É caracterizada por uma série de alterações neuropatológicas
Medicina
14/03/2015
O mal de Alzheimer é uma doença do cérebro que progride lentamente através do tempo e não pode ser revertida. O maior problema do Alzheimer é a acumulação de proteínas anormais chamadas de placas de beta-amiloide. Conforme elas aumentam, as habilidades de memória e pensamento pioram. Muitas vezes, problemas de comportamento como choros sem motivo aparente, distração e agitação podem ocorrer. Eventualmente, tarefas simples como se vestir, arrumar a cama ou alimentar são impossíveis.
A Doença de Alzheimer é caracterizada por uma série de alterações neuropatológicas que incluem: atrofia cerebral, placas cerebrais senis que contêm depósitos extracelulares de peptídeo β-amiloide, emaranhados neurofibrilares intracelulares que contêm proteína tau hiperfosforilada e perda de células neurais. Estas alterações resultam em perda de memória, confusão, afetação do julgamento, desorientação e problemas na expressão. Os sintomas tendem a piorar ao longo do tempo (MELO, 2013).
A proteína tau é responsável pela montagem e estabilidade dos microtúbulos na célula neuronal e pelo transporte axoplasmático. A conexão microtubular é regulada por um balanço complexo entre expressão e fosforilação das isoformas tau. Na Doença de Alzheimer, esta proteína é anormalmente hiperfosforilada, separando-se dos microtúbulos axonais e agregando-se em emaranhados neurofibrilares. Estas alterações resultam na interrupção do transporte axonal, conduzindo à perda de atividade biológica e à morte celular de neurônios (MELO, 2013).
Cerca de 30-85% dos pacientes, mesmo que com diferentes níveis de gravidade de demência, têm mudanças comportamentais como agressão verbal e física, vagueio, agitação, não cooperação, incontinência urinária, distúrbios da alimentação, reações catastróficas como tentativas de automutilação, ansiedade e distúrbios do sono (MELO, 2013).
Além do envelhecimento, que constitui o principal fator de risco associado à doença, outros fatores têm sido sugeridos com base em estudos epidemiológicos, como por exemplo: sexo feminino, depressão, baixo nível de escolaridade, traumatismo craniano, Síndrome de Down diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo, hiperinsulinemia, inatividade física, dislipidemias, dieta composta por excesso de gorduras (PIVI et al, 2012).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO, P.M.C. Doença de Alzheimer Perspetivas de tratamento. 63f, 2013. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Medicina Universidade da Beira Interior, 2013.
PIVI G, BERTOLUCCI P, SCHULTZ R. Nutrition in severe dementia. Curr Gerontol Geriatr Res, 2012:983056, 2012.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.
por Walisson Junio Martins da Silva
Mestre em Alimentos e Nutrição-Unesp. Especialista em Qualidade de Vida e Gerontologia. Graduado em Bacharelado em Bioquímica. Licenciado em Ciências Biológicas e em Química.
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