TDAH não se trata de indisciplina, atenção!

As escolas não estão preparadas e ainda tem muito a aprender
As escolas não estão preparadas e ainda tem muito a aprender

Educação e Pedagogia

17/05/2014

Muitos pais e professores confundem a falta de atenção e impulsividade com transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Através de pesquisas feitas, médicos explicam que crianças com TDAH têm dificuldades de prestar atenção, de se concentrar e conseguir direcionar o raciocínio. Para confundir o quadro, estas crianças costumam serem bem criativas, elas tem a capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo e com isto se distraem facilmente. Portanto se as atividades apresentadas forem monótonas, prestar atenção no começo até o fim da aula além de ser para eles pouco empolgantes é impossível ficarem quietos, tratam logo de encontrarem uma atividade para se ocuparem como conversar com o amiguinho, ou mexer na mochila, folhar páginas do caderno. Para o professor fica a impressão que o aluno é indisciplinado, desatento, desinteressado, que não presta atenção por falta de vontade.

Por outro lado, nas primeiras séries do Ensino Fundamental os professores estão às voltas com um ou outro aluno que não para no lugar e o destino deste não tem outro caminho a não ser “Diretoria”. Outro fato importante que nos chama atenção, são as meninas, que diferente dos meninos com TDAH, são mais comportadas embora não participam das aulas, mas não incomodam seus amiguinhos e nem agitam a sala como os meninos, estão sempre distraídas e qualquer coisa desvia sua atenção. Além disso, no caso das meninas distraídas e dos meninos bagunceiros o resultado acadêmico é frustrante para o professor e para a família o que gera uma sensação de não conseguir acompanhar o aluno (a) ou conduzir o próprio filho. Contudo, acredita-se que os professores estejam sobrecarregados e não conseguem lidar com assunto ou não estão preparados para diferenciar a indisciplina com alunos Portadores do Transtorno Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH).

Sobre tudo, as escolas não estão preparadas e ainda tem muito a aprender, se, em escolas particulares as famílias já não sabem como agir imaginem em escolas públicas? Com a Política da Progressão Continuada em que o aluno passa de ano automaticamente, mesmo que o aprendizado não tenha sido satisfatório muitos pais só irão descobrir que seus filhos são portadores de TDAH quando ingressarem no 6º ano ( 5ª série), sem se quer sabendo ler. Segundo as pesquisas, médicos dizem que não há cura, mas há tratamento onde crianças e adolescentes com TDAH podem levar uma vida normal e serem bem sucedidos. Para tanto, pesquisadores estão desenvolvendo tratamentos de intervenção usando novas ferramentas como imagens do cérebro para melhor entender o TDAH encontrando formas mais eficazes de tratar e prevenir Em outras palavras devemos desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes como: Som, Visão, Tato, para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. Não podemos esquecer que quando este aluno tiver o contato com novas experiências envolvem uma miríade (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores) ele precisará de tempo extra para completar sua tarefa.

Enfim, não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e modifique o programa da criança com TDHA até o ponto de se sentir confortável. Permaneça em comunicação constante com o Psicólogo da escola ele é a melhor ligação entre você (família), aluno (a), juntos poderá encontrar a melhor forma para lidar com TDAH.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Tania Regina Bottcher

por Tania Regina Bottcher

Tania Regina Bottcher, 51 anos , formada no Magistério desde 2002 , Pedagoga - Centro Universitário Herminio Ometto de Araras - UNIARARAS - Polo Ilha Comprida - SP e Neuropsicopedagoga formada na Censupeg - Centro Sul Brasileiro de Pesquisa - Polo de Cananeia - SP

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