Etiologia e patogênese da doença periodontal

Odontologia

13/02/2013

Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a prevalência e a severidade da doença periodontal se agravam com o aumento da idade. Muitos estudos mostram a existência de placa bacteriana mais espessa e, consequentemente, gengivite mais acentuada em indivíduos mais idosos quando comparados aos indivíduos mais jovens, mostrando uma relação com a idade. 

A maior prevalência da doença periodontal nos indivíduos idosos mostra-se devido às destruições teciduais cumulativas durante a vida, e não necessariamente devido a uma deficiência intrínseca do envelhecimento ou especificamente a uma anormalidade imunológica que afeta a suscetibilidade à infecção periodontal.

No estudo de Machion et al. (2000), a avaliação da prevalência de bolsas periodontais por grupo etário, demonstrou uma maior prevalência e aumento da profundidade de sondagem em indivíduos dos grupos II (31 a 50 anos) e III (acima de 50 anos), observando que a prevalência e a profundidade das bolsas periodontais aumentaram com a idade.

Brown et al. (1990) verificaram que a prevalência de bolsas periodontais no grupo de 18 a 24 anos era de 6% e que esta aumentava para mais de 18% no grupo de 55 a 64 anos. Estudos epidemiológicos comprovam que as bolsas de profundidade 6 mm são mais prevalentes em pessoas idosas. Stoltenberg et al. (1993) encontraram 39,5% de bolsas de 4 mm em pacientes de 30-34 anos e 65,7% em 65 a 69 anos. Esta prevalência pode ser explicada pelo tempo que os pacientes permaneceram susceptíveis à doença periodontal.

Dessa forma, o envelhecimento, em geral, está associado à doença periodontal, embora esta relação esteja mais relacionada ao desgaste periodontal devido ao tempo que á idade. Além disso, as formas mais severas e agressivas da doença periodontal parecem estar mais evidentes em adolescentes e jovens adultos do que em idosos. Mais estudos são necessários para melhor definir este assunto.