A epilepsia tem influência direta sobre a qualidade de vida das pessoas acometidas
Medicina
13/11/2013
A epilepsia é uma das desordens cerebrais mais comuns e pode ser descrita como uma condição neurológica de fase crônica caracterizada pela presença de dois ou mais episódios recorrentes de crises epilépticas/convulsivas sem causa aparente e/ou identificada. Acredita-se que aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras dessa desordem.
Cerca de 80% dos casos de epilepsia estão concentrados em países desenvolvidos. No entanto, estima-se que entre 80% e 90% das pessoas que sofrem desse mal não recebem tratamento adequado ou nem são tratadas. A epilepsia passa a ser considerada como uma doença ativa caso a pessoa tenha sofrido crises durante os últimos cinco anos. Caso não tenha ocorrido nenhuma crise durante esse período de cinco anos, a doença é considerada inativa ou em quadro de remissão.
Segundo a Classificação Internacional Contra Epilepsia (ILAE), as crises epilépticas são definidas como “a ocorrência transitória de sinais e sintomas devido a uma atividade neuronal excessiva ou síncrona anormal no cérebro, e são classificadas em dois grandes grupos: generalizadas e focais”. Essa classificação preconizada pela ILEA leva em consideração o envolvimento das estruturas anatômicas cerebrais corticais e subcorticais durante o processo epiléptico.
A epilepsia tem influência direta sobre a qualidade de vida das pessoas acometidas, bem como com relação ao seu trabalho e ao ambiente no qual ele é exercido. Partindo do ponto de vista prático, quando observado esse panorama, é comum encontrar dificuldades de empregadores aceitarem candidatos que se declaram portadores dessa desordem, como também é crescente o número de relatos de trabalhadores com epilepsia afastados do ambiente de trabalho por motivos relacionados à doença.
A admissão de um trabalhador portador de epilepsia, de certa forma, pode culminar em afastamento precoce e recorrente do trabalho, licenças ou até mesmo aposentadoria prematura, muitas vezes, vistos com maus olhos pelos empregadores, em contraponto ao fato que a dificuldade na inserção de pessoas portadores da doença no mercado de trabalho, é motivo de exclusão social, estigmatização, além de produzir transtornos econômicos e psicossociais aos portadores.
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por Colunista Portal - Saúde
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