Fisioterapia na neuropatia diabética

Torna-se inegável a relevância da intervenção fisioterapêutica
Torna-se inegável a relevância da intervenção fisioterapêutica

Fisioterapia

20/06/2014

Neuropatia Diabética (ND) periférica pode ser definida como um grupo de síndromes clínicas e subclínicas, de etiologia, manifestação clínica e laboratoriais variadas, caracterizadas por dano difuso ou focal das fibras nervosas periféricas somáticas ou autonômicas, resultante da diabetes mellitus.


A ND, por si só, é suficiente para causar parestesia dolorosa, ataxia sensorial e deformidade de Charcot e foi a etiologia de maior prevalência de um estudo brasileiro sobre o pé diabético. Como marco estrutural desse processo patológico, consideramos a atrofia e a perda de fibras mielinizadas e não-mielinizadas, englobando sintomas que incluem queimor, dormência, formigamento e câimbra.


Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a neuropatia diabética pode ser dividida em:

1) Neuropatia Sensitiva
– causa perda da sensibilidade dolorosa, percepção à pressão, temperatura e propriocepção;

2) Neuropatia Motora
– acarreta atrofia e enfraquecimento dos músculos intrínsecos do pé, resultando em deformidades e padrão anormal da marcha;

3) Neuropatia Autonômica – leva à diminuição ou ausência da secreção sudorípara, ocasionando ressecamento, rachaduras e fissuras na pele.


A intervenção fisioterapêutica não busca promover a regeneração de fibras nervosas acometidas, mas sim contribuir para melhor funcionamento das fibras íntegras, propiciando assim uma melhor resposta sensorial e consequentemente uma diminuição dos sintomas motores. Alongamento da musculatura comprometida, treino de pesos e resistências, treino proprioceptivo e de marcha são adequados, já que tais alterações sensório-motoras já foram fundamentadas há anos, entretanto, a atuação fisioterapêutica ainda é pouco conhecida ou divulgada, o que minimiza as possibilidades de melhora ou de agravamento da sintomatologia.


A Fisioterapia é uma ciência que estuda, trata e previne os distúrbios cinéticos funcionais e, como tal, possui uma série de técnicas e possibilidades terapêuticas capazes de promover melhoras funcionais dentro dos principais comprometimentos: propriocepção, força muscular, coordenação motora e equilíbrio, essenciais para a manutenção de uma deambulação segura.


Mediante o exposto, torna-se inegável a relevância da intervenção fisioterapêutica adequada na assistência ao paciente diagnosticado com ND.

Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.


Taciane Melo Sousa

por Taciane Melo Sousa

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