Principais déficits motores na doença de Parkinson

A fisioterapia tem o objetivo de manter a mobilidade
A fisioterapia tem o objetivo de manter a mobilidade

Fisioterapia

01/05/2014

A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção neurodegenerativa do sistema nervoso central, que acomete neurônios dopaminérgicos da região cerebral da substância negra, caracterizada principalmente pelas seguintes disfunções motoras (Prado et al., 2008): rigidez, bradicinesia, alterações posturais e tremor de repouso (Umphred, 2009), a DP afeta uma em cada mil pessoas na população em geral, com os sintomas frequentemente surgindo ao redor dos 60 anos de idade, mostrando maior prevalência na população idosa (Goulart, 2004). Rigidez, é a resistência aumentada ao movimento em todos os músculos (Ekman, 2007), e ela é do tipo cano de chumbo ou roda denteada (Umphred, 2009).


A bradicinesia (diminuição do movimento) ou a acinesia (falta de movimento) são respectivamente a incapacidade de iniciar e realizar movimentos propositados, estão associadas à tendência de manter posturas fixas e podem ocorrer na DP, onde todos os aspectos do movimento são afetados, incluindo iniciação, modificação de direção e interrupção do movimento depois de ele ter sido iniciado; além de haver grande comprometimento para a realização de uma atividade complexa, esses pacientes ainda apresentam maior dificuldade para executar movimentos simultâneos ou tarefas sequenciais (Umphred, 2009).


A instabilidade postural resulta principalmente da diminuição dos reflexos posturais, decorrentes da doença e compreendem uma postura tipicamente flexionada ou encurvada para frente. Os músculos flexores e adutores tornam-se seletivamente mais contraídos, tanto nos membros superiores quanto nos inferiores (Mata et al., 2008). Embora as causas para as dificuldades de equilíbrio não estejam bem estabelecidas, existem várias hipóteses importantes, dentre elas, o processamento sensorial inadequado e déficits no processamento proprioceptivo e cinestésico.


Na marcha típica, ocorre redução na velocidade e no comprimento da passada, onde consequentemente a liberação do pé estará reduzida, e isso aumentará o risco de queda do indivíduo (Umphred, 2009). A deambulação do paciente torna-se difícil principalmente pela bradicinesia, porque, além da dificuldade na realização dos movimentos, ocorre perda da capacidade de realizar ajustes rápidos de ação muscular que são necessários para manter o equilíbrio e iniciar essa ação (Ferreira et al., 2011).


O comprometimento físico-mental, o emocional, o social e o econômico associados aos sinais e sintomas e às complicações secundárias da DP interferem no nível de incapacidade do indivíduo e podem influenciar negativamente à qualidade de vida (QV) do mesmo, levando-o ao isolamento e a pouca participação na vida social (RC et al., 2007). Preservar a qualidade de vida é um desafio para os idosos devido à longevidade adquirida característica dos tempos atuais, principalmente quando se trata da ameaça a sua independência e autonomia (Mata et al., 2008).


A fisioterapia tem o objetivo de manter a mobilidade, melhorar o nível de atividade funcional e independência pela aplicação de um tratamento adequado e diminuição as complicações secundárias pela reabilitação do movimento (Souza et al., 2010).

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Taciane Melo Sousa

por Taciane Melo Sousa

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