Ministério da Saúde lança política para a saúde masculina

Os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres
Os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres

Medicina

01/09/2009

O Ministério da Saúde lançou na última quinta-feira (27), em Brasília, a Política Nacional de Saúde do Homem, com o intuito de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Esta iniciativa é um dos compromissos de posse do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sendo uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema da saúde pública, uma vez que a cada três mortes de pessoas adultas, duas são homens.

“Esta política proposta pelo Ministério da Saúde visa proporcionar a melhora da assistência de saúde população masculina; porém, os homens devem buscar este atendimento”, afirma o enfermeiro e tutor do Portal Educação, Alisson Daniel.


Os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres, apresentando mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada. E é com o objetivo de melhorar este quadro que serão investidos R$ 613,2 milhões, em oito eixos da ação, incluindo comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de profissionais e investimento na estrutura da rede pública.

“Essa política parte da constatação de que os homens, por uma série de questões culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam sua capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Além disso, Temporão destaca que os homens não se cuidam por acharem que nunca vão adoecer e, ainda, têm medo de descobrir que estão doentes. Dessa forma, não procuram os serviços de saúde e são menos sensíveis as políticas. “Isso coloca um desafio ao SUS, já que vai exigir do sistema mudanças estruturais para que o sistema esteja mais sensível, inclusive com o treinamento de profissionais para que olhem mais atenta a essa população”.

O Brasil será o primeiro país da América Latina e o segundo do continente americano a programar uma política nacional de atenção integral à saúde do homem. O primeiro foi o Canadá. A política está inserida no contexto do programa “Mais Saúde: Direito de Todos”, lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde.

Esta atenção referente à saúde masculina pretende fazer com que, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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