Fisiopatologia e Manifestações Clínicas

O tratamento inicial inclui a modificação da dieta e a monitorização da glicemia
O tratamento inicial inclui a modificação da dieta e a monitorização da glicemia

Medicina

30/04/2015

Diabetes tipo 1

Acontecem por fatores genéticos, imunológicos e possivelmente ambientais, que destroem as células betas do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. É uma doença autoimune, resposta do organismo contra suas próprias células.

Com esta resposta do organismo, destruição das células beta, ele produz descontroladamente a glicose, elevando seu nível, o que caracteriza então o diabetes.

Quando o excesso de glicose está muito alto no organismo, os rins não conseguem absorvê-la toda, sendo então eliminada na urina (Glicosúria) e, em consequência, aumenta-se a perda de líquidos, originando a diurese osmótica.

Como a insulina normalmente inibe a glicogenólise (clivagem – quebra da glicose armazenada) e a gliconeogênese (produção de nova glicose a partir dos aminoácidos e de outros substratos), nas pessoas com deficiência de insulina, esses processos ocorrem sem restrição e contribuem ainda mais para a hiperglicemia.


Diabetes tipo 2

A pessoa apresenta dois “problemas” com a insulina, a resistência e a sua secreção comprometida, nas células que irão recebê-la para transformar a glicose. Nessas células, a ponte não existe, impossibilitando a entrada da glicose, o que aumenta seus níveis no sangue.

O diabetes tipo 2 inicia lentamente e imperceptível. Quando realmente está mais avançado, a pessoa experimenta os sinais e sintomas, como fadiga, irritabilidade, poliúria, lesões cutâneas que não cicatrizam, etc.

Uma consequência do diabetes não detectado é que suas complicações em longo prazo, por exemplo, doença ocular, neuropatia periférica, doença vascular periférica, podem ter se desenvolvido antes que se faça o diagnóstico real do diabetes.

Como a resistência à insulina está associada à obesidade, o tratamento básico do diabetes do tipo 2 é a perda de peso.


Diabetes gestacional


É observado durante a gestação, caracterizado por intolerância à glicose devido à presença elevada dos hormônios placentários, ocasionando a hiperglicemia.

A avaliação seletiva para o diabetes durante a gestação está sendo atualmente recomendada para mulheres entre 24 e 28 semanas de gestação que satisfaçam a um ou mais dos seguintes critérios:

- 25 anos de idade ou mais;

- Menos de 25 anos e obesa;

- História familiar de diabetes nos parentes de primeiro grau;

- Membro de um grupo étnico/racial com uma elevada prevalência de diabetes (por exemplo: hispano-americanos, indígenas norte-americanos, afro-americanos, norte-americanos com ascendência oriental ou de países das ilhas do Pacífico).

O tratamento inicial inclui a modificação da dieta e a monitorização da glicemia. Quando a hiperglicemia persiste, a insulina é prescrita. Os agentes hipoglicemiantes orais não devem ser utilizados durante a gestação.

Após o parto, os níveis de glicose sanguínea na mulher com diabetes gestacional retornam ao normal. Entretanto, muitas mulheres que tiveram diabetes gestacional desenvolvem o diabetes tipo 2 em um período mais adiante da vida. Todas as mulheres portadoras de diabetes gestacional devem ser aconselhadas a manter seus pesos corporais ideais e fazer exercícios regularmente para diminuir seus riscos de diabetes tipo 2.

Podemos dizer que o diabetes se manifesta através de três P’s: Poliúria, Polidipsia e Polifagia.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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