Farmacoterapêutica da doença de parkinson

Doença de parkinson
Doença de parkinson

Medicina

04/05/2012

A doença de Parkinson é um distúrbio progressivo do movimento que ocorre principalmente na terceira idade (1% dos indivíduos com mais de 65 anos de idade). A doença foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817 com o nome de paralisia agitante. A patologia caracteriza-se pela tríade:

 

Além desses três sintomas os pacientes com doença de Parkinson apresentam instabilidade postural, alterações emocionais (depressão, melancolia e ansiedade), espasmos dolorosos e alterações na voz. De um modo geral alguns fatores são associados ao estabelecimento de todos esses distúrbios: genética, ambiental, infeccioso, excitoxicidade, apoptose e estresse oxidativo.

O parkinsonismo pode ser dividido em grupos:
- Primário ou idiopático (doença de Parkinson);
- Secundário ou adquirido: infecção (pós-encefalítico); toxinas (manganês, monoxide de carbono e 1-metil-4-fenil-piridínio); medicamentos (antipsicóticos, reserpina, alfa-metildopa); trauma e tumor;
- Parkinsonismo plus - degeneração nigroestriatal; doença de Alzheimer; doença de Wilson e doença de Huntington.

A doença de Parkinson afeta os gânglios da base (forma sistema extrapiramidal responsável pela regulação da atividade motora), reduzindo o conteúdo de dopamina na substância negra e no corpo estriado; observa-se perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra e degeneração das terminações nervosas no estriado. Os níveis de noradrenalina e serotonina são menos afetados do que o nível de dopamina. O corpo estriado expressa receptores dopaminérgicos D1 e D2, e menos expressos D3 e D4, além de neurônios colinérgicos. A liberação de ACh é fortemente inibida pela dopamina; a falta deste neurotransmissor na doença de Parkinson leva a uma hiperatividade da transmissão colinérgica (Figura 21). Consequentemente, o desequilíbrio da via dopaminérgica e da colinérgica reflete na progressão da doença.

Os fármacos antiparkinsonianos são classificados em:
- Precursores da dopamina;
- Agonistas dopaminérgicos;
- Inibidores do metabolismo da dopamina;
- Amantadina;
- Anticolinérgicos.

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