Administração de pessoas requer aliar objetividade e sensibilidade

Liderança e Empreendedorismo

17/11/2014

O mercado de trabalho, por estar inserido no sistema capitalista, é essencialmente competitivo. E isso interfere nas estratégias de liderança. Um líder, além de conhecer o potencial de sua equipe e suas fragilidades, tem de saber especificidades de todos os departamentos que compõem a empresa.


Esse conjunto de informações e percepções tem como objetivo a formação de uma equipe coesa, ciente de suas obrigações, motivada, que sabe livrar-se dos atritos em relacionamentos que interferem na execução do serviço e enfrentar desafios com honestidade apesar de estar em meio a uma estrutura formada para fins de lucratividade e competitividade. Muito já se falou sobre o líder ideal.


Ele deve ser autoconfiante, comprometido, capaz de delegar tarefas sem fugir de suas obrigações ou alienar-se, tornando-se alheio ao que se passa na organização, ser sensível para notar o há na mente dos seus colaboradores e impedir que algum deles se sinta frustrado e por isso desista ou prejudique a instituição.


Há muito tempo, conta-se a história de um dono de empresa que sofreu chacotas na adolescência vindas de um colega de escola. Este o pressionava apontado defeitos, dizendo que ele era incapaz, que não conseguiria nada na vida, que era ridículo. Os anos se passaram, e eles perderam o contato. Um dia, porém, o proprietário da organização mencionado decidiu observar a fila de pessoas que estavam pedindo emprego à sua empresa.


Descobriu que lá estava o antigo colega de escola que tanto o castigou no passado. Decidiu dar a ele cargo de chefia no departamento de Recurso Humanos. O ex-desempregado não entendeu o porquê dessa atitude depois do que fizera no passado. O empresário disse ter aprendido algo nessa trajetória que percorreu. Daí o motivo de fornecer essa oportunidade.


A competitividade pode ser sombria. Fazer que líderes não vejam os fatos com objetividade. A experiência ensina que não se deve subestimar ninguém. É preciso estar certo das capacidades de cada um, mas também de seus sentimentos. Um funcionário habilidoso pode carregar em si ideias negativas que são como névoas que distorcem sua visão e fazem que ele comece a pensar em prejudicar a empresa. Reverter esse tipo de pensamento e conquistar um novo aliado são algumas das tarefas que um líder deve ter.


Organizações devem ser conhecidas como um todo indivisível pelos gestores. Um líder que conhece apenas fragmentos da empresa em que trabalha tem suas escolhas, decisões e pontos de vistas prejudicados. A busca pelo lucro faz sujeitos pensarem que ferir o outro é uma maneira de eliminar obstáculos. Degradar o ambiente da empresa e criar histórias pejorativas e inverídicas sobre o chefe ou algum colega também. As estratégias de liderança são infinitas.


Há bastantes obras que relatam casos de chefias bem-sucedidas, mas também o contrário. Cada empresa tem objetivos diferentes a serem seguidos. Eles são aspectos do que há na mente do empreendedor. Trata-se do que ele pretendia realizar ou deixar de herança para esse mundo. O líder tem de compreender isso e perpetuar as ideias que estão no cerne da instituição, sem, contudo, impedir seu crescimento e constante atualização.


Vive-se hoje uma época ideal para observar também o que Steve Jobs, Bill Gates, Albert Einstein, Isaac Newton, Aristóteles e muitos outros têm a dizer sobre essa temática, tanto explicitamente como por parábolas.