Sepse neonatal

Medicina

23/04/2012

Conceito: é uma síndrome clínica, caracterizada por múltiplas manifestações sistêmicas e inespecíficas, decorrentes da invasão e multiplicação de microrganismo na corrente sanguínea e é confirmada pela hemocultura positiva.

Classificação:
Sepse precoce: quando o quadro clínico manifestar-se até 72 horas de vida, em geral ligada a fatores obstétricos e perinatais;

Sepse tardia: quando o quadro clínico manifesta-se após 72 horas de vida, podendo ser causada por germes de origem materna ou hospitalar;

Sepse hospitalar: quando o quadro clínico manifestar-se após 72 horas de vida, podendo manifestar-se algumas vezes antes, porém relacionando-se estreitamente a fatores de risco, como procedimentos invasivos e manuseio excessivo do RN.

Fatores de risco:
Maternos: idade (mãe adolescente), assistência pré-natal inadequada, enfermidades associadas como – infecção do trato urinário, doença hipertensiva da gestação, diabetes, colonização materna por Streptococcus do grupo B, corioamnionite, rotura prolongada das membranas, duração do trabalho de parto prolongado;
Neonatais: prematuridade, baixo peso, hipóxia e malformações congênitas;
Ambientais: relação profissional de saúde /paciente inadequada, procedimentos invasivos, tipo de dieta, ambiente hospitalar, tempo de internação e falta de contato materno íntimo.

Diagnóstico: o roteiro diagnóstico inclui como avaliação conjunta – história clínica, exame físico, exames laboratoriais (bacteriológicos, testes auxiliares) e evolução clínica.

Sinais e sintomas: dipneia, hipotermia, hipertermia, hipoatividade, hipotonia, convulsões, palidez cianose, má perfusão periférica, choque, escleredema, petéquias, icterícia, distensão abdominal, hepatoesplenomegalia, vômitos, diarreia, intolerância alimentar, má evolução ponderal, bradicardia e taquicardia.

Tratamento:
Manter a dieta;
Fornecer oxigenoterapia se necessário;
Uso de drogas inotrópicas se necessário;
Reposição hidroeletrolítica e metabólica;
Antibioticoterapia.