Uso de medicamentos em idosos: ansiolíticos

O Diazepam é o ansiolítico mais utilizado em odontologia
O Diazepam é o ansiolítico mais utilizado em odontologia

Odontologia

14/02/2013

Os procedimentos odontológicos podem produzir ansiedade, excitação e medo nos pacientes, o que se constitui em uma barreira para a manutenção da saúde oral, principalmente nos pacientes mais idosos. O diagnóstico do paciente ansioso pode ser feito por meio da expressão de alguns sinais: palpitação, sudorese na palma das mãos, palidez, tremores, taquipnéia, aumento na tensão muscular, verborréia ou até mesmo o contrário, dificuldade de comunicação.

Essas manifestações podem ser detectadas pelo profissional através da observação do paciente na primeira consulta ou através questionários que podem ser produzidos especificamente para diagnosticar a ansiedade.

Os benzodiazepínicos são drogas bastante benéficas no controle da ansiedade frente ao tratamento odontológico, quando apenas a tranquilização verbal ou outros métodos de condicionamento psicológico são insuficientes. Quando não se atingem os objetivos esperados com o uso dos ansiolíticos, não adianta aumentar sua dosagem, deve-se optar por um plano terapêutico alternativo, que inclua anestesia geral, por exemplo. 

O diazepam (ex.: Valium®, Diempax®) consiste no ansiolítico mais empregado em odontologia, devido à segurança clínica que apresenta, porém seu uso no idoso deve ser evitado, por provocar com maior freqüência o chamado efeito paradoxal e por apresentar uma meia-vida plasmática muito longa, que torna sua eliminação mais lenta.  O efeito paradoxal do diazepam se caracteriza pela efeito contrário ao desejado; o paciente pode apresentar agitação, irritabilidade, paranoia, depressão e pode tornar-se agressivo.

Os estudos têm demonstrado que o tempo médio de eliminação do diazepam em pacientes jovens é de 20 horas, enquanto que no idoso é cerca de 90 horas, devido às alterações das funções hepática e renal que ocorrem com a idade.

Assim, a melhor alternativa para esses pacientes são os benzodiazepínicos de ação curta, como o lorazepam (ex.: Lorax®), que pode ser administrado como medicação pré-anestésica na dose única de 1 mg ou 2 mg, duas horas antes da intervenção.

Estes medicamentos têm ação sedativa e tranqüilizante. Quando o paciente apresenta dor, o uso prévio de analgésicos e a realização de uma anestesia local efetiva contribuem para o controle da ansiedade.

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