Medicina

Medicina

04/03/2016

Anos de estudo, muitas noites em claro, plantões, trabalho sob pressão e a responsabilidade de salvar vidas em suas mãos. A profissão de médico exige dedicação e muito preparo antes mesmo da primeira aula na faculdade. Isso porque o curso de Medicina é o mais disputado no Brasil.

Para se ter uma ideia, em 2012, 15.517 candidatos participaram do vestibular da Fuvest para concorrer a uma das 275 vagas na Faculdade de Medicina da USP. A concorrência é acirrada: 56,43 candidatos para cada vaga disponível.

Os estudantes têm aulas teóricas nos quatro primeiros anos. Nelas, aprendem todos os detalhes do corpo humano: anatomia; sistema digestivo, circulatório, respiratório e reprodutor; patologia; neurofisiologia; entre outras disciplinas. Apenas a partir do quinto ano os aspirantes a médico colocam a mão na massa, ou seja, passam a ter contato com pacientes reais.

Que área escolher?

É durante o estágio hospitalar que os estudantes de Medicina começam a ficar familiarizados com o dia a dia de um hospital e conhecem de perto a rotina de cada uma das especialidades que podem seguir.

E são muitas, entre elas: clínica médica, pediatria, dermatologia, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, cardiologia, moléstias infecciosas, cirurgia do aparelho digestivo, oftalmologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, ortopedia, neurologia e radiologia.

Enquanto nas demais profissões, geralmente, depois do último ano de faculdade, os estudantes se tornam profissionais aptos a seguir a carreira, na Medicina, para se tornar um especialista em uma das áreas citadas acima, existe mais uma etapa: a residência médica.

A residência nada mais é que uma pós-graduação. Ela deve ter duração mínima de dois anos e o acesso ocorre por meio de prova ou concurso público. No total, os profissionais podem eleger entre 53 especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Lembrando que cada médico só pode exercer, no máximo, duas especializações distintas simultaneamente.

O mercado de trabalho

Ao concluir a residência, o médico pode abrir seu próprio consultório, pode passar a atender em clínicas e hospitais privados ou no sistema público de saúde.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o Brasil possui mais de 404,9 mil médicos ativos, sendo que mais da metade (cerca de 224,7 mil) está concentrada na região Sudoeste. Em contrapartida, no Norte é onde há menos profissionais, por volta de 17,8 mil.

A classe médica enfrenta um verdadeiro embate com relação à remuneração base. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) considera ultrapassada a lei em vigor (nº 3.999/61), que estabelece o piso salarial da categoria em três salários mínimos, ou seja, 2.034 reais.

Para modificar essa situação, atualmente tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 2750/11) que propõe que o piso salarial dos médicos passe a ser de 9 mil reais para a jornada de 20 horas semanais. Segundo o Datafolha, o salário médio para um médico plantonista ou clínico geral é de 4,5 mil reais.

Novos horizontes

Os médicos são conhecidos por terem horários pouco convencionais. Em alguns casos, isso pode dificultar que frequentem cursos de reciclagem ou especialização. Uma opção são os cursos a distância. O profissional escolhe a hora mais apropriada com base no seu tempo livre disponível e pode acessar o conteúdo de qualquer lugar.

Confira, a seguir, algumas alternativas:

Curso de Ressonância Magnética
Compreende os conceitos de biossegurança, ensina quais são os efeitos do campo magnético, como auxiliar pacientes com claustrofobia, as contraindicações e os componentes do sistema para fazer um exame mais preciso.

Curso de Diagnóstico de Vírus
Uma oportunidade de aperfeiçoar os conhecimentos e habilidades e aprender sobre a estrutura, nomenclatura e classificação dos vírus e como fazer o diagnóstico laboratorial e sorológico das infecções virais.

Curso de Biossegurança Hospitalar
Um curso ideal para atualizar e adquirir novos conhecimentos sobre conceitos básicos que ajudam no controle de infecção hospitalar.

Curso de Neurobiologia da Ansiedade
Aborda, entre outros, tópicos como as bases neurobiológicas e o medo versus ansiedade.

Curso de Terapia Ortomolecular
É um curso que oferece ao participante o conhecimento sobre a história e aplicabilidade dessa modalidade de terapia.

Curso de Transtornos Alimentares
Os transtornos alimentares estão cada vez mais presentes nas famílias brasileiras. Esse curso dá ao profissional conhecimento sobre como diagnosticar e tratar casos de bulimia nervosa, etiologia, anorexia nervosa e obesidade.

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