Professor e Formação: Lidando com pessoas com necessidades especiais

Crianças com Down precisam de atenção e respeito
Crianças com Down precisam de atenção e respeito

Educação e Pedagogia

02/07/2013

1. Introdução
Os novos paradigmas educacionais que despontaram com o século XXI, reconhecem que os desenvolvimentos das ações empreendidas para a melhoria da sociedade como um todo ao longo dos anos foram feitas sem a devida preocupação de buscar, interpretar, analisar e registrar seus resultados e avanços no sentido de disseminar as políticas públicas direcionadas aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), corroborando assim para a descontinuidade desse processo.


Atualmente o professor sabe que necessita formar-se e informar-se no cotidiano sobre o processo de inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, pois no dia a dia poderá depara-se com estudantes que sintam uma necessidade de ensino-aprendizagem diferenciada da maioria da turma.


Nesse sentido, a escola do século XXI deve ser reestruturada para abranger a formação do indivíduo para a vida; contribuindo para a Educação de todos e tomando por base a cidadania e o respeito para com o próximo.


Com isso formar-se-á pessoas para dizer sim, para dizer não; argumentar e cobrar seus direitos. Pessoas conscientes do mundo, de seus deveres, de uma nova vida. Pessoas, acima de tudo solidária, capaz de ajudar o próximo sem fazer juízo de valor acerca de qualquer impossibilidade que este tenha.


A escola de hoje, deverá ter como função, emancipar pessoas, trazendo para dentro de si políticas consistentes e definidas; já que ela é a nossa instituição mais representativa da democracia; sendo assim, os registros das ações empreendidas tornam-se imprescindíveis para a continuidade dos processos educativos, principalmente o processo de incluir os Portadores de Necessidades Educacionais Especiais.


Hoje observamos com base em nossos estudos que as crianças com Síndrome de Down não apenas levam mais tempo para se desenvolver como precisam de um currículo mais desenvolvido. Elas têm, em geral, um perfil de aprendizagem exclusivo com pontos fortes e fracos característicos. Saber dos fatores que facilitam e inibem o aprendizado permite aos professores esquematizar e levar adiante atividades relevantes e significativas e programas de trabalho. O perfil de aprendizado característico e estilos de aprendizado de uma criança com Síndrome de Down, junto com suas necessidades individuais e variações do perfil devem, portanto, ser considerados na prática pedagógica dos professores.


Conforme Mantoan (2003), incluir é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós.
A LDB (BRASIL, 1996), ao incluir as pessoas com necessidades especiais à escola, diz para todos nós que elas podem aprender, de acordo com suas possibilidades físicas e cognitivas. É a abertura de tolerância que devemos utilizar no momento da avaliação daqueles que têm um ritmo de aprendizagem diferente. Crianças, jovens e adultos Portadores de Necessidades Educativas Especiais, são pessoas diferentes e normais, e não incapacitados e anômalos.


O presente artigo abordará o tema: A formação do professor para lidar com estudantes portadores da Síndrome de Down, objetivando abordar o preparo do professor relativo à sua formação para lidar com as crianças portadoras da Síndrome de Down no cotidiano escolar, seus desafios e perspectivas, contribuindo assim para uma sociedade de fato inclusiva onde o preparo do professor é primordial para o exercício da cidadania plena dos cidadãos portadores da Síndrome de Down e todos os demais.


Para fundamentar este artigo, utilizaremos as teorias de Werneck, 1997; Mazzotta, 2005; Mantoan, 2003, entre outros.



2. A Síndrome de Down

A Síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. A esta alteração denominamos trissomia simples. “O cariótipo ou retrato preparado do padrão de cromossomos indica a presença de um cromossomo extra no par 21. Tal condição leva à deficiência mental moderada ou leve, acrescida de vários problemas de audição, formação do esqueleto e de coração” (KIRK & GALLAGUER, 2002, p. 129)


A deficiência mental é uma das características mais atuais na Síndrome de Down devido, possivelmente, a um atraso global no desenvolvimento, que modifica de criança para criança. Apesarde o QI dessas crianças seja considerado como abaixo da média, os pesquisadores e profissionais têm ressaltado a necessidade de se discutir mais sobre as habilidades das crianças deficientes mentais para a realização das atividades de vida diária, tais como andar, vestir-se, alimentar-se com independência, aprender a ler etc., ao invés de destacá-lo como uma medida importante do grau de comprometimento.


Nesse sentido, cabe a escola a tarefa de ajudar a família da criança incluindo-a na sociedade, fazendo vir à tona as capacidades potenciais que ela traz em si. Para isso é necessário que escola e professores propiciem para a criança portadora da Síndrome de Down um ambiente favorável ao ensino aprendizagem fazendo com que as demais crianças interajam positivamente com ela, não deixando que o preconceito seja maior que a “deficiência”.
2.1 A influência do ambiente no desenvolvimento psicológico da criança com Síndrome de Down
Ser mãe de uma criança portadora da Síndrome de Down é uma tarefa que requer muito afeto, respeito, compreensão, atenção e cuidados. O momento do nascimento de uma criança com deficiência é um dos momentos mais difíceis para a família, no início pode até haver uma desestruturação familiar para logo em seguida todos se adaptarem a nova rotina. É necessário que a família repense o significado da síndrome de Down reformulando a imagem deformada que a maioria da sociedade possui e construir uma imagem da criança que viabilize o relacionamento de todos. Os pais e familiares do portador da síndrome necessitam de informações sobre a Síndrome de Down; e os recursos e serviços existentes para a assistência, tratamento e educação, e quanto ao futuro que se reserva ao portador de necessidades especiais.


Os profissionais da educação e saúde devem ter cuidado no auxilio aos familiares, pois estes requerem informações adequadas que permitam aliviar a ansiedade e diminuir as duvidas. O ambiente familiar pode e deve contribuir para o desenvolvimento da criança. É necessário que todos possam contribuir para que a criança não seja tratada como um alienígena. A criança portadora da Síndrome de Down deve estar presente no seio da família participando da rotina familiar e interagindo com todos que frequentam a casa. Os cuidados especiais devem ser tomados, a fim de facilitar e possibilitar um maior rendimento e desenvolvimento educacional dos portadores da Síndrome de Down.



3. O professor e a formação acadêmica para lidar com as crianças com Necessidades Educativas Especiais
Sabemos que para qualquer profissional exercer bem a sua função é necessário que o mesmo passe por formações compatíveis com seu exercício no cotidiano, sendo assim, professores que lidam com crianças portadoras da Síndrome de Down deverão conhecer muito bem a Síndrome, as consequências que a mesma traz para o deficiente e como é o desenvolvimento sócio afetivo da criança bem como o desenvolvimento intelectual, portanto é imprescindível que o professor além de ter formação continuada nesse assunto, esteja em contato com a família do portador da síndrome para que juntos possam traçar metas que contemplem a integração da criança de forma sadia na sociedade.


Educação especial é determinante no processo de estimulação inicial e cabe ao professor de turmas especiais ensinarem suas crianças desenvolvendo nestas as habilidades necessárias ao desenvolvimento de suas atividades habituais, participar das atividades familiares, ampliar seu direito de cidadania e até mesmo leva-los a desenvolver uma atividade profissional. Sendo assim, para que o processo inclusivo gere implicações positivas é necessário nos unir e trabalharmos com consciência e responsabilidade, auxiliados e amparados por uma política pública que garanta na prática os direitos da pessoa com deficiência, bem como condições básicas de formação e aprimoramento dos profissionais da educação, como nos afirma Mantoan (2003):

A escola prepara o futuro e, de certo que, se as crianças aprenderem a valorizar e a conviver com as diferenças nas salas de aula, serão adultos bem diferentes de nós, que temos de nos empenhar tanto para atender e viver a experiência da inclusão. (p.23)
É importante que as crianças tenham oportunidade de conhecer e conviver com a vida humana em todas as suas dimensões e desafios, para tanto se faz necessário à inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no ensino regular para que o contato com o diferente garanta inclusão, cidadania, oportunidade, entre outros.


Segundo o princípio nº 45 da Declaração de Salamanca, o treinamento de professores especiais para o exercício profissional nas condições variadas e frequentemente difíceis, visto que se trata de uma atividade diferenciada, e para reforçar este pensar no princípio nº. 46 as universidades devem oferecer oportunidades de promover programas de preparação de formação de professores e desenvolvimento de programas e material de treinamento, voltados a Educação Especial.


Todos sabem que a inclusão traz também melhoramentos para docentes e estudantes uma vez que afiançar o direito de todos à educação, possibilitando a essas pessoas uma vida cidadã plena é o objetivo de todo educador. Esclarecer para professores e alunos que não se pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele é e o que ele pode ser.


Portanto, inclusão é muito mais do que ter rampas e banheiros adaptados nas escolas, é garantias da qualidade para todos.


Presentemente as diretrizes e legislações concernentes à formação do pedagogo e de professores, apontam para admissão de conhecimentos sobre o campo da educação especial nos cursos de formação inicial e continuada.


Os documentos sobre a educação especial apontam as discussões sobre a inclusão numa perspectiva de integração e não de afastamento, quer dizer das pessoas deficientes não como diferentes isolados. Dessa forma, mesmo com a ampliação nos documentos legais, a mudança da sociedade e no interior da sociedade ainda é muito restrita quanto a uma prática de pertencimento das pessoas com deficiência, quer dizer, de reconhecimento na convivência cotidiana de que é normal o ser humano incompleto.


Na escola inicia-se o reconhecimento das potencialidades destas pessoas com participação social coletiva, integrada e atuante. Isto tudo, solicita uma formação que mova e promova a consciência destas probabilidades, mas com compreensão e conhecimentos científicos e técnicos para promover a educação em plenitude na educação especial.
A formação de um profissional competente, necessário às novas condições econômicas, políticas, sociais e culturais do país exige um preparo adequado. As dimensões técnica e política da educação tornam-se os elementos norteadores das propostas de ensino.


A escola hoje necessita de um docente que expresse em seu fazer pedagógico as dimensões humana, tecnológica e política e que seja capaz de visualizar os efeitos sociais do trabalho pedagógico e dos condicionamentos que nele interferem, que saiba selecionar criticamente as orientações de sua práxis.


A inquietação básica na formação de professores não pode ser somente a de lhes oferecer os conteúdos das disciplinas pedagógicas, mas também a de preparar profissionais envolvidos com um projeto de sociedade voltado para a constituição do homem integral – ético, estético, político e social, seja esse homem portador de necessidade especial ou não.


A competência técnica e o compromisso político do professor eliminará de sua prática a saída de culpar apenas o estudante pelo fracasso escolar e excluir aqueles que apresentem dificuldades de aprendizagem.


Há urgência em preparar educadores aptos a enfrentar os desafios colocados por uma sociedade em mudança. Ser educador nesta nova dimensão significa comprometimento com a construção de uma nova realidade.


A preparação de educadores constitui-se num desafio frente ao sistema educacional que é repleto de mudanças o tempo todo e que atende ao mundo capitalista e a política governista. Neste contexto, o professor, profissional da educação, apropria-se do conhecimento enquanto valor funcional para sua prática pedagógica. Então o contexto declarado pela inclusão do Portador de Necessidades Educativas Especiais na escola de ensino regular, requer do professor envolvido nesta modalidade de ensino, a aquisição de conhecimentos para o exercício da profissão, tendo como base à formação acadêmica, pois só com esta preparação é que o mesmo sentir-se-á seguro para trabalhar no ensino regular com a inclusão dos PNEES.


Segundo Mazzota (2005) “programa de professores deve incluir amplo fundo de educação profissional comum e especializado. Além disso, devem ser-lhe proporcionadas experiências práticas, integradas com a teoria”. (p.43).
Os profissionais da educação, também se mostram ausentes ao desafio que ora estamos vivenciando na Educação de crianças com Síndrome de Down. Pois, ainda não compreenderam que a Educação Especial é integrante da Educação Geral, como está proposto na Política Nacional de Educação Especial.


Nesse aspecto, a Educação Especial é objeto de estudo por todos os que trabalham em educação, visto que, a inclusão está presente no ensino regular, e os professores necessitam estar aparelhados para receber este estudante.


É possível uma atuação eficaz do Pedagogo na escola diante da proposta inclusiva, se este profissional dispuser na sua formação profissional, de conhecimentos teóricos e práticos que subsidiem suas ações, do contrário, dificilmente poderá contribuir favoravelmente para que a inclusão aconteça de acordo com as exigências da legislação, fundamentada pela Declaração de Salamanca que garantem a participação do deficiente com necessidades Educativas Especiais na escola regular.


Ao vermos a formação do pedagogo conforme a proposta inclusiva em que a criança com Necessidades Educativas Especiais tem garantido seu acesso a escola regular, merece ser objeto de reflexão nas instituições de ensino superior que mantém tais cursos, no sentido de readequarem seus currículos e oferecem conhecimentos teóricos e práticos ao profissional em formação apontando sua interferência neste processo de modo qualitativo.


Pensa-se que diante do quadro que se estabelece em relação à presença do estudante com Síndrome de Down na escola regular, o aprendizado desses sujeitos certamente estará comprometido diante da falta de capacitação dos profissionais da educação que estão presente na sede de ensino.


É, pois, indispensável que se abra o debate em torno do processo de inclusão do Portador de Necessidades Educativas Especiais na escola regular, visto que no momento em que se configura sua presença, mais favorável será efetivado o processo de discriminação e exclusão a que é submetido.


A discussão sobre a formação de professores nos leva a pensar uma educação aberta a todos e que respeite as características humanas, o que nos remete ao pensamento de Paulo Freire. Torna-se necessária uma (re)significação nos diversos segmentos sociais e na escola que deve ser uma instituição implantada numa sociedade plural, que discute a possibilidade de mudança, buscando romper com os entraves pelos quais a educação vem passando. Na realização de uma prática escolar inclusiva devem-se considerar os sujeitos historicamente constituídos como seres capazes da transformação e com direito a participar do processo de construção do mundo.
Ao afirmar que “formar é muito mais que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas” (FREIRE, 2003, p.14), Freire nos põe a repensar nossa prática pedagógica educativa. Faz-se necessário que o educador admita-se como sujeito da produção do saber e saiba que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua construção. Portanto, formar e ser professor, é uma relação de comunhão, aceitação de valores próprios de cada sujeito de aprendizagem envolvido nesse processo.


Uma formação adequada do professor é de fundamental importância para o exercício de sua prática, pela postura que irá adotar no encaminhamento de suas ações. Nos últimos anos, essa formação tem passado por uma revisão crítica, uma vez que muito se tem questionado sobre o papel da educação na sociedade e a falta de clareza sobre a função do educador.


Esse fato nos leva à questão da formação tradicional dos educadores que acontece desvinculada da situação político-social e cultural do país e que considera o professor como um especialista em conteúdos, um transmissor de saberes acumulados, desvinculados da realidade do aluno e do contexto social mais amplo.


Sabemos que o conhecimento teórico é muito importante para o educador, mas a aprendizagem efetiva se dá no dia a dia; e para apreendermos este sentido de experiência é preciso entender que a aprendizagem se dá nas interações, nas interlocuções, nas trocas, portanto, a nossa busca é constante e não passageira, enquanto sujeitos inconclusos e abertos a desvendar os saberes que a experiência tem a nos oferecer.


Freire (2002) nos esclarece acerca dessa questão do ser inconcluso, em especial educador ou educadora e sua práxis, quando diz que:

Aí se encontram as raízes da educação mesma, como manifestação exclusivamente humana. Isto é, na inconclusão dos homens e na consciência que dela têm. Daí que seja a educação um quefazer permanente. Permanente, na razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade. Desta maneira, a educação se refaz constantemente na práxis. Para ser tem que estar sendo. (p.73).


O ser humano corre o risco de na experiência ser transformado por esta, pois, se ele não consegue problematizar as ações do cotidiano escolar, ele não internalizará estas transformações, nunca terá sensação de completude. O sujeito que vive as experiências corre o perigo de se indignar, ou seja, não se conformar com a situação posta, buscando sempre respostas as suas questões, nunca se acomodando. Portanto, experiência não é prática, pois essa nem sempre está sensível e reflexiva ao momento vivido.
Há urgência em preparar educadores que vivam as experiências dentro de sua prática pedagógica e sejam aptos a enfrentar os desafios colocados por uma sociedade em mudança. Ser educador nesta dimensão significa comprometimento com a construção de uma nova realidade.


A formação de professores na perspectiva reflexiva é uma necessidade, além disso, se pretende com uma política de valorização do desenvolvimento pessoal – profissional dos professores e das instituições escolares, uma vez que supõe condição de trabalho que também favoreça a formação contínua dos professores.


À medida que o educador aprende com os seus alunos e vice-versa, consciente da ressignificação de sua prática por conta de suas interações também com os demais professores e integrantes da escola e da sociedade consideramos que houve realmente aprendizagem, que não se reduz num momento, sendo fruto de interfaces que orientam o “ser” pela revisitação do sentido de ser homem, no sentido de ser um sujeito em construção, no sentido de ser cidadão, no sentido de entender que a formação profissional do educador não acontece linearmente, mas é resultante de continuidades, aprofundamentos e amadurecimento da educação em sentido contextual, considerando também rupturas e permanências que a sensibilização da ação pedagógica promove pela leitura mais cuidadosa de uma realidade multidimensional.


Para Perrenoud (1993), os profissionais da educação necessitam de novas competências para se motivarem no desempenho de suas atividades, de modo que os objetivos de uma educação corporativa sejam melhorados, frente às aprendizagens essenciais aos profissionais de hoje. Isto porque a competência constrói-se na formação do cotidiano escolar. Destaca-se, assim, que na contemporaneidade, o papel do professor como apenas transmissor de informações atualizadas está no seu limite, é preciso que os docentes de Instituições de Educação Superior se preocupem em ensinar seus discentes (futuros professores) a tomar iniciativas, deixando de serem apenas exemplos a serem adotados.
Considerações finais
Para a oferta de uma educação de qualidade e que atenda as pessoas com necessidades educacionais especiais, necessitamos de que os professores possuam formação na área com o objetivo de garantir melhor atendimento a essas pessoas.


Observa-se que a Educação Especial é determinante no processo de estimulação inicial das crianças especiais e cabe ao professor destas turmas ensinarem suas crianças desenvolvendo nestas as habilidades necessárias ao desenvolvimento de suas atividades habituais, participar das atividades familiares, ampliar seu direito de cidadania e até mesmo leva-los a desenvolver uma atividade profissional.


Desta forma, observamos que a preparação de educadores constitui-se num desafio frente ao sistema educacional que é repleto de mudanças o tempo todo e que atende ao mundo capitalista e a política governista. Neste contexto, o professor, profissional da educação, apropria-se do conhecimento enquanto valor funcional para sua prática pedagógica e dar o melhor de si na atuação docente com as crianças que necessitam de um apoio frente as suas limitações.


Em suma, faz-se relevante o conhecimento de todos quanto à necessidade de profissionais preparados para lidar com o desafio de Educar as crianças que possuam necessidades educacionais especiais.

Referências
BISSOTO, M. L. O desenvolvimento cognitivo e o processo de aprendizagem do portador de Síndrome de Down: revendo concepções e perspectivas educacionais. Ciências & Cognição.Ano 02. Vol. 04, mar/2005. Disponível em www.cienciasecognicao.org
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Acesso em 14-05-2013
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
KIRK, Samuel A.; GALLAGHER, James J. Educação da criança excepcional. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
MAZZOTTA, Marcos J.S. Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. 5ª ed.,São Paulo: Cortez Editora, 2005.
PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: Lisboa: DomQuixote, 1993.
SAAD, S.N. Preparando o caminho da inclusão: dissolvendo mitos e preconceitos em relação à pessoa com síndrome de Down. Rev. Bras. Educ. Especial, 9 (1), 57-78, 2003.
SILVA, Roberta Nascimento Antunes. A educação especial da criança com Síndrome de Down. In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/spdslx07.htm>. Acesso em: 17/05/2013.
WERNECK, Cláudia. Muito prazer eu existo: Um livro sobre as pessoas com Síndrome de Down. Rio de Janeiro: WVA, 1995.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


José Dnilson Castelo Branco Barbosa

por José Dnilson Castelo Branco Barbosa

José Dnilson Castelo Branco Barbosa é Bacharel em Direito e Psicologia. Tem como hobby a leitura e a escrita e nesta, procura passear dentro dos vários gêneros textuais. Versatilidade e resiliência são qualidades que admira nas pessoas e procura cultivar em si mesmo.

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