Doenças causadas por Bactérias

Bactérias acometem alterações na pele e doenças infecciosas graves
Bactérias acometem alterações na pele e doenças infecciosas graves

Medicina

10/10/2012

Nesse texto iremos ver algumas doenças causadas pela a bactéria.

Acne - A acne é uma doença da pele que atinge aproximadamente 80% dos adolescentes nesta época da vida, afetando unidades formadas por pelos e glândulas sebáceas: os folículos pilossebáceos. O excesso de produção de queratina na pele, causando a obstrução do orifício folicular; hiperatividade das glândulas sebáceas, produzindo sebo em excesso; e a proliferação de bactérias, como a Propionybacterium acnes e a Staphylococcus epidermides, causando inflamações; são as principais causas desta doença, propiciadas geralmente por fatores hormonais, emocionais e genéticos. Informação útil: Alimentos ricos em vitamina B5 podem ser fortes aliados contra a acne, já que controlam a atividade das glândulas sebáceas e aceleram a cicatrização da pele. O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Antraz - O antraz, também chamado de carbúnculo, é uma doença bacteriana causada pela bactéria Bacillus anthracis. Típica de regiões agrícolas da Ásia, África e América Latina, a transmissão da doença se dá quando esporos da bactéria penetram algum ferimento cutâneo, ou quando os mesmos são inalados ou ingeridos. Esses esporos costumam ser encontrados no solo e também em animais herbívoros acometidos pela doença e suas carcaças. Não há transmissão de forma direta, de pessoa acometida para indivíduo saudável; e também não existem registros de casos dessa doença, em humanos, aqui no Brasil. Na pele, que corresponde a 95% dos casos, a doença se manifesta como uma infecção com pus, semelhante ao furúnculo, formando posteriormente uma mancha-negra. No caso de inalação, provoca pneumonia, febre alta e dificuldades respiratórias, e geralmente é fatal. Já quando o que ocorre é a ingestão desses esporos, o paciente apresenta diarreia severa, acompanhada de náuseas, febre e vômitos com sangue, e sua taxa de óbito varia de 20% a 60% dos casos. Curiosidade: Em virtude da manifestação de sintomas inespecíficos, discrição de seus esporos, e capacidade de causar a morte rapidamente, o antraz é um dos agentes utilizados como armas biológicas em ataques terroristas.

Brucelose - A brucelose é uma zoonose, ou seja, é uma doença que pode ser transmitida dos animais ao ser humano e/ou do ser humano aos animais. É verificada mundialmente e já foi denominada como febre do mediterrâneo, febre ondulante, febre de Malta, febre de Gibraltar. Tem sido uma doença em permanente evolução desde 1887, quando foi identificada a espécie B, melitensis por Bruce. Essa doença apresenta grande importância econômica e é causada por bactérias patogênicas que ocorrem principalmente em animais como bovinos, suínos, mamíferos marinhos e cães, dentre outros. São conhecidas várias espécies como Brucella abortus, Brucella melitensis, Brucella suis, Brucella canis. Nos cães, causa problemas relacionados aos órgãos reprodutores, gerando aborto, esterilidade, inflamação dos testículos e epidídimo, ocasionando a interrupção da reprodução animal. E como o ser humano possui um contato muito próximo com cães, a doença pode se estabelecer no homem causando infecções. Em bovinos, a brucelose é considerada incurável e por isso ou é feito tratamento ou então o abate dos animais soropositivos. No homem, antimicrobianos são receitados pelo médico.
Coqueluche - A coqueluche, também conhecida pelos nomes pertussis, tosse comprida, tosse com guincho e tosse espasmódica, é uma doença bacteriana que atinge o sistema respiratório cujas complicações - convulsões, pneumonias e encefalopatias - podem levar o indivíduo a óbito. Causada pelas Bordetella pertussis e B. parapertussis, é disseminada por meio de gotículas e aerossóis de saliva e, no organismo, lesa os tecidos da mucosa. Seu período de incubação varia entre cinco e vinte e um dias. Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e consistem em tosse, coriza, febre e olhos irritados: pertencentes ao estágio catarral. O próximo estágio, paroxístico, se desenvolve cerca de duas semanas após o anterior e tem como característica acessos de tosses sucessivas, com intervalos variáveis. Estas podem estar acompanhadas de muco, e a ocorrência de vômito é possível. Tais eventos duram alguns minutos, a cada crise, e impedem que o indivíduo respire até que se encerrem. No término, o fôlego é retomado, geralmente por um "guincho respiratório". As crises tendem a ser mais frequentes no período noturno. Cerca de seis semanas após o início da manifestação da doença, os sintomas começam a desaparecer, progressivamente, até seu término: estágio de convalescença. O tratamento deve ser feito sob orientação médica e consiste basicamente no uso de antibióticos. Quanto à prevenção, o uso precoce da vacina é imprescindível. Em crianças, ela é distribuída gratuitamente em postos de saúde e é feita em três doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e dois reforços (aos 15 meses e aos 4 anos), mantendo a imunização por aproximadamente dez anos.

Difteria - A difteria, também denominada crupe, é uma doença infectocontagiosa caracterizada pela presença de uma pseudomembrana cinza-esbranquiçada no local da infecção. Provocada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae, alguns de seus sintomas surgem em razão da liberação das toxinas que este produz. Febre baixa, taquicardia e, em alguns casos, chiados e tosses ao respirar são os sintomas desta doença. Esses, geralmente, acentuam-se no período noturno. Paralisias dos nervos e rins, lesões e/ou insuficiência cardíacas e neuropatia periférica devido à ação das toxinas, além de sufocamento devido à obstrução dos canais respiratórios, causada pela membrana, são manifestações que podem ocorrer em situações mais graves, com condições de levar o indivíduo a óbito (cerca de 20% dos casos). Feridas cutâneas podem surgir. Ocorre, geralmente, em épocas frias do ano: período em que as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão da bactéria. O diagnóstico é feito a partir de hemogramas e análise das secreções nasais recolhidas pelo médico. Recomenda-se não retirar a membrana, já que esta ação pode aumentar a absorção da toxina. Repouso, antibióticos e aplicação de soro antidiftérico são requeridos para tratamento. Pode ser necessária a aspiração das vias aéreas, de forma cuidadosa.

Escarlatina - A escarlatina é uma doença bacteriana infectocontagiosa aguda, causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A: Streptococcus pyogenes. Afetando com mais frequência crianças em idade escolar, era responsável pela morte de pelo menos 80% das pessoas infectadas, antes da descoberta da penicilina. Essa mesma bactéria provoca outras doenças, como faringite, erisipela e impetigo. No caso da escarlatina, suas manifestações se devem à hipersensibilidade que o organismo da pessoa acometida apresenta em relação às toxinas da S. pyogenes, e muitas vezes ocorrem como complicações de um desses quadros. A transmissão se dá pelo contato com saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas. Entre dois e dez dias depois da exposição à bactéria, a pessoa começa a apresentar sintomas, que iniciam com febre alta, náuseas e dor de garganta. Mãos, pés e pernas tendem a inchar, ao mesmo tempo em que há o surgimento de pequenas manchas vermelhas e brilhantes na pele, de textura áspera, que começam a aparecer no tronco e se espalham pelo corpo, exceto nas palmas das mãos, solas dos pés e ao redor da boca. Além disso, em razão do inchamento das papilas gustatórias, a língua apresenta aspecto de framboesa. Mais tarde, a febre começa a ceder e a pele começa a descamar. É importante que o diagnóstico seja feito precocemente, uma vez que a doença pode evoluir para quadros mais sérios, como nefrite, febre reumática e meningite. Para tal, além de analisar os sintomas, o médico pode solicitar exames adicionais, como exames de sangue ou cultura de material recolhido da garganta e/ou nariz, a fim de verificar se há a presença da bactéria responsável pela manifestação da escarlatina.

Febre Tifoide - A febre tifoide é uma doença infecciosa causada pela bactéria Salmonella typhi. É considerada uma doença grave, que apresenta constante febre, alterações intestinais, aumento das vísceras e, se não tratada, pode ocorrer uma confusão mental e levar à morte. A principal forma de contágio é pela ingestão de água e alimentos contaminados, que estão espalhados pelo mundo todo, mas ocorre com mais frequência em países onde o saneamento é precário ou inexistente. Os alimentos e a água, por sua vez, são contaminados através do contato com urina ou fezes humanas contendo a bactéria. Pode ocorrer um contágio direto pela mão levada à boca em situações de mão suja de fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus contaminados, mas essa forma de contágio é bastante rara.

Gardnerella - A Gardnerella vaginalis é uma bactéria comum na flora vaginal de mulheres em fase reprodutiva, estabelecendo, normalmente, um equilíbrio harmônico com o organismo. Entretanto, em casos em que ocorre alguma alteração nessa região, como situações de stress, infecções, gravidez e uso de DIU, essas bactérias podem sofrer uma superpopulação, resultando no que chamamos de vaginose bacteriana. Nesta, há a presença de corrimento de cor amarelada à acinzentada, bolhas na superfície, odor desagradável e, em algumas pessoas, coceira. É a causa mais frequente de infecção nessa região, ocorrendo em aproximadamente 35% dos casos. No homem pode ser causa de inflamações do prepúcio, glande e/ou uretra, apresentando dor ao urinar, coceira e, mais raramente, secreção. Há pacientes que não apresentam sintomas.

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Ariadne Regina Ribeiro

por Ariadne Regina Ribeiro

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