A importância da família no processo de inclusão de crianças com necessidades especiais

A inclusão escolar  é um tema de extrema importância
A inclusão escolar é um tema de extrema importância

Educação e Pedagogia

25/03/2014

A inclusão escolar de pessoas com necessidades educacionais especiais é um tema de extrema importância e a cada dia ganha mais espaço em diálogos e discussões que deixam claro a necessidade das escolas atenderem às singularidades contidas no interior do ser humano.


Documentos como a declaração de Salamanca firmada na Espanha em 1994, afirma que todas as crianças devem ser acolhidas pela escola, independente de suas condições, sociais, físicas, emocionais ou intelectuais. Para que se construa uma sociedade inclusiva é preciso uma transformação no modo de pensar das pessoas e uma nova estruturação da sociedade, o que exige tempo e trabalho de conscientização.


Porém o que norteará e suscitará essa transformação na sociedade é a aceitação de pessoas com necessidades especiais pela família. É muito comum aos familiares ao receber a noticia do nascimento de crianças com algum tipo de deficiência ocorrer a negação da realidade, terem sentimento de culpa, ficarem perdidos, entrarem em depressão, estado de choque, rejeitar a criança e a situação e esse processo muitas vezes se estende durante um longo tempo, impedindo que a criança seja atendida em suas necessidades em instituições que as ajudem minimizar suas dificuldades e as preparem para a inserção na educação infantil e ensino fundamental.


Felizmente a rejeição da realidade para algumas famílias não se estendo por toda a vida, e com o auxilio de médicos especialistas, e garantias dos direitos da criança com necessidades especiais pelo governo e município, a família pode se sentir amparada e em condições de atender as necessidades da criança, colaborando para seu desenvolvimento dentro de suas possibilidades.


Quanto mais cedo forem obtidos os laudos sobre as patologias e deficiências da criança e seu encaminhamento para instituições especializadas, melhor será o seu desenvolvimento, construção de autonomia possibilidade de uma vida mais saudável e feliz.

Apesar de toda insegurança que a família possa sentir, o ambiente da escola regular propiciará a criança com necessidades especiais, condições de resolver problemas, interagir com as crianças consideradas “normais” em situações de sala de aula, intervalos, sem superproteção diferentemente da escola especial. Aos pais cabe confiar nas possibilidades de seus filhos e aos professores cabe adaptar o currículo para propiciar ao aluno com necessidades especiais condições de desenvolver habilidades e competências para lidar com as situações cotidianas, superar suas limitações para que construam autonomia possibilitando a eles condições de serem inseridos na sociedade de maneira plena.


Além do mais a convivência e interação entre alunos regulares e alunos com necessidades especiais, estimulará o respeito às diferenças, solidariedade, igualdade e justiça. A família cabe à renovação da mente compreendendo que a criança especial pode não ser aquela que ela planejou e idealizou, porém a nova realidade não impede a família de se realizar nas conquistas do pequeno ente querido alegrando-se com cada nova habilidade desenvolvida e evolução dessa criança.


A constituição afirma que educação é direito de todos ( inclusive da criança com necessidade educacionais especiais) e responsabilidade da família e do estado, a família é a base para a criança, como nos fala Vygotsky o primeiro contato da criança com a sociedade, onde estabelece suas primeiras interações com a cultura, com a linguagem é no seio familiar , e o ser para ele, é um produto do estimulo externo.


No processo de inclusão da criança na escola e consequentemente na sociedade é muito importante a união da família e um pensamento coletivo que vise o sucesso dessa inclusão. Aos pais é necessário tratar a criança com necessidades especiais da maneira mais normal possível, permitindo que a mesma se desenvolva de maneira natural por meio dos estímulos, amadurecendo e criando responsabilidades com noções de direitos e deveres do que é certo e do que é errado dentro da sociedade, e essas noções irá formá-lo como cidadão e indivíduo.
Referências

http://educaravida.blogspot.com.br/2010/09/o-papel-da-familia-no-processo-de.html <Acesso 02 Abr 2013> 09:28


http://filhosecia.uol.com.br/2012/04/o-nascimento-de-um-bebe-com-deficiencia/ <Acesso 02 Abr 2013> 08:07


http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml?page=all <Acesso 02 Abr 2013> 09:15


http://www.culturainfancia.com.br/layout_portal2/index.php?option=com_content&view=article&id=1349:a-inclusao-de-criancas-com-necessidades-educacionais-especiais-na-educacao-infantil-um-estudo-do-co&catid=158:artigos-e-teses&Itemid=218 <Acesso 02 Abr 2013> 09:00


http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf205a214.htm <Acesso 02 Abr 2013> 09:35

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Katia Cristina de Souza Mesquita

por Katia Cristina de Souza Mesquita

Sou Pedagoga compromissada com a educação de qualidade e a equidade no ambito escolar. Dedicada a enfatizar a importância da leitura no processo de formação de alunos criticos e reflexivos capazes de transformar o meio em que estão inseridos.

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