Malformações Congênitas

Cardiopatia congênita é considerada a anormalidade congênita
Cardiopatia congênita é considerada a anormalidade congênita

Fisioterapia

04/06/2015

As Malformações Congênitas (MC) podem ser definidas como anomalias funcionais ou estruturais, presentes no nascimento ou que se manifestam em etapas mais avançadas da vida, decorrentes de fatores que precedem ao nascimento, sejam genéticos, ambientais ou desconhecidas, sendo entre as doenças com componente genético preponderante, as multifatoriais responsáveis por grande parte das MC e por muitos problemas comuns da vida adulta. No Brasil, as MC constituem a segunda causa de mortalidade infantil, determinando 11,2% destas mortes, sendo o sistema cardiovascular o mais afetado, associado, ou não, a outras malformações.


A cardiopatia congênita é considerada a anormalidade congênita mais prevalente, representando cerca de 40% de todos os defeitos ao nascimento e apresenta uma alta mortalidade no primeiro ano de vida. Estudos ressaltam que o impacto das MC na mortalidade infantil (MI) está relacionado a fatores como a prevalência das anomalias, a qualidade e a disponibilidade de tratamento médico e cirúrgico, e a efetividade de medidas de prevenção primária. A MI é um importante indicador de saúde de um país, estando associada a fatores como saúde materna, qualidade e acesso a serviços de saúde, condições socioeconômicas e práticas de saúde pública.


De acordo com a literatura científica, outro dado relacionado às MC é a maior morbidade, definida como risco para o desenvolvimento de complicações clínicas, incluindo, dessa maneira, o número de internações e a gravidade das intercorrências. Tendo em consideração que o impacto das MC no Brasil vem aumentando progressivamente, é necessário ocorrer uma modificação nos serviços de saúde para o atendimento da população, por meio de estratégias específicas na política de saúde de modo a atender à questão dos defeitos congênitos de forma integrada com a participação ativa do Ministério da Saúde, sendo conduta dos profissionais de saúde referentes ao recém-nascido portador de MC deve ser específica e de qualidade.




REFERÊNCIAS

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Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


David Santos Pontes

por David Santos Pontes

Graduando do 9 semestre do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS. Atualmente é monitor da disciplina Fisioterapia Intensiva. Já foi monitor da disciplina de Fisiologia do Exercício e teve experiencia como estagiário do Laboratório de Eletrofisiologia (LEF) do Instituto Superior de Ciências Biomédicas - UECE

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