Alimentos funcionais no diabetes

30 milhões de indivíduos apresentam diabetes
30 milhões de indivíduos apresentam diabetes

Nutrição

01/02/2013

Em termos mundiais, cerca de 30 milhões de indivíduos apresentavam diabetes mellitus (DM) em 1985, passando para 135 milhões em 1995 e 240 milhões em 2005, com projeção de atingir 366 milhões em 2030, dos quais dois terços habitarão países em desenvolvimento. (WILD et al., 2004; BARCELÓ et al., 2003).

Nos EUA, estima-se que 16 milhões de pessoas são portadoras de diabetes, das quais 1,4 milhões tem o tipo 1, 14,5 milhões o tipo 2 e apenas alguns milhares são acometidos por outros tipos específicos. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2000).

No Brasil, segundo publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde, o Saúde Brasil 2009, houve um decréscimo de 17% nas mortes por doenças crônicas não transmissíveis em 11 anos, entre 1996 e 2007, o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano na taxa de mortalidade.

Por outro lado, no mesmo período, houve aumento de 10% de mortes no país por diabetes mellitus, ao se considerar apenas o óbito por causa básica. Esse índice representa um aumento de 0,8% ao ano na taxa de mortalidade, que passou de 30 para 33 por 100 mil habitantes. (BRASIL, 2010).

O metabolismo normal da glicose é regulado por três processos inter-relacionados: a produção de glicose no fígado, captação e utilização da glicose pelos tecidos periféricos e secreção de insulina. (CONTRAN, 2000). Nos anos 70, vários hormônios intestinais, as incretinas, foram identificados e um deles, o GLP-1 (Glucagon like peptide-1), foi reconhecido como um importante contribuinte para a manutenção da glicemia.

Assim, passou-se a entender o processo glicorregulatório como resultado da interação com outros hormônios e particularmente a relação dos hormônios pancreáticos (insulina e glucagon) com hormônios intestinais e o diabetes passou a ser visto com uma doença multi-hormonal. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2007).
O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio crônico do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas causado por secreção inadequada de insulina e/ou diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina.

O efeito no metabolismo da glicose decorre da tentativa de garantir o aporte adequado de glicose para as células. Consequentemente há o aumento da glicemia, utilização de quantidades cada vez menores de glicose pelas células e mobilização crescente de proteínas e lipídeos. (GUYTON, 2000).

O diabetes leva a complicações microvasculares, predominando a retinopatia, a nefropatia, a neuropatia e complicações macrovasculares, particularmente o acidente vascular cerebral e as doenças da artéria coronária. Juntas, essas doenças fazem do diabetes a sétima causa de óbitos no mundo desenvolvido. (SACKS et al., 2002).

Portanto, em vista do número crescente de pessoas afetadas por esta patologia e os altos índices de morbidade e mortalidade associadas, terapêuticas para redução do risco de diabetes, como a busca por alimentos e/ou compostos funcionais, são extremamente relevantes.

A maioria das pesquisas sobre os fatores dietéticos e o risco de diabetes tipo 2 (DM2) focaliza os macronutrientes. (HU et al., 2001). Entretanto, micronutrientes e fitoquímicos também podem afetar o metabolismo da glicose. (VAN DAM, 2003).

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