A dor é um fenômeno que, em algum ponto da vida, todos já experimentaram. A dor é essencial para a sobrevivência do ser humano, é por meio dela que descobrimos se estamos em perigo, se existe algum problema em nosso corpo, se alguma coisa nos atingiu. Porém não é normal senti-la diariamente, ou que ela se transforme em um incômodo que pode atrapalhar o dia a dia.
Quando a dor passa de um aviso passageiro do corpo e se torna um problema constante na vida da pessoa, atrapalhando a produtividade do paciente, passa ser uma dor crônica. A dor crônica é aquela que dura mais de 30 dias, pode ser resultante de uma simples compressão de músculos, tendões, dor óssea, ou ser resultante de uma lesão mais séria ou algum problema no sistema nervoso e por fim pode ser uma dor mista. A dor crônica oncológica (dor devido ao câncer) é uma das mais comuns na prática clínica.
Na oncologia a dor crônica pode ser causada pelo câncer, ou por outra razão ligada à doença. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) cerca de 30% a 50% dos pacientes em tratamento oncológico sofria com alguma dor crônica. A dor, não só atrapalha o tratamento do câncer, como pode prejudica-lo. A dor crônica pode afetar psicologicamente o doente.
A oncologia procura sempre garantir uma qualidade de vida para o paciente, tratando da dor da melhor forma possível. Existem tratamentos que não envolvem remédios para diminuir essa dor, a acupuntura, tratamentos psicológicos, fisioterapias, entre outros. Porém, em alguns casos, o paciente é obrigado a lidar e conviver com essa dor. Não existindo forma médica de tratá-la. O paciente passa a ser obrigado a conhecer os seus limites, o que a dor impõe e lidar com isso diariamente.
A subjetividade da dor também dificulta o seu tratamento correto e seu diagnóstico preciso. O médico precisa estar preparado para descobrir se a dor é apenas uma resposta psicológica do corpo do paciente, ou se está ligada a algum avanço da doença. O profissional da oncologia precisa deixar de lado alguns preconceitos e entender que cada paciente responde a dor de forma diferente. Dessa forma ele poderá tratar, da melhor maneira possível, o seu paciente.
Bibliografia: MICELI, Ana Valéria Paranhos. Dor crônica e subjetividade em oncologia. Revista Brasileira de Cancerologia, 2002.
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por Colunista Portal - Saúde
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