Nos bebês as cólicas são comuns desde o nascimento
Medicina
06/05/2015
Você deve ter observado alguma mãe, de primeira viagem, comentando seu desespero ao ver seu bebê chorar compulsivamente, sem que nada pudesse acalmá-lo. Se o bebê foi amamentado e trocado, ou seja, não está com fome e nem incomodado, o que poderia estar lhe causando tanta irritação?
Claro que só pode ser a cólica, que é normal e esperada!
Nos bebês as cólicas são comuns desde o nascimento, começando geralmente depois de quinze dias, e seguindo até os três meses de vida. Raramente acontecem em bebês com mais de seis meses de idade. As cólicas caracterizam-se pela inquietude do bebê, o choro estridente, o rosto vermelho, cheio de caretas, e o corpo contorcido com as pernas encolhidas até a barriga.
São vários os motivos que podem causar as cólicas. Os principais são:
1) Imaturidade em coordenar o movimento peristáltico do intestino, fazendo com que as paredes do mesmo se contraiam e relaxem sem controle, resultando na formação de gases e, consequentemente, nas cólicas;
2) Espasmos do cólon;
3) O bebê pode sofrer de alergia da proteína do leite materno, ou do artificial;
4) Em muitos casos, a técnica incorreta de amamentação pode causar cólicas. É preciso prestar atenção na pegada correta do peito, evitando assim a entrada de ar pela boca, que pode causar gases e cólicas;
5) Sensibilidade dos bebês às mudanças de rotinas, manifestando-se através das cólicas;
6) Fatores externos, como ansiedade dos pais, ambiente familiar tenso e excesso de barulho podem contribuir para episódios de cólicas.
Como podemos evitar ou minimizar o problema? Existem algumas saídas, entre elas:
1) Após a amamentação, o bebê deve ser posicionado de forma vertical, para que consiga arrotar depois de cada mamada;
2) Quando o bebê chorar por causa das cólicas, os pais devem acalmá-lo. Para isso, também precisam estar calmos, pois seu estresse associado ao do bebê, só tende a piorar o problema. É importante ter tranquilidade e buscar uma posição que agrade e acalme a criança. Uns gostam de se movimentarem no colo da mãe, outros preferem a segurança de serem enrolados em um cobertor. A mamãe deverá descobrir o que mais acalma o seu bebê;
3) Alguns bebês reagem tranquilamente à música calma. Outros reagem melhor em um ambiente livre de sons e ruídos, com iluminação mais leve. Procurar identificar as preferências do bebê, criando um clima mais harmônico e aconchegante;
4) Massagens podem ser grandes aliadas para evitar ou minimizar episódios de cólicas, pois os movimentos abdominais favorecem a digestão. Esfregar suas mãos, para aquecê-las, e massagear o abdômen do bebê, no sentido horário, lentamente;
5) Outro movimento: com as mãos espalmadas passá-las no abdômen, verticalmente, em direção ao púbis, ou seja, a região dos órgãos genitais do bebê.
6) Repetir cada movimento, pelo menos, cinco vezes. De forma preventiva, fazer esses movimentos a cada troca de fraldas, por exemplo;
7) Outra maneira de aliviar as dores da cólica, é pela ginástica de esticar e encolher as perninhas, como o pedalar, pois favorece a eliminação dos gases. Com o bebê deitado de barriga para cima, movimentar, lentamente, suas pernas, como se estivesse pedalando;
8) Uma bolsa térmica ou uma fralda aquecida, sobre a barriga do bebê, pode ser uma medida salvadora. Verificar se a temperatura da água está muito alta, para não correr o risco de queimar o bebê. Se optar pela bolsa, não colocá-la diretamente sobre o abdômen, usar uma toalha;
9) Deitar a criança, apoiando seu estômago ao longo do braço do adulto, segurando seu rostinho pela mão. Ou colocá-la sobre o abdômen do adulto, se ele estiver deitado (a). Essas posições ajudam a pressionar o abdômen, minimizando as cólicas. Como os homens têm a temperatura do corpo um pouco mais elevada do que as mulheres, os resultados podem ser mais eficazes, quando são os papais que fazem tais procedimentos, inclusive, as massagens;
10) Cuidado com chás, pois podem aumentar ainda mais as cólicas.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Colunista Portal - Saúde
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