Pilates como terapêutica para lombalgias

PILATES COMO TERAPÊUTICA PARA LOMBALGIAS
PILATES COMO TERAPÊUTICA PARA LOMBALGIAS

Fisioterapia

09/07/2014

A coluna lombar é uma região que faz parte de um complexo lombo-pélvico, descrito na literatura como “centro”, uma denominação decorrente do fato de que nesta região fica posicionado o centro de gravidade, onde a maioria dos movimentos é iniciada e ocorre a transmissão de carga do corpo, constituindo assim, uma fonte potencial de dor (MASCARENHAS, 2011).


Podemos definir lombalgia como um conjunto de manifestações dolorosas que acometem a região lombar, lombossacral ou sacroilíaca, onde suas condições desencadeantes incluem acometimentos degenerativos ou traumáticos no disco intervertebral, no corpo vértebra, elevada sobrecarga nas atividades no trabalho, movimentação excessiva, fatores psicológicos, inatividade física, flexibilidade e força reduzidas, obesidade e fumo (OCARINO, 2009).


Atualmente existem inúmeras modalidades dentro da fisioterapia que podem ser utilizadas com sucesso para a reabilitação do paciente com dor lombar, dentre elas: a Reeducação Postural Global, o Método Mackenzie, os Exercícios de Williams e o Pilates, dentre esses, vamos enfatizar a utilização do pilates como terapêutica reabilitadora em ausência de crise.


O método Pilates foi idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) durante a Primeira Guerra Mundial. Joseph apresentava grande fraqueza muscular por causa de diversas enfermidades, isto o incentivou a estudar e buscar força muscular em exercícios diferentes dos conhecidos em sua época. Quando Joseph se mudou para os Estados Unidos, os exercícios passaram a ser usados por bailarinos, mas a técnica era de uso exclusivo de seu criador (SILVA e MANNRICH, 2009). É uma técnica dinâmica que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade, preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas do corpo (SACCO et al.,2005).


Os exercícios que compõem o Método envolvem contrações isotônicas e, principalmente, contrações isométricas com ênfase no centro de força, (power house) que é composto pelos músculos abdominais, pelos glúteos e pelos paravertebrais lombares, que são responsáveis os pela estabilização estática e dinâmica do corpo humano. Na realização dos exercícios, a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, dos multífidos e dos músculos do assoalho pélvico (MANNRICH e SILVA, 2009).


O principal fator responsável por uma possível redução da prevalência de crises agudas de dor lombar, está relacionado à estabilização da musculatura do centro de força (power house), onde podemos destacar o transverso do abdômen, que atua primariamente na manutenção da pressão intra-abdominal ao conferir pressão à vértebra lombar por meio da fáscia tóraco-lombar (FRANÇA et al.,2008).


É essencial realizar uma avaliação completa antes de serem iniciados os atendimentos, e imprescindível que o paciente não esteja em crise ou sinta dor durante a execução dos exercícios, independente da modalidade solo ou aparelho. Diante do exposto, afirmamos que a atuação do fisioterapeuta, profissional da reabilitação, é peça-chave para uma boa execução dos exercícios de pilates no paciente com lombalgia.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Taciane Melo Sousa

por Taciane Melo Sousa

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