01/01/2008
Tese de Doutorado
Título original Tratamento trombolítico intravenoso no acidente vascular cerebral isquêmico: experiência da clínica neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Autor Evaristo, Eli Faria
E-mail evaristo@usp.br
Unidade Faculdade de Medicina (FM)
Área de concentração Neurologia
Orientador ¤ Scaff, Milberto
Banca Examinadora ¤ Livramento, José Antonio
¤ Machado, Luis dos Ramos
¤ Oliveira Filho, Jamary
¤ Raffin, Cesar Noronha
¤ Scaff, Milberto
Data da Defesa 05/03/2007
Palavras-chave ¤ Acidente cerebrovascular/terapia
¤ Fibrinolíticos/uso terapêutico
¤ Hospitais universitários/normas
¤ Serviços médicos de emergência
¤ Terapia trombolítica
Resumo Original
O uso intravenoso do ativador tecidual do plasminogênio está aprovado para o tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico há alguns anos e estão publicadas diretrizes e recomendações para o seu uso. O atendimento hospitalar precisa ser organizado a fim de tornar esse tratamento exeqüível e seguro, alcançando os resultados esperados. O objetivo deste estudo foi verificar a exeqüibilidade e a segurança do tratamento trombolítico intravenoso nos pacientes tratados pela Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, assim como avaliar as características desses pacientes, sua evolução clínica, as complicações do tratamento e os preditores prognósticos. Também foi avaliado o desempenho do atendimento hospitalar, através da análise do tempo das diversas etapas do atendimento, em quatro diferentes grupos de pacientes com base no local do primeiro atendimento médico. Foram tratados 51 pacientes entre Junho de 1998 e Agosto de 2005, primeiramente atendidos no Pronto Socorro de Neurologia (22 pacientes), Instituto do Coração (22 pacientes) e enfermarias do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (3 pacientes), assim como no Hospital Universitário (4 pacientes). Os tempos do atendimento, representados por suas respectivas medianas, foram: entre o ictus e a admissão (55 minutos); entre a admissão e a análise da tomografia computadorizada de crânio (35 minutos); entre a admissão e o início do tratamento trombolítico (90 minutos) e entre o ictus e o início do tratamento trombolítico (160 minutos). De uma maneira geral, o desempenho do atendimento melhorou durante o período do estudo. Entretanto, a análise comparativa dos grupos revelou que os tempos entre a admissão e a análise da tomografia computadorizada de crânio e entre a admissão e o início do tratamento trombolítico foram maiores no Instituto do Coração (p = 0,002 e p = 0,01, respectivamente) do que no Pronto Socorro de Neurologia e Hospital Universitário. O principal mecanismo causador do acidente vascular cerebral isquêmico foi embolia de origem cardíaca (54%). A maioria dos pacientes tratados chegou ao hospital com déficits neurológicos graves (mediana 17 na Escala de AVC do NIH). Resultado funcional excelente em 3 meses, definido como pontuações 0 ou 1 na Escala de Rankin modificada, foi observado em 29% dos casos e hemorragia cerebral sintomática em 6% dos casos. Em conclusão, o tratamento trombolítico intravenoso com ativador tecidual do plasminogênio no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi exeqüível e seguro. A intensidade do déficit neurológico na admissão, mensurada pela Escala de AVC do NIH e a redução igual ou maior que quatro pontos nesta escala em 24 horas foram preditores prognósticos independentes.
Título em Inglês Intravenous thrombolytic therapy for acute ischemic stroke: clinical experience of Department of Neurology of the Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
Palavras-chave em Inglês ¤ Cerebrovascular accident/therapy
¤ Emergency medical services
¤ Fibrinolytic agents/therapeutic use
¤ Thrombolytic therapy
¤ University hospitals/standards
Resumo em Inglês
Intravenous use of tissue plasminogen activator has been approved for acute ischemic stroke treatment for some years and guidelines and recommendations about its use have been published. Hospital attendance needs to be organized in order to become this treatment feasible and safe, reaching the expected results. The objective of this study was verify feasibility and safety of intravenous thrombolytic therapy in patients who were treated at Neurology Department of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo as well evaluating characteristics of these patients, their clinical outcome, complications of therapy and outcome predictors. Hospital attendance performance was also evaluated through time analysis of several steps of attendance in four different patient groups based on the place of the first medical attendance. Fifty one patients were treated between June 1998 and August 2005, primarily attended at Neurology Emergency Department (22 patients), Heart Institute (22 patients) and wards of Central Institute of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (3 patients) as well at University Hospital (4 patients). Attendance times, represented by its median were: between symptoms onset and hospital admission (55 minutes); between hospital admission and computed cranial tomography analysis (35 minutes); between hospital admission and thrombolytic therapy onset (90 minutes) and between symptoms onset and thrombolytic therapy onset (160 minutes). As a general rule, hospital attendance performance improved during study period. However, comparative analysis of groups disclosed that time between hospital admission and computed cranial tomography analysis as well time between hospital admission and thrombolytic therapy onset were longer at Heart Institute (p = 0,002 and p = 0,01, respectively) than at Neurology Emergency Department and University Hospital. The main acute ischemic stroke mechanism was cardiac emboli (54%). Most of treated patients arrived at hospital with serious neurologic impairment (NIH Stroke Scale median 17). Excellent functional outcome in 3 months, defined as scoring 0 or 1 by modified Rankin Scale was observed in 29% and symptomatic cerebral hemorrhage in 6% of the cases. In conclusion, intravenous thrombolytic therapy with tissue plasminogen activator at Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo was feasible and safe. The intensity of the neurological impairment at hospital admission, as measured by NIH Stroke Scale, and four-point or more score reduction on this scale at 24 hours were independent outcome predictors.
Fonte: Teses USP
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