Medicina do Trabalho: Aparelhos utilizados na higiene industrial
A higiene industrial tem como principais objetivos criar e manter condições de trabalho
Medicina
13/11/2013
A higiene industrial é definida como uma técnica ou ciência não médica dedicada à identificação e quantificação dos contaminantes do ambiente de trabalho, assim como à avaliação da exposição dos trabalhadores a esses contaminantes.
A higiene industrial tem como principais objetivos criar e manter condições de trabalho que não prejudiquem a saúde dos trabalhadores e que sejam as mais adequadas à psicologia e fisiologia dos trabalhadores. Atua também na prevenção do aparecimento de doenças profissionais e aumento do bem-estar psicossocial, da produtividade e da satisfação no trabalho.
Para que esses objetivos sejam alcançados, a Higiene Industrial é constituída de quatro áreas fundamentais: a Higiene de Campo, a Higiene Analítica, a Higiene Teórica e a Higiene Operativa.
1) Higiene de Campo: está diretamente ligada à higiene operativa. Tem como função recolher todos os elementos para o estudo das condições de higiene nos postos e ambientes de trabalho. Para tal, é necessário realizar uma identificação de potenciais riscos. É importante a observação rigorosa das instalações, do processo produtivo, dos equipamentos e materiais, dos métodos de trabalho e da própria organização do trabalho. A coleta do maior número de elementos é de extrema importância e deve ser realizada por um técnico especializado, de modo a permitir uma análise correta do local de trabalho. Os dados obtidos dessas análises serão posteriormente avaliados com a colaboração das outras áreas, dando origem a resultados, a partir dos quais permitirão conclusões e recomendações, com vista a solucionar o problema em questão.
2) Higiene Analítica: faz a determinação qualitativa e quantitativa dos poluentes existentes no ambiente. Em geral, há sempre mais do que um contaminante no ambiente de trabalho. Na fase da quantificação dos fatores ambientais, a exatidão dos seus resultados vai depender, não só da calibração dos aparelhos de medida, da coleta de amostras de ar para análise laboratorial posterior e da qualidade dessas análises (determinadas por métodos analíticos padronizados), mas também dos locais e altura das medições e colheitas.
3) Higiene Teórica: estuda a relação dose-resposta, isto é, a relação entre o contaminante, o tempo de exposição e o homem, e estabelece valores-padrão de referência, níveis de ação ou valores-limite de exposição para os quais a maioria das pessoas não sofre qualquer tipo de alteração funcional. A correta avaliação da exposição do trabalhador requer conhecimento das tarefas desempenhadas e da sua duração, a integração destes dois elementos é comparada com os referidos valores-limite fixados por lei, normas, recomendações ou orientações.
4) Higiene Operativa: executa os estudos no sentido de prevenir, eliminar ou reduzir a situação de risco para níveis aceitáveis. Propõe ações corretivas e preventivas de modo a fazer com que as condições ambientais permaneçam dentro de limites não perigosos para a saúde do homem. É fundamental que o estabelecimento de medidas corretivas e/ou preventivas se adapte à situação concreta dos postos de trabalho e que sejam desenvolvidas ações de sensibilização para que as medidas sejam aceitas por trabalhadores, chefias e empregadores.
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por Colunista Portal - Saúde
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