Luzes artificiais, assim como o sol, causam danos à pele

Usar filtro solar apenas quando for se expor ao sol não é suficiente
Usar filtro solar apenas quando for se expor ao sol não é suficiente

Medicina

24/06/2009

As orientações a respeito da importância do uso do filtro solar estão presentes em comerciais, programas de televisão, jornais, etc. No entanto, muitas pessoas ainda pensam que o uso desse produto só é necessário quando há exposição ao sol, mas não é bem assim que funciona.

O emprego do filtro solar apenas quando for se expor ao sol não é suficiente para manter a saúde da pele, uma vez que a luz visível do sol ou a iluminação artificial também aumentam os riscos de manchas solares, queimaduras e fotoenvelhecimento da pele.

Assim mostra um estudo feito pelo Departamento de Dermatologia do hospital Henry Ford Medical Center, nos Estados Unidos, publicado recentemente na revista científica Photochemistry and Photobiology, e apresentado no último simpósio da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo (SBD-SP).

O que muitos não sabem é que a luz visível é a parte dos raios solares perceptível pelo ser humano, pois é capaz de estimular a retina (todo o resto do espectro é invisível). A luz visível representa cerca de 40 a 45% do total de radiação que recebemos do sol, isso sem contar as fontes artificiais, como as lâmpadas, enquanto a radiação ultravioleta (UVA) importa em 5 a 10%, e a radiação infravermelha 50%.

No estudo, os pesquisadores compararam o impacto dos raios UVA e da luz invisível na pigmentação da pele, usando uma máquina de camada monocromador, responsável por irradiar comprimentos específicos de onda, separando os raios UVA e a luz visível. Sendo assim, foi observado que a duração dos pigmentos causados pela luz visível é muito maior que os causados pelos raios UVA. O primeiro leva algumas semanas para desaparecer e o segundo 24 horas.

Além disso, outras pesquisas mostram que a luz UVA é responsável por 2/3 do dano oxidativo e a luz visível por cerca de 1/3 da produção de radicais livres, que tem evidente influência no processo de envelhecimento cutâneo.

Algumas doenças cutâneas também podem ser causadas, ao menos parcialmente, pela ação da luz visível. São elas: urticária solar, dermatite actínica crônica, porfíria e fototoxicidade.

Diante disso, é importante ressaltar que a proteção da pele é imprescindível em todas as épocas do ano, mesmo que não haja exposição ao sol.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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