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Detalhamento dos exames sorológicos: betaHCG, VDRL, HIV, HCV, HBsAg
Detalhamento dos exames sorológicos: betaHCG, VDRL, HIV, HCV, HBsAg
Detalhamento dos exames sorológicos
Medicina
19/12/2014
bHCG: É um exame muito utilizado para se obter a confirmação de uma possível gravidez. Também pode ser uma opção para o diagnóstico de certas doenças nos testículos. A gonadotrofina coriônica humana, ou HCG, é o conhecido hormônio da gravidez, já que a sua presença em altos níveis pode ser um importante índice de que houve fecundação. O papel deste hormônio é manter o corpo lúteo do ovário intacto durante o início da gestação e, com isto, promover a produção da progesterona.
Quando a progesterona é gerada o útero fica com seus vasos sanguíneos e com os capilares mais revestidos e fortificados, de forma a aguentar o crescimento do feto. Logo após a concepção é o próprio feto quem produz o HCG. Mais tarde este hormônio passa a ser produzido por uma parte da placenta que recebe o nome desinciciotrofoblasto.
A gonadotrofina coriônica humana pode acabar afastando células imunizarias da mãe para fazer a proteção do feto durante os primeiros três meses. Ela também pode ser utilizada para induzir clinicamente a ovulação nos ovários e a produção nos testículos de testosterona. Quando há a suspeita da gravidez o teste para medição do HCG pode ser realizado de duas formas: através da urina ou do sangue.
Os testes de farmácia que dizem se a mulher está ou não grávida são sensíveis à presença deste hormônio, entretanto a concentração na urina é menor do que no sangue. Desta forma muitas pessoas são levadas à realização de um beta HCG, exame de sangue mais sensível e fiel à realidade. Para determinar a idade gestacional o ultrassom é ainda o exame mais indicado.
É especialmente indicado para obter a certeza de uma gravidez. Quando há a fecundação o feto passa a produzir o hormônio HCG, o qual será sintetizado posteriormente pela placenta. Com isto pode-se diagnosticar precocemente uma gestação.
O beta HCG é um exame de sangue bastante específico capaz de reconhecer a presença da gonadotrofina coriônica humana já APÓS O SEXTO DIA DA CONCEPÇÃO. A concentração deste hormônio não é tão alta na urina, fazendo com que se deva esperar cerca de 2 semanas para se ter um resultado favorável quando há a escolha deste método. Sempre que houver a suspeita de uma gravidez deve-se recorrer a algum destes exames, lembrando que o beta HCG é o mais confiável.
O beta HCG é um exame simples de sangue que possui o intuito de verificar a presença da gonadotrofina coriônica humana na mulher. É o segundo teste mais utilizado quando se tem a necessidade de diagnosticar uma gravidez. Este hormônio pode ser encontrado durante todo o ciclo menstrual em algumas mulheres, entretanto, quando seus níveis estão elevados uma fecundação pode ter ocorrido.
É um procedimento bastante efetivo, porém não é capaz de medir o tempo da gestação. O médico pode indicar a realização do mesmo mais de uma vez, já que os níveis de HCG tendem a aumentar com o passar da gravidez. A coleta de material pode ser feita em qualquer laboratório de análises. O procedimento é rápido e não costuma provocar efeitos colaterais. Para o dia do exame não é preciso fazer qualquer tipo de preparativo, nem mesmo jejum.
O beta HCG é muito indicado para mulheres que necessitam confirmar uma gravidez. Todas precisam de um devido acompanhamento médico durante o período da gestação, para que não ocorram problemas e para que a saúde da mãe e do bebê permaneçam intactas. Portanto, sempre que houver a suspeita de uma fecundação procure fazer o exame o quanto antes, para que todos os passos básicos sejam tomados daí em diante.
VDRL: O exame VDRL, sigla em inglês de Venereal Disease Research Laboratory é um teste para detecção de pacientes que já tiveram sífilis, uma doença sexualmente transmissível. Quando o teste dá negativo (não reagente), usualmente indica que o paciente nunca teve contato com a bactéria causadora da sífilis, o Treponema pallidum, ou que, tendo já o paciente entrado em contato com a bactéria, o organismo ou o tratamento foram suficientes para eliminá-la. Entretanto, pode acontecer do paciente estar com sífilis e o teste dar negativo, é o chamado efeito prozona, que acontece quando há um elevado número de anticorpos produzidos pelo organismo durante o estado latente ou secundário da doença.
HIV: ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) é um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos (por exemplo, no plasma sanguíneo). Este teste é usado no diagnóstico de várias doenças que induzem a produção de imunoglobulinas. O complexo que contém o anticorpo é visualizado pelo acoplamento da enzima ao anticorpo. A adição de substrato ao complexo enzima-anticorpo-antígeno resulta num produto colorido, que é lido por um equipamento específico.
Este é o teste de primeira linha no diagnóstico da infecção pelo HIV (vírus da SIDA/AIDS). Estes testes até a sua terceira geração só detectavam a presença de anticorpos (IgG eIgM) três ou quatro semanas após o contato. No entanto, os testes de quarta geração já detectam tanto anticorpos quanto um dos antígenos do HIV (a proteína p24), fato esse que diminuiu sensivelmente o período de janela imunológica, podendo chegar a apenas duas semanas.
Um resultado reagente num teste de HIV por ELISA é sempre confirmado por outros testes específicos, como é o caso do Western blot, que detecta proteínas deste vírus, e doPCR, que detecta os seus ácidos nucleicos virais.
HCV e HBsAg: Exames de sangue que detectam a presença dos vírus causadores da hepatite B e C na corrente sanguínea. O HBsAg indica infecção pelo vírus da hepatite B(HBV) – ele está presente nas infecções agudas e crônicas. O anti-HCV é o marcador de triagem para a hepatite C. Indica contato prévio com o vírus, mas não define se a infecção é aguda, crônica ou se já foi curada. São colhidas amostras de sangue de uma veia do braço do paciente. Não é necessário jejum. Deve-se informar o uso de qualquer medicamento. As mulheres devem informar se estão grávidas. Os valores de referência baseiam-se em positivo ou negativo para HBsAg e anti-HCV.
- Referências Bibliográficas:
BARNHART, Kurt T.; SIMHAN, Hyagiv; KAMELLE, Scott A. Diagnostic accuracy of ultrasound above and below the beta-hCG discriminatory zone. Obstetrics & Gynecology, v. 94, n. 4, p. 583-587, 1999.
Barnhart, Kurt, et al. "Prompt diagnosis of ectopic pregnancy in an emergency department setting." Obstetrics & Gynecology 84.6 (1994): 1010-1015.
MOL, Ben WJ et al. Serum human chorionic gonadotropin measurement in the diagnosis of ectopic pregnancy when transvaginal sonography is inconclusive. Fertility and sterility, v. 70, n. 5, p. 972-981, 1998.
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