O guarda-roupa que "sai" da internet

Comércio eletrônico ganha a cada dia mais destaque
Comércio eletrônico ganha a cada dia mais destaque

Moda e Design

27/03/2014

A roupa dos brasileiros está verdadeiramente saindo da tela do computador. Essa afirmação do título da matéria não é à toa, é mais do que uma realidade para a economia do Brasil, o segmento de moda subiu da 26° posição para a sexta colocação no ranking das categorias que mais vendem on-line, entre 2007 a 2010.

Os números indicam que a participação do setor, que era de 3% em 2009, aumentou para 5% em 2010 e hoje já representa cerca de 7% do volume de pedidos no País, superando até mesmo o comércio eletrônico. A tendência, segundo a e-bit é que nos próximos anos essa categoria ocupe um lugar entre as cinco mais vendidas.

Encontrar os produtos na web, ao invés de ir até as lojas para adquirir uma roupa, sapato ou acessórios, tem seus confortos dizem todos os consumidores entrevistados, Fernanda Ellen da Rosa confirma a tendência. “Já comprei em sites americanos, japoneses e ingleses. Em primeiro lugar, o que impressiona é a variedade de produtos, sejam roupas, calçados, livros, eletrônicos... é um mundo sem fim, de encher os olhos e dar água na boca!”.

Segundo Fábio Seixas, diretor do site Camiseteria.com, as lojas on-line oferecem bastante conveniência e variedade de produtos, o que, na opinião do empresário, ajuda no processo de decisão do consumidor. “É mais fácil para os clientes pesquisarem preços, o que não acontece com a mesma eficiência nas lojas físicas. No caso do Camiseteria, a internet é o que viabiliza o nosso modelo de negócio. Sem a internet nós não existiríamos. Nela é possível ver uma seleção de estampas muito maior do que numa loja física”, explica Seixas.

Consumidora assumida no site Camiseteria.com, Francisca Renata, é categórica em afirmar que a compra virtual tem certos comodismos. “Permite que você veja, reveja, pense, compare com outros produtos, nos dá as características, medidas, numerações tudo para que a compra seja 100% da forma que desejamos”, coloca.

A loja Anita on-line, por exemplo, trabalha desde 2007 na venda de calçados pela internet, de lá pra cá, são mais de 500 mil clientes exclusivos cadastrados. Uma demanda que acarreta em cuidado, uma vez que a equipe de colaboradores da empresa precisa ficar atenta e “antenada” aos produtos que estão dispostos. Afinal o Portal é a vitrine e os consumidores são exigentes. Para atender a todos a preocupação é constante.

“A Anita concede a troca grátis aos clientes, e todas as informações de medida e material nas descrições dos produtos para facilitar a compra. O atendimento via chat, telefone e Redes Sociais também é fundamental para que o consumidor tenha a exata noção do que está adquirindo. Nesse sentido as funcionárias de atendimento recebem treinamento de produto e moda semanalmente”, explica a gerente da Anita on-line,Thays Ribeiro Mosko.

A confiança

Francisca Renata garante, desde o lançamento e a febre dos sites de compras coletivas e a explosão do e-commerce, já comprou mais de 25 produtos do departamento de moda. Ela nunca teve problema e se sente segura, porque sabe que pode trocar ou vender para uma amiga, caso o produto não sirva. Além de Francisca, 70% dos usuários entrevistado pela e-bit, durante o primeiro semestre desse ano, disseram sentir-se mais seguros atualmente com as compras pela internet, em relação ao ano de 2009.

“O segmento tem ficado mais significativo no Brasil, não só pela confiança e maturidade do e-commerce e sim, pelo consumo da classe C, que atualmente está no topo da lista dos que mais compram”, diz Cris Rother diretora da e-bit.

Entretanto,a diretora da e-bit destaca um ponto de entrave na venda de roupas e artigos virtuais. “No Brasil não há uma padronização das confecções, o que impede muitos consumidores a adquirir produtos nacionais. Para alavancar esse meio, teríamos que implantar um projeto de padrão de numeração das roupas, como nos estados unidos”, destaca Rother.

“Um site sem uma boa descrição do produto é o mesmo que comprar no escuro”, diz a consumidora Ana Camilla Micheletti. Ana concorda com a padronização, “seria muito mais seguro comprar se a gente conseguisse saber o exato tamanho da roupa. P, M e G são informações muito vagas quando você não pode experimentar”, enfatiza.

O diretor do site Camiseteria.com explica que a sua confecção segue um padrão estabelecido pela própria empresa para atender bem os clientes. “Nós temos um padrão de numeração a ser seguido, nosso processo de produção é bem artesanal, ou seja, nós compramos as malhas, confeccionamos as camisetas e então estampamos. Sendo assim, as camisetas são confeccionadas no padrão que nós designamos para cada tamanho, o que é extremamente importante”, afirma Fábio Seixas. O empresário reforça ainda que o cliente que já comprou algum produto do site sabe qual o seu tamanho e pode comprar novamente, sem medo de errar.


Texto produzido por Priscila Trauer para a 6° edição da e-Revista, revista eletrônica do Portal Educação. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/e-revista/edicao/6.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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