Falando a mesma língua

A participação em feiras traz informações e fortalece os negócios
A participação em feiras traz informações e fortalece os negócios

Idiomas

06/12/2012

Recentemente tive a oportunidade de participar de dois eventos sobre tendências de moda e inovações em minha cidade. Assisti palestras, conversei com participantes e expositores e também levei para casa cartões e material de divulgação. E por que isso me interessa? Para quem trabalha com ensino de idiomas e tradução é imprescindível conhecer o vocabulário e as necessidades de seu cliente e nesse tipo de evento é possível fazer contato com profissionais do setor de moda e negócios, além de encontrar importante material de divulgação e se atualizar sobre as inovações e tendências.

Vivo num forte polo calçadista, setor que está muito ligado à Itália, e a maioria dos meus clientes e alunos precisam da linguagem da moda, dos componentes, dos diversos materiais, cores, enfim, precisam ir a uma feira no exterior e tirar dela o máximo. Precisam falar a língua de seus fornecedores para negociar melhor. E, claro, precisam aproveitar a viagem também do ponto de vista turístico, por que não? Um bom profissional precisa estar atento a todas as necessidades de seus clientes.

Em seu livro "Dire quasi la stessa cosa" (Dizer quase a mesma coisa) Umberto Eco chama a atenção para a necessidade de informações no trabalho de um tradutor. É necessário conhecer mais que a tradução literal de uma expressão, é preciso saber contextualizá-la, saber manter o teor da informação.

É imprescindível conhecer o universo, o estilo do escritor que se está traduzindo e conhecer muito bem a própria língua e suas possibilidades para chegar ao melhor termo possível. E assim como um tradutor precisa conhecer o universo do escritor que está traduzindo, um tradutor/professor também precisa conhecer o universo de seus clientes/alunos para poder levar a eles a informação precisa, perfeitamente adequada àquilo que irão utilizar. E o que dizer de um intérprete? Como se pode acompanhar um profissional sem saber a língua que falam no "mundo" dele? Como acompanhar um designer sem conhecer sobre o seu trabalho e sem estar interado do que está acontecendo no seu universo?

Num trabalho de tradução simultânea será necessário um preparo ainda maior, pois não há tempo para pesquisa, para dicionários, para nenhum tipo de consulta. O palestrante falou, a plateia espera pela informação e o bom profissional, o que se prepara de maneira adequada, a dará prontamente. Não vou tecer comentários acerca de contratos mal traduzidos. Seja no trabalho como professor, tradutor ou intérprete se faz extremamente necessário o conhecimento de tudo o que cerca seja o nosso aluno ou nosso cliente.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Daniela Dessotti Pereira

por Daniela Dessotti Pereira

Vivo em Birigui, interior de São Paulo, onde ensino italiano há 12 anos e há alguns anos atuo também como tradutora e intérprete. São poucos os profissionais deste idioma em minha região, o que me faz sempre procurar novas ferramentas para manter-me atualizada e desenvolver um trabalho de alto nível. Sou apaixonada pela Itália e foi por paixão que escolhi aprender e ensinar a língua de Dante.

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