29/07/2012
As doenças negligenciadas, muitas vezes denominadas de doenças tropicais negligenciadas, correspondem a um grupo de doenças infecciosas que afeta predominantemente as populações mais pobres e vulneráveis e contribui para a perpetuação dos ciclos de pobreza, desigualdade e exclusão social, em razão principalmente de seu impacto na saúde infantil, na redução da produtividade da população trabalhadora e na promoção do estigma social.
Essas doenças são assim denominadas porque os investimentos em pesquisa geralmente não revertem em desenvolvimento e ampliação de acesso a novos medicamentos, testes diagnósticos, vacinas e outras tecnologias para sua prevenção e controle (WERNECK et al., 2011).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lista em seu site 17 doenças negligenciadas, são elas: Úlcera de Buruli, a doença de Chagas (Tripanossomíase Americana), a Cisticercose, Dengue, Dracunculíase (dracunculose), Equinococose, Fasciolíase, Tripanossomíase humana Africana, Leishmaniose, Lepra, a Filariose Linfática, Oncocercose , Raiva, Esquistossomose, Solo transmitida helmintíase, Tracoma, Bouba, Outras 'negligenciadas': Podoconiosis , Picada de Cobra, Estrongiloidíase.
O emprego do termo "doenças negligenciadas" é relativamente recente e polêmico. Foi originalmente proposto na década de 1970, por um programa da Fundação Rockefeller como "the Great Neglected Diseases", coordenado por Kenneth Warren. Em 2001 a Organização Não Governamental "Médicos Sem Fronteiras" (MSF) em seu documento "Fatal Imbalance" propôs dividir as doenças em Globais, Negligenciadas e Mais Negligenciadas (MSF 2001). Neste mesmo ano o Relatório da Comissão sobre Macroeconomia e Saúde (OMS, 2001) introduziu uma classificação similar, dividindo as doenças em Tipo I (equivalente às doenças globais dos MSF), Tipo II (Negligenciadas/MSF) e Tipo III (Mais Negligenciadas/MSF) (SOUZA, 2010). Esta tipologia tem sido desde então utilizada para se referir a um conjunto de doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) que são endêmicas em populações de baixa renda vivendo, sobretudo em países em desenvolvimento na África, Ásia e nas Américas (SOUZA, 2010; WERNECK et al., 2010). Essas doenças são assim denominadas porque os investimentos em pesquisa geralmente não revertem em desenvolvimento e ampliação de acesso a novos medicamentos, testes diagnósticos, vacinas e outras tecnologias para sua prevenção e controle (WERNECK et al., 2010).
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Mestrado em Ciências Biológicas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biotecnologia - Biologia Celular e Molecular) da Universidade Federal de Pernambuco. Especialização em Microbiologia pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia da Faculdade Frassinetti do Recife (Morfologia e Biologia Molecular de Microrganismos). Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade
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