A escolha da cirurgia mais indicada está relacionada com: a gravidade da SAHOS e as alterações estruturais nasais, faríngeas e craniofaciais encontradas no paciente. As cirurgias mais comuns são: cirurgias faríngeas (amigdalectomias, uvulopalatofaringoplastia), as nasais (septoplastia, turbinectomia e cauterização dos cornetos) e as cirurgias maxilofaciais (avanço maxilomandibular).
Küpper, Leite, Nogueira, Valera, Oliveira (2006) salientam que nos últimos 25 anos, várias cirurgias foram testadas para sanar e tratar da SAHOS, como a uvulopalatofaringoplastia (UPFP), uvulopalatoplastia, avanço maxilomandibular, redução de base de língua, avanço de genioglosso, hioideopexia, isolados ou combinados entre si e com cirurgias nasais, sendo que os resultados destes procedimentos ainda são controversos.
Dispositivos intrabucais – estes dispositivos têm ganhado cada vez mais espaço no tratamento da SAHOS, pois apresentam baixo custo na confecção, são bem-aceitos pela maioria dos pacientes e os possíveis efeitos adversos são transitórios, são não invisíveis e são reversíveis. Estudos realizados sobre o uso do aparelho intrabucal de avanço mandibular observaram que houve melhora estatisticamente significativa na frequência horária do IAH.
Pesquisadores concluíram que o uso do dispositivo intrabucal apresentou redução da sonolência diurna, redução da frequência horária dos episódios de apneia e hipopneia, elevação da concentração do oxigênio arterial, redução na frequência e intensidade do ronco, sendo mais significativo em pacientes com ronco primário não associado à SAHOS, melhora na qualidade do sono dos portadores de ronco e de SAHOS, assim como de seus parceiros e boa tolerabilidade em virtude, principalmente, da redução dos sintomas.
O uso do aparelho proporciona movimentação da mandíbula para frente, assim como a língua, aumentando o espaço das vias aéreas e reduzindo o ronco e a apneia (CALDAS, RIBEIRO, SANTOS-PINTO, MARTINS e MATOSO, 2009, HOFFMANN e MIRANDA, 2010). No mercado encontram-se vários modelos, que devem ser indicados por um odontólogo de acordo com as características anatomoestruturais do paciente.
Atuação da Fonoaudióloga
Faz menos de 10 anos que a fonoaudiologia tem estudado mais detalhadamente as alterações e prováveis propostas terapêuticas para pacientes com SAHOS. Os estudos mais detalhados de uma proposta terapêutica vêm da fonoaudióloga
Katia Carmello Guimarães que fez sua pesquisa de doutorado baseada nos exercícios propostos para melhorar o tônus de VAS e consequentemente diminuir a AOS. A terapia fonoaudiológica visa a trabalhar a mudança do tônus dos músculos da VAS, abrangendo com eles, os da região orofaríngea (GUIMARÃES, 2009).
Os exercícios devem ser realizados diariamente e posteriormente à alta, os exercícios devem ser mantidos pelo resto da vida, variando os exercícios de língua, de elevação de palato mole e arco palatoglosso.
Terapia miofuncional orofacial
Todos os exercícios que serão descritos a seguir seguem a proposta de terapia miofuncional orofacial de Guimarães (2009).
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por Colunista Portal - Educação
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