24/01/2013
É um cateter de silicone, radiopaco, de único ou duplo lúmen, de localização central através da punção de um vaso periférico, com permanência de médio em longo prazo.
É um procedimento simples, com técnica asséptica, podendo ser realizado no leito do paciente, monitorizado adequadamente, e é um procedimento exclusivo do enfermeiro devidamente habilitado. A extremidade distal do cateter fica localizada na veia cava superior, mais precisamente em terço médio. As veias mais comumente usadas são a basílica e cefálica.
A indicação do PICC é para administrar antibióticos, antifúngicos, hemoderivados, nutrição parenteral, quimioterápicos, entre outros.
Contraindicações
Síndrome hemorrágica, plaquetopenia, tromboflebite ou trombose no vaso a ser cateterizado;
Malformações que possam interferir na anatomia da região a ser puncionada;
Alergias cutâneas no local a ser puncionado ou alergias ao material que o cateter foi confeccionado.
Complicações
Hemorragia no sítio de inserção, hematomas, flebite, arritmias cardíacas, oclusão, mau posicionamento ou retração espontânea do cateter, extravasamento e formação de bainha de fibrina.
Material
Cateter com sistema introdutor;
Gorro, máscara, avental estéril;
Luvas estéreis;
Campos estéreis;
Gazes;
Pacote de curativo contendo pinças e tesouras;
Seringa de 10 ml;
Agulha 40x12;
Soro fisiológico;
Fita métrica;
Solução antisséptica recomendada pelo SCIH;
Curativo transparente;
Monitor cardíaco e de saturação.
Técnica
Reunir o material;
Lavar as mãos;
Monitorar a frequência cardíaca e saturação;
Posicionar o RN em decúbito dorsal, com o braço a ser puncionado, abduzido em ângulo de 90°;
Mensurar com a fita métrica o comprimento do cateter a ser inserido: Medir do sítio da punção passando pelo manúbrio e deste até 2°/3° espaço intercostal esquerdo (punção de veias em membros superiores);
Abrir o material;
Cortar o cateter na medida obtida previamente;
Injetar solução salina em toda extensão do cateter;
Realizar a antissepsia do local e dispor os campos estéreis;
Garrotear o membro a ser puncionado;
Puncionar a veia após obter o retorno venoso, deslizar a bainha introdutora para dentro da veia e retirar a agulha;
Introduzir o cateter até o comprimento indicado;
Verificar a permeabilidade venosa aspirando sangue através de uma seringa e injetando soro;
Retirar o fio guia se existir;
Retirar com cuidado a bainha protetora;
Fixar o cateter com curativo transparente;
Observar padrões de frequência respiratória e cardíaca;
Solicitar ao médico requisição de venocavografia para visualizar a posição do cateter;
Agilizar o exame;
Instalar a solução endovenosa;
Retirar a paramentação, organizar o material e lavar as mãos;
Registrar na pasta do paciente o procedimento.
Cuidados na manutenção do cateter
Avaliar diariamente o local do acesso: permeabilidade, sinais de infecção, fixação do cateter;
É contraindicado utilizar seringas inferiores a 10 ml, pois podem romper o cateter devido à pressão empregada;
Quando RN interna já deve ser reservado o local para possível inserção do PICC;
O PICC pode ser a primeira escolha de punção para RN que vão necessitar de acesso venoso em longo prazo;
Cateter com diâmetro inferior a 4fr apresenta dificuldade para infundir sangue e derivados.
Cateterismo umbilical
É a introdução de cateter na veia e/ou artéria umbilical, com objetivo de monitorar a pressão sanguínea, permitir a colheita intermitente de sangue para exames, infusão de medicações e sanguíneo/transfusão.
É um procedimento realizado pelo médico, a enfermagem deve organizar o material, posicionar o paciente e auxiliar no procedimento.
Contraindicações:
• Defeitos de fechamento da parede abdominal;
• Presença de onfalocele;
• Presença de peritonite;
• Enterocolite necrosante;
• CIVD.
Complicações:
• Fenômenos tromboembolísticos;
• Mau posicionamento do cateter que pode acarretar em arritmias cardíacas, Enterocolite necrosante e perfuração do trato gastrintestinal;
• Perfuração do peritônio;
• Processo infeccioso;
• O cateter umbilical venoso deve ser mantido no máximo por 14 dias.
Material:
• Bandeja com material esterilizado;
• Máscara, gorro, avental e luvas estéreis;
• Gazes;
• Fios de sutura;
• Lamina de bisturi n°11;
• Solução antisséptica recomendada pelo SCIH;
• Cateter de poliuretano (n°3,0 ou 3,5 ou 5,0);
• Dânula;
• Seringa com soro fisiológico;
• Adesivo;
• Monitor cardíaco e de saturação.
Técnica
- Reunir o material;
- Lavar as mãos;
-Monitorar a frequência cardíaca e de saturação;
- Posicionar o paciente em decúbito dorsal e imobilizar os membros superiores e inferiores;
- Fixar o cateter conforme rotinas do serviço após o término do procedimento;
-Desfazer a imobilização e posicionar o RN em posição confortável;
- Instalar infusões conforme prescrição médica ou heparinizar o cateter;
-Organizar o material, lavar as mãos;
- Registrar o procedimento no prontuário do paciente.
- Retirada do cateter umbilical;
-Material
- Solução antisséptica recomendada pelo SCIH;
-Soro fisiológico;
-Seringa;
- Pacote de retirada de pontos ou lâmina de bisturi n°11;
- Tesoura estéril;
- Luvas estéreis;
- Gazes
-Frasco estéril com tampa.
Técnica
- Reunir o material;
- Lavar as mãos;
- Calçar as luvas;
- Expor o cateter a ser retirado e fechar a Dânula;
- Localizar o fio de sutura que o fixa e cortá-lo com a tesoura estéril;
- Tracionar o cateter 2 cm, observando sinais de sangramento na base do coto e vasoespasmo dos membros inferiores;
- Comprimir o local até a hemostasia completa;
- Seccionar a ponta do cateter com tesoura estéril e colocar em frasco estéril e enviar para o laboratório;
- Manter curativo oclusivo na base do coto e monitorar o sangramento;
- Organizar o material, lavar as mãos;
- Registrar o procedimento no prontuário do paciente.
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