Reação de tuberculina (PPD) - Técnica da intradermoreação

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa

Medicina

06/11/2014

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que pode atacar diversos órgãos, mas que usualmente afeta os pulmões. Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch, por ter sido isolado pelo pesquisador alemão Robert Koch, em 1882, o agente causador da moléstia destrói os alvéolos pulmonares, os pequenos sacos de ar onde o oxigênio é absorvido nos pulmões. Com isso, formam-se escavações (ou cavernas) nos pulmões, as quais dificultam a respiração e oxigenação adequada.


A forma disseminada da doença é conhecida como “miliar”. Essa infecção já fez milhões de vítimas ao longo da história da humanidade, pois apenas em 1944 foram descobertos os primeiros medicamentos para combater o bacilo de Koch.


Mas está longe de ser uma doença do passado. Segundo a Organização Mundial de Saúde, um terço da população do mundo está infectado por esse agente e, a cada ano, surgem 10 milhões de novos casos, especialmente em nações pobres e em desenvolvimento, dos quais três milhões são fatais.


O Brasil infelizmente está entre os 22 países que concentram 80% dos indivíduos contaminados, com 95 mil casos registrados a cada ano. Como a baixa imunidade é um fator predisponente para desenvolvimento da tuberculose, a doença tem crescido muito entre os portadores de AIDS e de outras doenças crônicas debilitantes e pessoas que receberam transplante. Apesar dos números alarmantes, é importante ressaltar que essa moléstia tem cura, desde que o tratamento seja feito corretamente, com regularidade do uso dos medicamentos e pelo tempo prescrito pelo médico. A falta de adesão ao tratamento dá origem às formas resistentes da micobactéria, mais agressivas e mais difíceis de tratar.



PROCEDIMENTOS

Devera ser utilizada seringa para tuberculina (estéril e descartável) de 1 ml de volume, graduada em centésimos. Agulha com calibre de 4 a 5 e de 15 mm de comprimento.

• Realizar a antissepsia no terço médio da face anterior do antebraço. Deixar Secar

• Fazer assepsia com álcool 70% na tampa da ampola do antígeno;

• Aspirar 0,1 ml do antígeno do frasco com seringa e agulha e trocar novamente a agulha.

• Firmar o antebraço a ser injetado, com dedos indicador e polegar distendendo a pele ligeiramente, na direção da agulha e no sentido longitudinal do antebraço.

• Injetar por via intradérmica 0,1 do antígeno. Retirar o dedo da extremidade do êmbolo e, em seguida puxar a seringa com a agulha.

• Quando a injeção é perfeita (intradérmica e superficial), deve aparecer uma pálida elevação da pele (pápula), de contorno bem delimitado, com poros bem visíveis produzidas pelo líquido injetado.


RESULTADOS

A leitura deve ser realizada em 72 horas após a aplicação do PPD. Com uma régua transpartente realizar a medição, em milímetros do maior diâmetro palpável. Caso a formação do nódulo seja negativo, registrar “O”.


Valor de referência: Diâmetro do nódulo

• 0 a 4 mm: não reator – indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou anérgico
• 5 a 9 mm: reator fraco – indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por outras micobactérias ou vacinado com BCG
• ≥ 10 mm: reator forte – indivíduos infectado pelo M. tuberculosis, doente ou não, ou vacinado com BCG.


CONCLUSÃO

O teste de PPD utilizando a Técnica de Mantoux é ainda muito utilizado. Vale ressaltar que desde junho de 2014 a Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose vem enfrentando dificuldades para aquisição da tuberculina, pois existe apenas um único fornecedor do produto no mercado nacional e internacional acarretando na suspensão da realização do mesmo. A utilização de outros métodos como sorologia especifica e esfregaço de escarro com colocação de ziehl tem sido adotado como plano de contingencia.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Silvio de Almeida Junior

por Silvio de Almeida Junior

Possui graduação em Biomedicina pela Universidade de Franca (2016) com Iniciação Cientifica pela mesma instituição no Laboratório de Pesquisas em Mutagênese, desenvolvendo trabalhos na área de genética e toxicogenética, com ensaios de viabilidade celular através do Ensaio de XTT. Atualmente compõe o quadro de colaboradores do Laboratório de Análises Clínicas do São Joaquim Hospital e Maternidade.

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