A importância da transcrição para o Braille

Educação e Pedagogia

16/09/2013

Desde a invenção do Braille a vida dos deficientes visuais se tornou mais fácil. Com o Braille, as crianças com deficiência visual conseguem ser alfabetizadas, pois essa é a única maneira de se alfabetizá-las corretamente. Mas para que todos tenham acesso aos livros em Braille é preciso que pessoas façam a transcrição ou tradução, para essa “linguagem”.


Em 26 de fevereiro de 1999, foi criada a Comissão Brasileira do Braille (CBB), essa comissão elaborou um documento com normas para a transcrição e a produção de textos em Braille. De acordo com a Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, os textos transcritos para o Braille, desde que sejam sem fins lucrativos, devem e podem ser distribuídos gratuitamente aos deficientes visuais sem que o autor precise autorizar.


Ainda de acordo com o documento feito pela CBB, existem algumas normas de padronização que os transcritores devem seguir:


“A revisão do texto deve sempre ser feita por uma pessoa cega que domine o Sistema Braille. Os profissionais incumbidos da adaptação e da transcrição de textos para o Braille, sem prejuízo de aspectos estéticos, devem preocupar-se com a funcionalidade da diagramação, objetivando maior velocidade de leitura e facilidade na localização de títulos, linhas, itens, notas e observações, etc., por parte do usuário de Braille.


A participação de um profissional cego é indispensável em situações de dúvida sobre o efeito tátil que produzirá determinada apresentação da escrita Braille. O que se revela ‘bonito’ para os olhos, nem sempre é funcional para a percepção tátil.”


Atualmente crianças com deficiência visual já conseguem estudar em colégios regulares, sem a necessidade de serem deslocadas para turmas “especiais”, graças às transcrições de livros didáticos. Adaptação de conteúdos é essencial para a integração e a independência dos deficientes visuais a sociedade.


Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/txt/textosbraile.txt