deveres e papéis sociais dos adultos.

As transformações começam na puberdade com o aparecimento dos caracteres sexuais secundários e termina com o fim do crescimento e desenvolvimento físico.

Em nosso cotidiano muitas pessoas confundem os termos adolescência e puberdade, porém, ambos são distintos e reforçados pelas modificações das quais o indivíduo passa nessas duas fases.

A puberdade é um período da vida na qual o indivíduo adquire a maturidade sexual. Ela apresenta a passagem da infância para a adolescência. Está relacionada às mudanças anátomo-fisiológicas (Algumas partes do corpo se desenvolvem, fazendo com que o mesmo mude de aparência).

A adolescência é um processo psicossocial, uma vez que é uma atitude ou postura do ser humano perante as transformações e influências do meio familiar e cultural.

Desde a antiguidade, a adolescência não passava despercebida nas mais diferentes sociedades, o mesmo não podendo ser aplicado quanto as suas formas de abordagens.

Civilizações como a romana e a grega possuíam papéis bem definidos para os adolescentes. Na Grécia antiga, os jovens eram submetidos a um adestramento, onde aos 16 anos já podiam falar nas assembleias, e a maioridade civil era alcançada aos 18 anos.

Já no Império Romano, os pais eram os responsáveis por educar seus filhos, fazendo-o de forma muito prática com o objetivo apenas de tornar o jovem, um agricultor, cidadão romano ou mesmo um guerreiro.

As classes mais abastadas podiam oferecer condições melhores de estudos, por isso, abrigavam em suas casas educadores, em sua maioria de origem grega, e eles se tornavam responsáveis pela educação dos jovens.

Porém, aqueles que não possuíam condições financeiras, poderiam ainda enviar os jovens para locais específicos, muito parecido com as escolas, onde poderiam aprender desde o ensino elementar até o estudo de autores clássicos e mitologia.

Quando atingiam a idade de 14 anos, conquistavam o direito de melhorar seus estudos em outros locais e muitos partiam para a Grécia em busca dessa complementação.
Aos 16 ou 17 anos, os adolescentes tinham condições de assumir novas responsabilidades, podendo optar pela carreira pública ou entrar para o exército. A maioridade era relativa, ficando a cargo dos pais ou tutores a decisão de considerar o jovem responsável para usar vestes de adultos e aparar seu primeiro bigode.

Quanto às mulheres, aos 12 anos já eram consideradas aptas para o casamento, que deveria ser consumado até os 14 anos, idade na qual já se consideravam adultas.

Na Idade Média, não existia mais o conceito de criança. Nesta época os indivíduos viviam em feudos, onde a criança era considerada um adulto em miniatura, ou seja, já deveria assumir responsabilidades, necessitando apenas crescer de tamanho, o que naturalmente aconteceria. Assim, quando possível, era integrada e misturada aos adultos para aprender tarefas, crenças e valores que lhe seriam impostos quando ganhassem massa muscular.

Assim como na Roma antiga, o casamento costumava ser realizado entre 12 e 15 anos, sempre com a noiva mais nova que o noivo. Somente a partir do século XII, a Igreja Católica passou a exigir o consentimento mútuo dos noivos para realizar a união, embora os pais pudessem persuadir os filhos quanto as suas vontades.

O conceito sobre a adolescência começou a ganhar existência e destaque apenas na era moderna, com o aparecimento de estudos e discussões sobre o assunto.