Tipo de Drogas: Maconha

A maconha é considera a "porta de entrada".
A maconha é considera a "porta de entrada".

Medicina

06/04/2015

A maconha é considera por muitos estudiosos e pesquisadores como a “porta de entrada” para o consumo de outras drogas. O consumidor a encontra com preço acessível, e é relativamente de fácil acesso, podendo ser encontrada em “bocas de fumo”, bares, danceterias, shows, e até mesmo em escolas e faculdades.

Na grande maioria das vezes, ela é fumada em um tipo de cigarro artesanal (Papel enrolado na maconha esfarelada) Mas há relatos de que pessoas a usam também comendo, aspirando ou até mesmo em receitas culinárias, como bolos, doces, sucos, refrigerantes e cervejas. Em alguns lugares do mundo o seu uso não é proibido ou é apenas controlado pelas autoridades.

A maconha tem, em sua composição, uma combinação de flores e folhas de uma planta conhecida como Cannabis sativa, e pode ser verde, marrom ou cinza. Ela que é comercializada e chega até os pontos de venda, passa por processos químicos para que se mantenha conservada e tenha um prazo de validade maior, geralmente os traficantes usam formol, éter e amônia para que sua durabilidade e qualidade mantenham-se nos padrões de consumo ideal, que agrade o consumidor e que tenha sempre mais adeptos.


Efeitos no Organismo

A maconha é uma droga alucinógena, ou seja, tem a função de alterar as funções mentais, causando diversas sensações desconcertantes e fora do normal. O princípio ativo da maconha é o delta 9 tetrahidrocanabinol (THC). É esse princípio ativo que produz os efeitos característicos do uso da maconha.

Os efeitos da maconha podem ser potencializados se consumidos em associação a outras drogas. É muito comum o uso da maconha juntamente com crack (Mesclado) o que proporciona o efeito das duas drogas, e daí, muitas vezes, a pessoa passa a fazer o uso somente da outra droga (crack, cocaína, merla etc.), passando depois a fazer uso também de outra droga, transformando o que era antes apenas uma simples experiência com uma “droga natural” em um vício incontrolável.

- Olhos avermelhados;

- Boca seca;

- Redução da imunidade do organismo, produzido pela diminuição dos glóbulos brancos;

- Pigarros (irritação e acúmulo de secreções na garganta);

- Sinusite e faringite;

- Tosse e problemas respiratórios;

- Taquicardia;

- Afeta a capacidade de raciocínio, memória, equilíbrio e movimentos físicos;

- Falsa sensação de tranquilidade e relaxamento;

- Sensação de alegria e leveza (sob o seu efeito, às vezes, a pessoa tem crises de risos);

- Angústia, medo, mania de perseguição e outros tipos de paranoia.


Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os estudos acerca dessa droga revelam que ela gera sim, algum tipo de dano, tem capacidade de deixar a pessoa viciada e até mesmo ter crises de abstinência, o que pode acontecer desde a primeira vez em que se consome.

Não são relatados casos de óbitos exclusivos pelo uso da maconha, e sim doenças como o câncer, podendo a pessoa vir a ter complicações e falecer.

As substâncias da maconha, como o THC (Tetrahidrocanabinol) quando absorvidas, vão para os tecidos gordurosos de vários órgãos do corpo, onde ficam armazenadas. Geralmente, podemos encontrar restos de THC nos exames de urina até vários dias depois das pessoas terem fumado a droga.


Legalização da Maconha

Mesmo a maconha sendo uma droga ilegal, existe uma mobilização de uma parte da sociedade para que ela seja liberada. Esse assunto é polêmico e gera diversas opiniões de diversos segmentos da sociedade.

Muitos justificam que, com a comercialização controlada da maconha, o tráfico de drogas perderá grande parte de seu potencial e assim o governo também poderá se beneficiar com a cobrança de impostos, tendo maior controle e determinando medidas e regras para que isso ocorra. Mas a questão pode ser mais complexa, pois com a liberação da maconha, a saúde pública poderá ser ainda mais afetada, com tratamentos e atendimentos de urgência aos casos de acidentes e brigas devido ao uso da droga, sendo mais uma droga “legal” transitando na sociedade.


Marcha da Maconha

No mês de junho de 2011, foi aprovado por unanimidade pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a livre manifestação dos grupos que são a favor da liberação da maconha, baseado (sem nenhum trocadilho) nos direitos que toda pessoa possui: a liberdade de reunião e expressão, o que é previsto na Constituição Federal.

Grande repercussão se deu com essa decisão, pois, ao longo dos tempos, as pessoas, que viam a descriminalização da maconha como uma forma de diminuir a violência e a geração de impostos e empregos para o país, ao invés de movimentar uma economia paralela que financia os traficantes e o crime organizado, foram vistas como arruaceiras e vagabundas, não tendo o direito de manifestação pela própria sociedade, e até mesmo com episódios de confrontos e agressões mútuas com a polícia.

Após grande discussão, o tribunal chegou à conclusão de que a livre expressão e o exercício de reunião “são duas das mais importantes liberdades públicas". "A polícia não tem o direito de intervir em manifestações pacíficas. Apenas vigiá-las para, até mesmo, garantir sua realização. Sendo papel das autoridades de segurança pública o dever de adotar medidas de proteção", afirmou o ministro Celso de Mello membro do STF.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


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