Relatório da importância da aula prática de ciências

Ensinar ciências de modo significativo!
Ensinar ciências de modo significativo!

Educação e Pedagogia

20/02/2015

As aulas de ciências sempre foram realizadas em sala de aula, e que nem sempre foram obtidos os resultados de uma boa aprendizagem, sempre com nomes complicados, e sem os alunos entenderem, com fotografias desenhadas de como é a estruturas de microrganismos, existem instrumentos que esses podem ser vistos, mais não é tão acessível para a grande quantidade de alunos mostrando como são monótonas as aulas em sala, onde os alunos não ficam tão atentos as explicações dos livros.


As aulas de campo são uma maneira que já se é usada, sem muita frequência, devido às vezes por ser um local de pesquisa longe, é não se tem como se deslocar ate lá, os alunos ficam se conhecer muitas coisas relacionadas a ciências que sempre estão em nossa volta. Embora a questão dos aspectos subjetivos na educação seja muito mais amplamente discutida, pode-se notar algum avanço no caso particular do ensino de ciências, sobre o papel de interesses e motivações, dos sentimentos e das emoções para a aprendizagem dos conteúdos científicos.


Ensinar ciências de modo significativo tem sido motivo de pesquisas em educação em ciências, bem como de inquietação para os professores de ciências. A dificuldade de colocar em prática os novos pressupostos, frutos de pesquisas na área de ensino de ciências, decorre tanto da própria complexidade da natureza, quanto das concepções filosóficas e crenças dos educadores sobre o caráter do conhecimento científico e o modo como os alunos aprendem.


A turma observada é composta num total de 15 alunos entre 10 e 11 anos, com 10 alunas do sexo feminino e 05 alunos do sexo masculino, alunos da 4ª serie do Ensino Fundamental, do Centro Educacional Cantinho da Alegria, esta clientela é composta por alunos de classe social media, que residem no centro da cidade, próximo a escola.


As aulas observadas foram de Ciências Naturais da professora “Marilda Furtado”, que tem o papel de colaborador para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo participativo e parte integrante do universo.


A professora é bastante calma, carinhosa e ouvinte de tudo que seus alunos relatam. No inicio da aula ela cumprimenta seus alunos, tem uma conversa informal sobre o dia deles e então começa a aula de Ciências Naturais.


No primeiro dia foi realizada uma interação dialógica, onde a professora se situou quanto aos conhecimentos prévios dos alunos colhendo informações a respeito do ambiente em que o aluno vive, neste momento observamos que os alunos são participativos, principalmente as meninas, não sugerindo nenhum aluno de perfil introvertido.


Após a turma foi direcionada para a biblioteca onde passamos à projeção em vídeo do filme: "Natureza e Vida", que foi utilizado para iniciar a discussão sobre conceito de meio ambiente que cada aluno possui.


Logo após o filme a professora promoveu a participação dos alunos dividindo a turma em 3 grupos, onde cada grupo ficou responsável por abordar um dos componentes da natureza (ar, água, solo, luz do sol, plantas e animais) explicando sua importância na vida dos seres vivos, através de desenhos ou colagens.

A interação final entre os alunos se deu quando fizeram a exposição de cartazes elaborados por todos retratando os seres vivos e não vivos, no mural da escola. Em seguida voltamos para a sala de aula quando foram propostos os exercícios no livro didático. Para encerrar foi realizada uma revisão de tudo o que foi discutido e visto nesta aula, com foco nos objetivos do plano de aula que foram: conceituar meio ambiente; distinguir os componentes da natureza; analisar a diferença entre o ser vivo e o ser não vivo.


A professora demonstrou domínio do conteúdo trabalhado (O meio ambiente) atingindo o objetivo proposto no plano de aula, que foi a troca de conhecimentos relativos a compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do mundo em que vive; suas interferências foram de acordo com a faixa etária dos alunos.


A exposição do conteúdo teve além da exposição dialogada, a utilização de recursos audiovisuais através de um filme envolvendo o assunto tema. Foi usado ainda Livro didático, cartolina, piloto, lápis de cor, lápis, borracha, caderno, cola, figuras para ilustrar o cartaz e outros.


Não há demonstrações de insegurança no grupo observado, a professora consegue transmitir segurança tornando o ambiente acolhedor e seguro; ela mantém durante as aulas um aspecto muito positivo de entusiasmo e extroversão. Os relacionamentos entre os alunos são considerados normais para a faixa etária, mas notamos alguns alunos mais entusiasmados, que naturalmente tornam-se líderes no momento de realizar tarefas em grupo e estabelecem uma relação de interação e confiança com o outro mais próximo.


No segundo dia fiz uma aula pratica com a professora de ciência “Marilda Furtado”, sendo assim o conteúdo da aula prática exposto pela professora foi sobre as plantas, com o objetivo de que eles entendem que as plantas são seres vivos que nascem, crescem e morrem, E que é tão sensível quanto o ser humano.


A professora com minha ajuda providenciaram uma aula pratica, para que as crianças pudessem entender e absorver melhor o objetivo da aula. A professora levou copinhos descartáveis, algodão e feijão para que as crianças pudessem plantar os grãos. Objetivos propostos foram: explicar de forma simplificada como a semente se transforma em uma planta e quais fatores são fundamentais nessa transformação, explicar a importância da germinação das sementes para a perpetuação das espécies de plantas, demonstrar o processo de germinação das sementes, propor aos alunos que observem, acompanhem e compreendam o ciclo de vida de uma planta desde a semente até o seu surgimento e as partes (raiz, caule e folha), conscientizar as crianças sobre o cuidado e preservação das plantas.


Nos fomos para o pátio externo da escola, e neste local mostramos como plantamos um grão de feijão, e cada um plantou dois grãos de feijão em cada copinho. E a professora disse para os alunos que eles iriam acompanhar o nascimento da semente durante 15 dias e observar como será o desenvolvimento desse grão de feijão e fazer anotações diárias, cuidar da semente regando e anotando todas as modificações ate nascer à semente.
Pude perceber a curiosidade de casa aluno, curiosos de ver no que vai se transforma esse grão de feijão, e todos os dias quando chegavam, todos ia correndo para ver como estava seu grão e anotando suas modificações, no final de 15 dias o grão virou um pé de feijão bem grande e com isso mostramos que elas nascem, crescem e também morrem, e para mostra que essa planta tem vida, colocamos uma sacola cobrindo toda a planta e em pouco tempo a sacola estava suada pelo seu oxigênio, e essa foi a prova para mostra que toda planta também tem vida.


Observei que esta simples pratica deveria ser ensina desde primeiras séries, e pelo espanto e surpresa dos alunos nunca fizeram tal pratica, simples e com enriquecimento curricular.


Eu não mudaria nada no plano da professora. Porque ela conseguiu transmitir tudo que estava no conteúdo, usando a teoria e a prática.


Os alunos ficaram muito empolgados com esta atividade, depois eu perguntei a professora como tinha sido o desenrolar dos dias, se eles cuidaram realmente da sementinha e faziam anotações diárias da mesma, segundo a professora foi tudo conforme ela imaginou, as crianças desenvolveram com louvor a atividade durante os 15 dias.


Observei que a professora necessita conhecer as crianças, suas características e seus direitos, conhecer a metodologia própria para atuar como mediador, bem como a legislação que possibilite a formação de um cidadão na atualidade e que respalde um verdadeiro trabalho pedagógico.


E esse trabalho que a professora desenvolveu pode perceber como teve a mediação entre alunos e professor, o cognitivo e afetividade entre os alunos e professora, um ajudado o outro, cuidando do seu trabalho com carinho e eles se socializaram entre eles e entre a professora e ate mesmo comigo que estava participando daquela belíssima aula.


O conteúdo que a professora desenvolveu com foi maravilhoso e muito proveitoso, pois a professora estava estudando os seres vivos e as plantas e neste dia em que lá estive foi proveitoso ver as crianças na pratica, analisarem e viverem o plantio e o nascimento de um pé de feijão .Acredito que depois deste aprendizado eu irei também ministrar este tipo de aula com este conteúdo.


Segundo BIZZO (2002): “A Ciência não é mais só uma transmissora de noticias sobre produtos, o ensino da Ciência deve causar, sobretudo, uma inquietude no aluno, o não conformismo, assim se tornarão pessoas com pensamentos críticos, que mais tarde poderão fazer julgamentos, tomar determinadas decisões, sempre fundadas em critérios.”


Sendo assim no contexto atual, o ensino de Ciências deve favorecer, além da construção de conteúdo conceitual (conceitos, fatos), o desenvolvimento no aluno de atitudes científicas, habilidades e competências, que só podem ser conseguidas através de uma orientação adequada e consciente.


Além disso, o ensino de Ciências deve fazer sentido para o aluno e ajudá-lo a não apenas compreender o mundo físico, mas a reconhecer seu papel como participante em decisões individuais e coletivas. Para isso, é necessário que os professores reconheçam que em suas salas de aula, além de trabalharem definições, conceitos, também estão ensinando procedimentos, atitudes e valores.
BIBLIOGRAFIA:

BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.


LUIZ, Leilana Aparecida Casagrande. Economia e responsabilidade socioambiental: gestão ambiental II. São Paulo. Editora: Pearson Prentice Hall, 2009.


NORONHA, Maria Eduarda e SOARES, Maria Luíza. Ciências 4º Ano. Ensino Fundamental. Ed. Bianca Glasner.


Referencia Curricular Nacional para a Educação Infantil (Conhecimento do Mundo),Volume 3.


SALLES, Gilsani Dalzoto. Metodologia do ensino de ciências biológicas e da natureza. I Ed. Curitiba: IBPEX 2007
SANTOS, Boaventura de Souza “Um discurso sobre as ciências” Porto-Portugal: Afrontamentos, 1987.


SILVA, Tiago Ribeiro; SANCHES, Celso “Ciências como histórias do mundo: dilemas e dicotomias nas aulas de ciências para a pedagogia.”


PEREIRA, Tamíris de Lima; SANCHEZ, Celso “A bioética e o ensino de ciências: algumas reflexões.” Disponível em:
< http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/volume3/1/escola_e_sociedade.html>

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Samya Nara Rocha Mendes

por Samya Nara Rocha Mendes

Advogada e professora graduada em Direito pela INITRI-MG; licenciada em Filosofia, Sociologia, Matemática, Geografia, Licenciada em Pedagogia; MBA em Comunicação Empresarial e Marketing, especialista Direito Ambiental; especialista Direito Tributario, Coordenadora do CIEPS/PROEX/UFU - eixo meio ambiente, Coordenadora do NEAM/UFU (Nucleo de Meio Ambiente), perita ambiental e tributária e jornalista

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