Herpes Labial: Sintomas, Transmissão e Tratamentos

Doença contagiosa que não tem cura
Doença contagiosa que não tem cura

Odontologia

27/04/2015

Muitos pacientes chegam ao consultório com as feridas herpéticas, mas não sabem o que são. Acham muitas vezes que alguma ferida causada por bichos como aranhas enquanto estão dormindo (popular xixi de aranha). E é aí que mora o perigo.


Por não terem informações suficientes não tomam os devidos cuidados durante a fase de transmissão da doença e por vezes procuram orientações em farmácias que não diagnosticam a doença e consequentemente não a tratam, passam pomadas que aliviam os sintomas, mas sem o componente necessário para o tratamento.


O herpes labial é uma doença contagiosa causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1). O paciente contaminado pelo vírus Herpes Simplex tipo 1 habitualmente apresenta feridas dolorosas nos lábios, porém a infecção também pode acometer a gengiva, faringe, língua, céu da boca, interior das bochechas e, às vezes, a face e o pescoço.


O vírus Herpes Simplex tipo 1 pode também causar lesões nos órgãos genitais, sendo transmitido através da prática de sexo oral. Todavia, o herpes genital é mais comumente causado pelo vírus Herpes Simplex tipo 2 (HSV-2), que apresenta mais facilidade em se multiplicar na pele da região genital do que na cavidade oral.


Em geral, 80% dos casos de herpes labial são causados pelo vírus Herpes Simplex tipo 1 e 20% pelo vírus Herpes Simplex tipo 2. O inverso ocorre com o herpes genital, onde o vírus HSV-1 causa apenas 20% das infecções contra 80% do vírus HSV-2.


Transmissão

O vírus Herpes Simplex só causa doença no ser humano. A sua transmissão se dá pelo contato entre pessoas, através da saliva, perdigotos (gotículas de saliva geralmente de espirros), pele ou lábios do paciente contaminado. Quando há lesões visíveis do herpes, a quantidade de vírus na cavidade oral aumenta cerca de 1000 vezes, o que torna a transmissão nesta fase muito mais provável de ocorrer.


Entretanto, não é somente durante as crises que a Herpes Labial pode ser transmitido. De tempos em tempos o vírus aparece na saliva, mantendo o paciente contagioso por alguns dias, mesmo quando não há lesão ativa do Herpes. Se selecionarmos aleatoriamente 100 pessoas portadoras do vírus HSV-1, assintomáticas no momento, poderemos encontrar o vírus nas secreções orais de até 15 delas.


Há diversas formas de transmissão do herpes labial, no adultos as mais comuns são através do beijo ou de talheres e copos contaminados. Porém, a maioria das pessoas se contamina com o vírus HSV-1 ainda na infância, quando o contato com secreções orais é muito comum.


Sintomas

Nem todas as pessoas portadoras do Vírus desenvolverá a doença logo após a contaminação, apenas 20% desenvolverá em forma de lesões primárias, que são dolorosas e podem apresentar febre, mal-estar, perda do apetite, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço. Nas crianças é comum haver gengivite (inflamação da gengiva), enquanto no adulto uma faringite forte, com pus e úlceras na faringe e nas amígdalas é o sintoma mais comum da infecção primária pelo vírus HSV-1. O quadro costuma durar até 2 semanas e desaparece espontaneamente. Os outros 80% dos indivíduos podem permanecer com o vírus “adormecido" por vários anos.


Após a lesão primária ter desaparecido, o vírus não morre, ele permanece vivo em nosso corpo, adormecido nas células dos nossos nervos, à espera de uma baixa do sistema imunológico para voltar a atacar.


As típicas lesões do herpes labial surgem nas reativações do vírus. O quadro é mais tranquilo, menos doloroso e dura no máximo 7 dias.


O paciente pode começar a receber sinais de que o herpes labial vai surgir de 6 a 48 horas antes do surgimento das lesões que geralmente vem em forma de formigamento, dor ou coceira nos lábios.


As lesões do herpes labial surgem inicialmente como pequenas elevações avermelhadas e dolorosas que rapidamente se transformam em bolhas agrupadas. Estas bolhas viram pequenas vesículas (bolhas com pus no interior) e estouram, se transformando em úlceras. A ulceração é a última fase da lesão ativa, cicatrizando em alguns dias, sob a forma de crostas.


Tratamentos

O Herpes Labial não tem cura. O tratamento visa amenizar os sintomas, diminuir o ciclo acelerando a cicatrização.


O ideal é procurar um auxílio especializado, Cirurgião Dentista por exemplo, para avaliar as recorrências e a intensidade dos sintomas e assim passar o melhor tratamento.


Existem os antivirais por via oral (comprimidos) e em pomadas. Além do Tratamento com Laserterapia associado à Técnica do PDT, no consultório odontológico.


O Laser para o tratamento da Herpes tem obtido grandes resultados e garantido mais conforto aos pacientes, principalmente aqueles que tem muitas recorrências ao longo do ano. Hoje o Laser é a tecnologia mais avançada para tratamento destas lesões (e outras, como as aftas).

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Felipe Barros Matoso

por Felipe Barros Matoso

Cirurgião Dentista CRORS 22656, Especialista em Endodontia, Meste em Endodontia. Atua na Área Odontológica com ênfase em Endodontia, Laserterapia e Clareamento Dental.

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