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Ensino da matemática e suas perspectivas na atualidade
Ensino da matemática e suas perspectivas na atualidade

Marketing e Vendas

23/04/2014

O ensino da matemática na escola de modo geral, sempre esteve condicionado a cálculos, valores números e expressões matemáticas. O aluno precisava necessariamente se apoderar desse sistema e “memorizar” fórmulas matemática para se sair bem nas avaliações. Por este simples fato explica-se uma geração inteira a qual eu me encaixo inclusive, de pessoas que não muito se afeiçoaram a esta disciplina.


A culpa necessariamente não deve ser apenas atribuída aos educadores como um todo, vivemos diferentes modelos educacionais e propostas metodológicas, para o ensino da matemática. Cada uma com a sua parcela individual de culpa.
Mas o que faz um aluno despertar o interesse por esta linguagem numérica? O professor e a sua metodologia é a resposta mais coerente de acordo com a opinião de crianças e adolescentes.


Precisamos enquanto educadores, não parar jamais, frequentar cursos de formação específica para o ensino e a metodologia de trabalho com a matemática, o bom profissional é inquieto e pensante, nunca acomodado.


O planejamento, as estratégias e propostas devem ser coerentes com a realidade dos alunos, precisamos considerar que a aprendizagem está no cotidiano, no dia a dia, no fazer diferente. Estes elementos associados a uma sala interessada, cooperativa e questionadora, já garante uma grande possibilidade de sucesso.


Portanto é imprescindível que o atual profissional que se propõem a ensinar matemática possua as características discutidas anteriormente, mas, sobretudo esteja afinado com as novas metodologias para o ensino da matemática.


Resolução de problemas

Este tipo de metodologia atualmente difundido na maioria das escolas do Brasil, trás o que deveria ser constante na sala de aula, quando estamos tratando da matemática principalmente. Problematizar, supor, perguntar, estas são à base do exercício, o aluno precisa enxergar o problema e não somente o valor numérico. “Quanto tempo se gasta para chegar ao centro de Sumaré saindo da sua própria casa?”.


As perguntas realizadas na sequência, serão a base para a resolução do problema, eu não oferecei ao aluno valores numéricos em momento algum, mas transferi a ele a possibilidade de pensar.


De carro?

De ônibus?

A pé?


A interpretação nesse caso é a base para chegarmos a um valor numérico, diferente de: “Zezinho foi à feira e levou R$ 50,00 e gastou R$ 10,00 com frutas e R$ 25,00 com peixe....”


É preciso que fique claro aos alunos, a falta de números, como no exemplo acima, necessariamente não transforma o problema em língua portuguesa, como a maioria pensa, os números podem ser introduzidos para dificultar a tarefa, mas a base é a compreensão e a problematização.

Mídias tecnológicas

Negar a presença da informática e suas demais tecnologias e softwares na educação é algo realmente incoerente nos dias atuais. Os professores lançam mão destes artifícios de forma ampla, as crianças gostam de visualizar as formas geométricas na lousa digital, os jogos eletrônicos e demais elementos lúdicos, contribuem para a construção do conhecimento. Mas se faz necessário algumas ressalvas quanto esta abordagem, o professor precisa estar capacitado, familiarizado com cada elemento e o seu manejo, para que ele não acabe realizando coisas antigas e ultrapassadas com tecnologia de ponta.


Etnomatemática

Proposta que existe desde a década de 70 quando o professor Ubiratan D’ Ambrosio propõem que os programas educacionais enfatizem as matemáticas produzidas pelas diversas culturas. Para que possamos entender melhor a matemática desenvolvida por uma etnia existe a etnomatemática, que por objetivo se tem entender as diferentes matemáticas produzidas.


Acho interessante neste segmento analisar a tapeçaria persa, a geometria egípcia, a engenharia grega e demais culturas que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da matemática de modo geral.


Para D’ Ambrósio (2005):
“a matemática se encaixa nessa reflexão sobre a descolonização e na procura de reais possibilidades de acesso para o subordinado, para o marginalizado e para o excluído. A estratégia mais promissora para a educação, nas sociedades que estão em transição da subordinação para a autonomia, a restaurar a dignidade de seus indivíduos, reconhecendo e respeitando suas raízes. Reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de síntese, reforça suas próprias leis”.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Rogério Severino Lopes

por Rogério Severino Lopes

Licenciado em Pedagogia Profissional com 14 anos de experiência em sala de aula.

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