Cirurgia bariátrica: Dificuldades

São algumas dificuldades após a cirurgia, mas a principal talvez seja a nova dieta
São algumas dificuldades após a cirurgia, mas a principal talvez seja a nova dieta

Medicina

19/02/2014

No seguimento pós-operatório, deve-se acompanhar regularmente os pacientes, por meio de consultas ambulatoriais, orientações nutricionais e exames laboratoriais para detectar precocemente alterações metabólicas e nutricionais. A frequência do acompanhamento deve ser individualizada e baseada no tipo de cirurgia e comorbidades do paciente.


As dificuldades após a cirurgia bariátrica estão relacionadas às adaptações do paciente a nova condição do trato gastrointestinal, que pode restringir os alimentos e líquidos consumidos e/ou modificar a consistência.


A mudança se inicia com a dieta líquida indicada no primeiro momento, por 24 horas após o procedimento cirúrgico. A introdução de nutrição parenteral pode ser necessária em pacientes de alto risco. Uma a duas semanas após a cirurgia pode-se iniciar alimentos pastosos e após um mês, dieta leve (Sanches et al., 2007). O paciente pode sentir necessidade de comer maior quantidade de alimentos nesse momento já que o volume é bem menor que o habitual.


Podem ocorrer náuseas e vômitos, que são geralmente causadas por superalimentação ou pela deglutição de fragmentos maiores de alimento, e desidratação. Esta é muito comum após o procedimento cirúrgico e é atribuída principalmente à baixa ingestão de líquidos e pode ser exacerbada pela presença de vômitos e diarreia (Sanches et al., 2007).


A suplementação nutricional é fundamental para todos os pacientes. Suplementos polivitamínicos devem ser consumidos diariamente e devem conter em sua fórmula, no mínimo, os seguintes nutrientes: ferro, cálcio, vitamina D, zinco e complexo B.


A perda ponderal estabiliza-se em média 18 meses após a cirurgia, época em que geralmente ocorre perda máxima do peso (podendo chegar a mais de 80% do excesso deste) (ABESO, 2009). Considera-se o tratamento cirúrgico da obesidade bem-sucedido se houver perda de, no mínimo, 50% do excesso de peso e o paciente deixar de ser obeso mórbido, sendo necessária a manutenção dessas condições pelo período de cinco anos.


Só se pode efetuar avaliação de sucesso, no mínimo, após 24 meses do pós-operatório, esperando-se reganho ponderal entre dois e cinco anos após a cirurgia.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Colunista Portal - Saúde

por Colunista Portal - Saúde

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