Pais, um olhar no desenvolvimento do bebê

Medicina

03/03/2016

Diante de um bebê com má formação, as imagens maternas podem ficar bastante distorcidas. Nesse contexto, percebe-se a necessidade de auxílios psicológicos que ajudem os pais a adequar suas imagens psíquicas, visando desconectá-las de projeções e conflitos para facilitar o desenvolvimento físico e psíquico do bebê.

Nesse sentido, se investigou o impacto da psicoterapia breve entre mãe e bebê, sobre as representações maternas a respeito do desenvolvimento do bebê quando este apresentava uma mal formação.

Nesse caso, o nascimento de um bebê com malformação é mais uma crise que se instala e com isso muitas dificuldades ficam intensificadas. Assim aparece uma distância entre o que as mães desejavam e a realidade.

Muitas expectativas devem ser descartadas, o que prejudica o processo de idealização do filho, percebendo assim diversas possibilidades de desfechos, desde uma grande aceitação até reações de ansiedade e depressão, as quais faz da criança um receptor de todas as falhas da família. Por isso, sabe-se que uma mesma patologia pode assumir diferentes representações psíquicas inconscientes, ou seja, depende do lugar em que o bebê assume na mente dos pais.

A má formação por si só não parece suficiente para determinar com precisão todas as potenciais limitações de desenvolvimento psíquico nessas situações e as representações maternas acerca do bebê acabam exercendo um papel fundamental nesse diagnóstico. É necessário que a má formação não seja tratada pelos profissionais da saúde com atenção somente nos seus aspectos físicos e funcionais, tendo em vista que os aspectos psicológicos também carecem de tratamento. O atendimento psicológico deve ter um importante impacto no quadro clínico do bebê, a medida que a mãe passa a se envolver muito mais no tratamento, evitando com isso, agravamento da doença e internações frequentes.