13/03/2013
O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje faz parte da realidade da maioria das sociedades. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde [1], trata-se de “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
O processo de envelhecimento traz diversas mudanças anatômicas e fisiológicas que podem afetar a funcionalidade e aumentar o risco de doenças [2]. O envelhecimento pode traduzir-se, parcialmente, pela diminuição da estatura e do peso, perda de tecido ósseo e muscular, aumento da gordura corporal e diminuição da quantidade de água corporal total [3, 4, 5].
Com o avançar da idade, a estatura corporal tende a diminuir devido à compressão das vértebras, mudanças na largura e forma dos discos vertebrais e perda de tônus muscular [6]. O peso também diminui com a idade e varia segundo o sexo. As mudanças que acompanham a perda de peso no idoso incluem diminuição da massa muscular e da massa celular em geral. A densidade específica da massa livre de gordura (MLG) em adultos diminui consideravelmente com o avanço da idade [7].
Em geral, a massa corporal tende a aumentar até aproximadamente 70 anos de idade, quando inicia um decréscimo em torno de 0,4 kg por ano [3]. Após essa idade, a altura, o peso e o IMC tendem a reduzir [8]. A combinação do aumento da massa gorda e redução da massa magra em idosos é chamada de “obesidade sarcopênica” e está associada com diminuição da força muscular e fragilidade [9], resultando em redução da qualidade de vida [8].
Outra mudança relacionada com a idade é a distribuição de gordura corporal. O envelhecimento está associado com uma maior proporção de gordura visceral (intra-abdominal), que se associa com aumento no risco de doenças cardiovasculares na população em geral [9].
Compreender as mudanças na composição corporal que acompanham o processo de envelhecimento e as suas implicações na saúde é de suma importância, tanto para o conhecimento gerontológico como para o suporte nutricional do idoso. Estas mudanças estão diretamente implicadas com o estado funcional e de sobrevivência da população idosa.
Referências Bibliográficas
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
Nutricionista graduada pela Universidade Federal de Ouro Preto (2009), Especialista em Nutrição Clinica pela Universidade Gama Filho (2011) e Mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa/UFV (2012). Atualmente é doutoranda em Ciência da Nutrição, na area de Dietetica e Qualidade de Alimentos, na UFV. Autora de artigos científicos e trabalhos publicados em anais de eventos.
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