Curso pretende aumentar e qualificar transplantes

O curso tem como objetivo formar médicos para a captação de órgãos, distrib
O curso tem como objetivo formar médicos para a captação de órgãos, distrib

Medicina

14/07/2009

Aproximadamente 45% dos transplantes realizados no Brasil, no ano passado, foram feitos em São Paulo. O resultado revela, além do bom desempenho dos paulistas, as desigualdades do setor. Hoje, os primeiros oito alunos de um curso que pretende começar a mudar esse desequilíbrio começaram a ser formados no Hospital Sírio-Libanês. Vindos de 16 Estados (AC, AM, AL, PA, RO, MA, PI, RN, PB, SE, BA, MT, MS, GO, DF E SC), que hoje respondem por apenas 16,4% dos transplantes realizados anualmente, 40 alunos passarão pelo curso neste ano.

Conforme informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o curso tem como objetivo formar médicos para a captação de órgãos, distribuição e cirurgias, como por exemplo, as de fígado, rim e pâncreas. Hoje, 35% de 1,3 mil equipes transplantadoras estão concentradas em São Paulo. Este projeto é resultado de uma parceria entre o Sírio-Libanês, Ministério da Saúde e a recém-criada Fundação de Transplante de Órgãos e Tecidos de São Paulo (TransÓrgãos).

“O perfil do profissional selecionado é o médico formado entre cinco e oito anos e de alguma forma ligado à universidade”, explica o professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, Silvando Raia, e idealizador do curso. O orçamento é de R$ 3,5 milhões.

Além disso, o médico é presidente da TransÓrgãos. Raia ressalta que a formação dos profissionais será de responsabilidade não apenas do Sírio-Libanês, mas também de instituições como o Hospital do Rim, Hospital das Clínicas (HC) e Santa Casa. “Muitos desses Estados fazem apenas transplantes intervivos, por isso a necessidade de treiná-los para os transplantes de doadores cadáveres”, afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame.

“No Brasil existe um número alto de pessoas nas filas de transplante de órgãos. Existem poucos médicos e equipes preparados para tal procedimento, e por isso a necessidade da realização de treinamento para formar médicos para a captação de órgãos, distribuição e cirurgias”, explica a farmacêutica e tutora do Portal Educação, Jeana Mara Escher de Souza.

A implantação da formação no Sírio-Libanês foi propiciada pela mudança nos critérios de distribuição dos certificados de filantropia no fim de 2008. Em troca da isenção de impostos, como PIS e Confins, as unidades devem formular projetos maiores de assistência para a rede pública. Mesmo diante dos benefícios, as alterações geraram polêmica quando ocorreram porque parte das filantrópicas beneficiadas tinha, naquele momento, os certificados de filantropia questionados por supostas irregularidades.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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