Definição Muscular

Definição Muscular
Definição Muscular

Nutrição

10/01/2013

O principal objetivo da maioria dos praticantes de musculação é alcançar a definição muscular, ou como dizem por aí, ficar rasgado, trincado, etc. A estética corporal é o que move os adeptos da delineação muscular. Como muitos não conseguem, passam então a recorrer a métodos como drogas, dietas da moda e diuréticos.

Antes de mais nada, seguem algumas dicas para o alcance desse objetivo, porém sempre respeitando a individualidade biológica e procurando sempre um nutricionista:
1)Fazer uma avaliação física, determinando quanto de gordura você deseja perder e qual o limite para essa perda (média para homens: 18% e mulheres: 21%);

2)Exercício físico como estímulo para a queima de gordura, pois aumentam a Taxa Metabólica Basal (TMB), ou seja, mesmo no descanso você ainda continua queimando calorias por algumas horas (principalmente exercícios resistidos como musculação);

3)Intensidade do exercício, estudos mostram que acima de 75% da sua FCM (Frequência Cardíaca Máxima), aumentaria a queima de gorduras;

4)Alimentar-se várias vezes ao dia (05 - 06 refeições), dessa forma nosso corpo buscando a homeostase (equilíbrio) vai trabalhar mais;

5)Reduzir a ingestão de gorduras, nosso organismo trabalha com maior intensidade queimando mais carboidratos do que gorduras;

6)Adequar melhor a ingestão de proteínas, ofereça quantidades suficientes, mas não em excesso para o desenvolvimento e construção do tecido muscular em torno de 1,6 a 2,0 g/Kg/dia (mantém a massa muscular intacta);

7)Nunca corte os carboidratos, eles evitam a depleção de proteínas como substrato energético, participam no metabolismo das gorduras e fornecem energia nas contrações musculares (glicogênio muscular e hepático);

8)Evitar calorias vazias (açúcares, frituras e álcool), pois não fornecem nutrientes de qualidade para construção muscular;

9)Usar suplementos de maneira responsável, muitos ainda não tem comprovação científica para queima de gorduras (oriente-se com um nutricionista). Com tudo isso dito, sabe-se que uma baixa ingestão de carboidratos (CHO) associada a um aporte protéico e lipídico adequados trazem bons resultados na redução de gordura corporal (GC). Porém com o passar dos dias nota-se um aumento na fadiga (perda de rendimento nos treinos), além de irritabilidade, dificuldade de concentração e o principal que é a perda de massa magra, contrariando o objetivo da definição muscular (aumentar a massa livre de gordura-MLG, reduzindo a GC).

O problema quando se mantém o CHO baixo é a redução do metabolismo basal, dificultando a queima de gordura corporal. Se mantivermos alto consumo de CHO teremos energia para malhar, mas a redução da gordura será prejudicada, salvo para os privilegiados com um metabolismo acelerado. Há uma solução?

Sim. Equilibrando o consumo dos CHO e usá-los de forma moderada ou até mesmo variar sua quantidade diariamente em forma de ciclos. Lembrando-se que vale apenas como fator estético, se entrarmos na discussão de aumento de performance sugere-se aporte de no mínimo 55% a 65% CHO como fonte básica de energia:

- relativamente elevado de carboidratos (50%), moderado de proteínas (35%) e baixo de gorduras (15%);

- moderado de carboidratos (20%), alta de proteínas (55%) e moderada de gorduras (25%);

- baixa de carboidratos (10%), alta de proteínas (55%) e alta de gorduras (35%). OBS: Esses percentuais referem-se à quantidade total de calorias do indivíduo. Como distribuir essa quantidade acima no decorrer da semana? Vai depender do seu treinamento. Exemplo: treino intenso (pernas/dorsais)

- CHO alto; demais dias de treinamento

- CHO moderado e nos treinos aeróbicos ou dias sem treinamentos

- CHO baixo. Sugere-se para um aumento no consumo de CHO, dividi-lo no desjejum, pré e pós-treino. Além de a ingestão lipídica advir de fontes mono e poli-insaturadas. Do mesmo modo o ajuste de micronutrientes, água e fibras também tornam-se fundamentais para um equilíbrio nutricional adequado. Não há uma verdade absoluta ou uma única solução para se definir o corpo. Só conhecendo o nosso corpo e as diversas maneiras de estimulá-lo é que teremos nossos resultados otimizados. No entanto torna-se necessário uma ótima interação entre o nutricionista e o profissional de educação física para um acompanhamento personalizado. Lembre-se: use as informações com responsabilidade e senso crítico e procure um profissional antes de submeter-se a qualquer dieta ou programa de atividades físicas.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Alex Cardoso Silva

por Alex Cardoso Silva

- Nutricionista graduado pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) no Rio de Janeiro; - Curso de extensão em Personal Diet pela Aprender Nutrir e pelo Portal Educação;e - Curso de Extensão em Nutrição Funcional pelo Portal Educação

Portal Educação

UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA, com sede na cidade de São Paulo, SP, na Alameda Barão de Limeira, 425, 7º andar - Santa Cecília CEP 01202-001 CNPJ: 17.543.049/0001-93